Capítulo 77

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Maria;

A garrafa já estava na metade quando finalmente fomos liberados de lá.

Maria: Vamos terminar o bourbon na minha ou na sua casa? -sorri

Diogo: Na minha. -falou enquanto se levantava e estendia a mão para mim

Eu estava um pouco alterada, poderia dizer que estava "alegre", segurei a mão dele e saímos do elevador de mãos dadas.

Maria: Riaque marfu.

Diogo: Tem maconha lá em casa. -olhei pra ele surpresa- O que foi?

Maria: Você fala gualin? -sorri- Como?

Diogo: Posso dizer que fui um adolescente muito rebelde. -piscou enquanto caminhávamos pelo corredor

Maria: Você vai ter que me contar essa história. -apontei pra ele

Diogo: Quem sabe quando comprarmos outras garrafas de bourbon? -Parou em frente a uma porta- O assunto de agora é amor. -falou enquanto destrancava a porta

Maria: Nem me lembre. -falei enquanto tomava mais um gole

Ele abriu a porta e me deu a visão do seu apartamento e pra ser sincera, não era nadinha de como eu imaginava. Ele era todo cinza e preto, tinha alguns detalhes em prata, o sofá ficava em frente a uma TV enorme, na frente do mesmo tinha uma mesinha preta, com alguns livros de economia, um isqueiro e um pote à esquerda. Mas, o que mais me chamou atenção foi os quadros de caveiras, pássaros, nova york e motos.

Maria: Sua irmã não tem medo daqui não? -encarei ele enquanto entrava

Diogo: Ela que escolheu os quadros. -riu

Maria: Sério?

Diogo: Não todos, só os de caveiras. -apontou enquanto trancava novamente a porta- Não são tão horríveis, ela não sente medo, me acha legal.

Maria: Claro, você é o Didi. -pisquei enquanto sentava no sofá

Diogo: Eu amo aquela criança. -falou enquanto jogava as chaves na mesa e se sentava na poltrona de frente ao sofá

Maria: Ela é muito linda. -sorri

Ele assentiu com a cabeça e tomou mais um gole do bourbon.

Diogo: A gente se conheceu no ensino fundamental. -fez careta- Ela sempre foi a popular, tá ligado? -assenti- E eu era o nerd da turma.

Olhei pra ele chocada.

Maria: Nerd? VOCÊ!? -apontei

Diogo: Me imagina todo magro, alto, com aparelho e um óculos quadrado, fundo de garrafa. -tomou um gole

Maria: Tô boba, não imaginava não.

Diogo: Enfim, depois de tanto bullying, um homem amadurece. Foquei na academia, um corte de cabelo bom e fiz algumas tatuagens.

O Destino Não Quis - Vol.2 [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora