Capítulo 31

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Souza;

Nosso beijo encaixava tão certinho, não era a primeira vez que a gente se beijava mas tudo com ela parecia que era a primeira vez.

Coloquei a minha mão em volta da cintura dela e a outra na nuca, nossas línguas beijavam por espaço e dava para sentir o quanto os dois queriam aquilo. Nossas bocas se afastaram e ela encostou a cabeça no meu peito cheia de vergonha porque a família toda tava olhando.

Maria: Eu te amo, sempre amei. -falou baixinho e eu abracei ela

Souza: Eu te amo Alice. -beijei a cabeça dela

Virei com ela pra frente vendo todo mundo olhando para a gente sorrindo, mas o Dedê era o que mais nos olhava com aquele olhar mó orgulhoso mas a Maria nem percebeu porquê nem se afastou de mim, ficou com a cabeça no meu peito até eu falar que todo mundo já tinha entrado.

Souza: Bora ali comigo. -falei puxando ela em direção a moto

Maria: Aonde a gente vai? -falou toda curiosa e eu neguei com a cabeça vendo ela subir na moto- É sério. -me olhou pelo retrovisor e eu fiz careta

Passei de fininho pelos fardados que tavam fazendo ronda por aqui e fui em direção a Cabo Frio, uma horinha de viagem e a gente chegou. Parei de frente da casa que eu tinha comprado e a gente saiu da moto.

Peguei a chave do bolso e abri a casa vendo ela me olhar toda surpresa, entramos e fui ligar a energia no instante que eu liguei as decorações de natal acenderam e ela me olhou toda boba.

Maria: Caraca. -sorriu- Tá igual ao que a gente planejava quando era criança.

Fiquei observando ela que admirava a casa por fora e via os olhos dela brilharem com tudo aquilo.

Souza: Comprei no dia que voltei pra cá. -cocei a nuca- Tava querendo te trazer a mó cota. -abracei ela por trás que sorriu- Bora entrar.

Dei a chave pra ela que foi em direção a porta, destrancou e entrou. Era uma mansão, seis quartos com suítes, quatro banheiros, cozinha gourmet, sauna, playground, sala de estar, sala de cinema, duas piscinas e uma área de lazer.

Maria: É igual ao que a gente sonhava, Kauã. -me olhou e eu puxei ela pra perto de mim, coloquei o cabelo dela para trás da orelha e ela me olhava toda apaixonada e aquilo me quebrava todo porquê era o mesmo jeito que ela me olhava quando a gente era menor

Souza: Toda vez que eu te olho eu me apaixono de novo, ás vezes eu acho que tu fez alguma macumba. -ela sorriu e me deu um selinho

Levei ela pra fazer um tour pela casa toda e a maluca já foi logo tomando posse do maior quarto de todos, tinha closet, suíte é uma varanda enorme.

Maria: Aí como é bom ser rica. -se jogou na cama e eu ri

Souza: Bancada pelos pais. -gastei ela que me olhou feio

Maria: Sou mesmo querido, nasci herdeira do tráfico e você nem pode falar nada pois também é. -deu língua e logo depois cruzou os braços toda marrenta

Souza: A diferença é que eu não sou mimado como tu é, Maria. -me deitei na cama junto com ela- Mó chatona isso sim.

Tirei a camisa e deixei ela do lado da cama, tirei o celular do bolso e comecei a mexer mas aí ela pegou de mim e jogou o celular longe.

Souza: Se quebrou quem vai pagar outro é tu, arrombada. -falei serinho

Maria: Você é um chato insuportável, a gente foge por aí em pleno natal e você ainda fica nessa de celular.

Acabou que os dois ficaram em silêncio o que fez a Maria ficar toda estressada e eu tava tranquilo na minha tentando racionar tudo que aconteceu hoje. Ela me olhava toda curiosa pois sabia que eu tava marolando em algo.

Souza: O que a gente tem? -olhei para ela- Tipo, agora.

Maria: Eu também não sei. -deu de ombros

Souza: Tô ligado que tu não quer algo sério. -ela assentiu

Maria: Mas não porquê eu não te amo mas sim porquê eu acho que para um relacionamento der certo ambos precisam estar bem, mentalmente falando. -cruzou as pernas

Souza: Então não temos nada ao mesmo tempo que temos tudo?

Maria: Que tal a gente começar a ficar? -ela fez bico me dando um selinho

Souza: Se for assim eu vou ficar com geral, já é? -ela me olhou dando de ombros enquanto se levantava e ia em direção ao banheiro

Maria: Beleza, vou ligar pro Cabelinho já já. -fez um coque no cabelo e eu fui atrás dela

Souza: Tu não tá ficando louca. -puxei o cabelo dela de leve e a mesma riu- Tu é só minha doidona, se manca.

Maria: Ah, eu sou só tua e você é de todas? -eu assenti

Souza: É aquilo, eu não sou de nenhuma. -sorri cafajeste- Eu sou de todas elas. -coloquei ela em cima da pia- Esse é o papo.

Maria: Brinca muito você. -colocou os braços em
volta do meu pescoço como de costume e beijou o canto da minha boca

Souza: Tô falando sério Alice, se não quiser ter algo sério eu vou viver a minha vida normalmente.

Mandei logo a real para ela pra depois ela não vim cheia de neurose encher a minha paciência.

Maria: E eu também gato, é você ficando com uma e eu ficando com dois.

Souza: Mas nem um te faz ficar toda excitada como eu faço, né não? -sussurrei no ouvido dela e senti ela se arrepiar toda

Maria: Você tem um péssimo gosto de querer ter o que não pode, gatinho. -mordiscou a minha orelha e eu soltei um riso

Souza: Eu sempre te tive, Alice. -ela passou a mão pela minha bochecha- E tu sempre me teve.

Mó da hora isso que a gente tem, seja lá o que for.

Maria: Eu só quero que a gente curta isso, sem pressa pra nada. -ela sorriu

Souza: Porque amor com pressa não é amor.

Maria: É tesão.
...

O Destino Não Quis - Vol.2 [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora