>Kishan<
Estiquei meu corpo e não pude deixar de me sentir renovado em todos os sentidos da palavra. Nicole estava deitada de costas para mim na toalha com todo seu corpo exposto banhado pelos travesso raios de luz solar que insistiam em ultrapassar a copas das árvores para tocar seu corpo. Parecia uma obra de arte viva. Ela amava e invejava as pinturas sendo que ela era a obra mais perfeita e sublime de todas.
Senti meu rosto corar ao pensar nas coisas que tínhamos feito, em como nós éramos muito bons em fazer amor. Olhei para a água da cachoeira e senti vontade de pegar Nicole no colo e voltar para lá e fazer mais uma vez. Queria que esse momento nunca acabasse, viver para sempre nesse sentimento de euforia. Nós éramos muito bons mesmo.
Tirei seu cabelo molhado exibindo melhor o pescoço marcado por mordidas e chupões. Ela tinha razão, eu era muito bruto, mas ela não parecia se importar, pelo contrário parecia gostar desse meu lado mais agressivo. Deslizei meu dedo pelo topo de sua coluna até a base e senti sua pele úmida pela água da cachoeira se arrepiar, as marcas vermelhas das minhas mãos estavam desenhadas em sua cintura de cor tão pálida.
– Se quer apertar minha bunda, vá em frente, ou então pare de olhar – ela resmungou erguendo um pouco o rosto.
Eu a cutuquei com a ponta do dedo e não controlei meu sorriso. Tão macia, parecia um marshmallow. Eu amava o quanto estavam próximos.
– Quer fazer mais uma vez? – ela perguntou.
A resposta era mais do que óbvia, eu sempre iria querer, mas eu estava com um pouco de medo de o quanto o corpo dela podia aguentar, eu não queria machuca-la e sinceramente, acho que ela devia descansar um pouco.
– Mais tarde – acariciei seus cabelos os enrolando em meus dedos.
Nicole voltou seu rosto para mim e pareceu prestes a falar alguma coisa, entretanto mudou de ideia e enterrou o rosto nos braços, se escondendo de mim.
– O que ia dizer? – questionei continuando o carinho – Vai em frente.
Ela ficou um momento em silêncio até voltar seu olhar para mim, ainda um pouco escondido.
– Eu ia comentar sobre a fêmea dos louva-deuses e as aranhas que devoram seus parceiros depois do coito – confessou baixinho – Os machos dos peixe-dragões-das-profundezas nascem sem aparelho digestivo e existem só para acasalar e depois morrem. Os zangãos também tem o mesmo fim.
É claro que seria algo assim. Não pude deixar de lembrar de algo que ela havia comentado a um tempo atrás.
– E algumas fêmeas de polvos estrangulam os machos e depois os devoram.
– Sim! – seus olhos brilharam de alegria – Elas são fascinantes.
Ela adora criaturas aquáticas, quase tanto quanto felinos.
– Você não vai me devorar, não é? – brinquei beijando sua nuca e ouvi sua risada sonora.
– Bem, eu aprecio a comida indiana, mas você tem sorte, não está no cardápio. E também, não estou carregando seus filhote e não preciso de proteínas para alimentá-los.
– Humm... Aposto que teríamos crianças lindas – senti meu rosto corar novamente, e a lembrança da visão encheu minha mente.
– Não gosto de bebês, nem de crianças, mas tenho que admitir, eu era a bebê mais linda que já vi. Parecia uma bonequinha de bochecha rosadas e cachinhos. Você devia ver minha sobrinha, ela é igual a mim, é um verdadeiro anjinho endemonhado. E meu sobrinho é o garotinho mais lindo do mundo. Com certeza eu seria uma boa progenitora, e você é um pedaço de mau caminho, uma cria nossa conquistaria o mundo.
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Coração Puro
FanfictionE se ela não for como as outras? Se não for tão bela, ou feminina, e se não partilhar dos mesmos gostos que as outras garotas tem? E se ela for só uma garota estranhamente e curiosamente perfeita a sua maneira? Você lutaria por ela e a protegeria...