Capítulo 79

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Souza;

Fechei o zíper do vestido da Alana e em seguida, beijei o pescoço dela.

Souza: Tá gatona, loirão.

Ela fez uma careta e se virou pra me beijar.

Alana: Amo o que a gente tá começando a ter. -sorriu

Souza: Eu também. -falei sincero

Já tava na hora de ter algo certo e tranquilo, a Alana chegou com essa paz que só ela tem e tá me deixando tão de boa com as paradas que acontecem na minha vida.

Alana: Tá sabendo das fofocas do morro? -falou rindo e se afastando de mim

Souza: São tantas, desembucha aí.

Alana: Tão falando que eu tô grávida e que por isso você vai me assumir como fiel. -ela me olhou de relance

Souza: Essa gente inventa cada coisa. -falei enquanto tirava um cigarro do bolso

Coloquei o maço entre os dentes e tirei o isqueiro do bolso direito, ascendendo o cigarro e depois começando a tragar.

Joguei um pouco a cabeça para trás e olhei para a Alana que tava com o rosto um pouco vermelho, ela ficava assim quando tá nervosa.

Souza: Qual foi o papo? -perguntei preocupado

Alana: Eu sei que você obviamente não tá me assumindo por causa disso mas e se eu estiver grávida? -virou pra mim com uma caixa de teste na mão

Aquela pergunta foi como uma bomba pra mim, fiquei surdo logo em seguida, papo reto.

Souza: O que? -olhei pra ela sem entender

Foi o que eu precisei dizer para a loira começar a chorar.

Alana: Eu não sei bê, depois que você me orientou a trocar de anticoncepcional porque o outro tava me dando muitos efeitos,  eu ainda não menstruei! -falou desesperada- Eu sei que não é o que você quer e muito menos o que eu quero agora! Estamos apenas no começo do nosso relacionamento e essa bomba vindo, eu tô tão nervosa que acabei comprando esse teste!

Eu joguei o cigarro pela janela, me levantei e fui até ela. Puxei ela pelo braço e a abracei, sei lá. Parecia o certo a se fazer, eu nem sabia o que falar no momento.

Souza: Fica calma, já é? -ela assentiu mas não parava de soluçar- Quer fazer o teste agora? -me afastei até consegui olhar ela nos olhos, fazendo a mesma assentir

Alana: Eu tô com medo, Kauã.

Souza: Relaxa, loirão. Se tu tiver grávida, tudo bem! Se não tiver, tudo bem também. -me sentei na beirada da cama- Vai lá fazer, eu espero e depois a gente vai jantar

Ela concordou e foi indo em direção ao banheiro, ligou a luz e encostou a porta.

Passei a mão no rosto, nervoso. Só conseguia pensar em uma pessoa, Maria Alice.

Era tudo que a gente queria quando éramos mais novos, uma família. E talvez eu esteja começando isso com outra mulher e papo reto? É estranho demais.

...

O Destino Não Quis - Vol.2 [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora