Capítulo 74

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Souza;

Termino de fazer a contabilidade e logo após começo a enrolar uma verdinha. Morro tava tranquilo até demais, o baile ia ser hoje e papo reto? Nunca estive tão realizado.

Tudo tava caminhado pro certo e aquilo me deixava animado pra caralho

Th: Já falou com o FP do trem bala? -eu assenti- Já acertou o cachê dele?

Souza: Aham, tudo certo. -acendi o cigarro

Th: Já falou com a minha irmã também? -Se sentou no sofá enquanto me olhava serinho.

Nem falei nada, fiquei na minha fumando e vi que ele tinha se irritado.

Th: Deixasse as minas lá no apê dela e nem tivesse a coragem de explicar pra ela as paradas?

Souza: Não tem o que explicar não, ela sabe muito bem o que aconteceu. -Soltei a fumaça- Não escolhi ela.

Th: E tu não acha que ela merece saber o motivo de tu não ter escolhido ela?

Souza: Não escolhi ela porquê preferi assumir o morro contigo.

Th: Tu tá falando umas paradas pra mim que deveria falar pra ela. -dei de ombros- Tu é um cuzão Souza, papo reto.

Já tava de saco cheio dessa conversa, papo reto. Só queria fumar um em paz mas o filho da puta não me deixa fazer nada na tranquilidade.

Já mandei pra ele um olhar mortal pra ver se ele se ligava mas nem tchum, o otário voltou a falar.

Th: Ela vem. -se levantou e foi em direção a porta- Ela vem pro baile, mandei as meninas trazer ela.

Souza: Tá maluco porra? -me levantei já puto- Tá com merda na cabeça? Tá drogado? -apontei pra ele

Th: Tô falando como teu chefe não. Tô falando como teu amigo. -me olhou- Irmã minha, tua ex e a verdadeira herdeira dessa porra aqui. -destrancou a porta- Ás vezes eu acho que tu esquece que ela sempre teve mais poder do que todos nós.

Souza: Só não acho que é a hora da gente se ver.

Th: Tu não tem que achar nada não pô, relaxa a buceta.

Neguei com a cabeça e ele saiu, me deixando sozinho na sala. Mente tava a milhão, já tinha me estressado pra caralho essa conversa.

Levantei da cadeira e fui saindo dali, piei logo pra casa e cheguei logo deitando no sofá. Tirei o celular e a carteira do bolso e joguei em cima da mesa enquanto sentia o sofá afundando.

Demorou nem dois minutos e o telefone começou a tocar, nem liguei pô. Fiquei quietinho na minha porque nem tava afim de me levantar pra ver quem era.

Depois de algum tempo ele parou de tocar e eu fechei os olhos mas não demorou nem um minuto pra começar a tocar de novo. Me levantei já puto e atendi a merda da ligação.

Daniela: Por que você não me atendeu, posso saber? -falou puta

Souza: Nem ouvi. -menti enquanto voltava a deitar no sofá

Daniela: Sabe quem tá aqui? -falou entusiasmada

Souza: Quem? -falei sem ter muito interesse

Ela ficou calada por um instante e de fundo ouvi a voz da Maria Alice.

- - -

Estacionei a moto na parte vip lá do baile e fui subindo as escadas pro camarote, tava tudo muito organizado e eu e o Th estávamos mó orgulhosos de ter dado tudo certo.

Avistei o Ret sentado com a Anna no colo enquanto meus pais estavam mais afastados conversando.

Comprimentes os dois casais e fui indo até o bar, pedi uma dose de whiskey com bastante gelo.

Olhei de relance e vi três silhuetas femininas se aproximando do bar, peguei o meu copo e dei um giro nele na intenção do gelo se misturar com o whisky.

Tomei um gole curto do meu copo e olhei pro lado tendo a visão da Lara, Vitória e da Emily.

Lara: A Maria vai subir. -olhou para mim- Não faz nenhuma cena.

Vitória: Muito menos fica encarando.

Emily: Se der pra você não falar nada vai ser ainda melhor. -mordeu o lábio meio aflita

Souza: Eu não vou dirigir a palavra pra ela e nem vou ficar encarando não, essa parada aí nem precisava pedir.

Voltei a minha atenção pro meu copo e tomei o que restava em um gole só, sem muita enrolação.

Souza: Uma boa noite pra vocês. -falei meio sínico e fui em direção ao meu lugar no camarote

Sentei na minha cadeira e tirei um cigarro de maconha que já estava bolado do bolso, peguei o isqueiro que tava em cima da mesa e ascendi o beck, começando a fumar.

Soltei a fumaça pro nariz e quando a fumaça saiu da frente, vi a Maria Alice subindo as escadas junto com o Cabelinho.

Ela tava com um vestido rosa decotado pra caralho que deixava amostra o silicone que ela tinha colocado recentemente, ela também usava um salto alto dourado e o que mais destacava nela era um cordão todo cravejado com o nome "Little Hair"

Geral se levantou e foi lá receber os dois e eu fiquei quietinho na minha, terminando de fumar e apenas concentrado no meu beck.

Me levantei indo até a grade pra ter a visão lá de baixo, e papo reto, nunca tinha visto um baile tão cheio como esse em toda a minha vida.

Dedê: Boa, irmão. -se encostou na grade ao meu lado

Olhei pra ele e voltei a colocar o cigarro entre os dentes.

Souza: Dá o papo.

Dedê: Nada não pai, só avisar que o Cabelinho chegou e que vamo sair com 100% dos lucros, certeza.

Souza: Ainda. -soltei a fumaça- Fica na atividade ai que depois te libero pra curtir.

O moleque assentiu com a cabeça e eu saí de lá, sentei novamente no lugar e geral começou a chegar novamente.

Tava maluco pra pular no pescoço desse comédia mas fiquei suave na minha.

...

O Destino Não Quis - Vol.2 [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora