Uma maldição pior

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>Kishan<

– Onde ela está, belo príncipe?

A deusa me encarou esperando. Eu estava confuso, a sensação de que algo estava errado não deixava de me atormentar.

Estava prestes a responder quando a porta da biblioteca abriu e Ren e Kelsey entraram. Eles pararam quando viram a deusa, surpresos. Ren discretamente se colocou protetoramente em frente de Kelsey.

– Olá príncipe – a deusa sorriu para meu irmão – Olá filha da Índia.

– Que é você? – Ren indagou com cuidado.

Senti meu corpo fraquejar, a forma que a deusa tratara Kelsey. Eu estava errado. A ficha finalmente caiu. Mas se não era Kelsey quem era?

– Eu sou Afrodite – ela caminhou pela biblioteca, o vestido branco pareciam dançar ao seu redor como espuma do mar – Espero que você nunca mais ouse atirar contra os meus pássaros, tigre branco.

As pombas abriram as asas voando pela janela aberta. O que eu tinha feito de errado? Quem era aquela que a deusa procurava?

– Você é uma deusa? – meu irmão não parecia por muita fé nela.

Afrodite... Nicole havia falado nela. O que ela disse mesmo?

– Deusa grega do amor e da beleza – lembrei.

– Sim – Kelsey puxou o braço de Ren e se colocou ao seu lado – Como você sabe, Kishan?

– Nicole de Carnielli – o nome mal saiu dos meus lábios.

– Não está com ela, não é? – a deusa parou me encarando com os olhos brilhantes.

– Não.

– E porque não está com ela?

– Eu... – não consegui terminar a frase.

– Acho que a garota que eu procurava era Kelsey? – indagou com uma voz doce em resposta apenas assenti com a cabeça.

– Entendo – ela se aproximou tocando meu rosto com a ponta dos dedos – Seu príncipe idiota e inútil, vou me certificar que você tem uma morte horrível e que sua alma seja transformado em um espectro de loucura que se arrastara pelos séculos trazendo dor e morte. Vou conservar sua consciência, para que se lembre quem é e porque foi castigado.

Me mantive quieto, estático demais para fazer qualquer coisa.

– Mas antes – a deusa prosseguiu – vou permitir que você viveu para ver Lokesh tomar o poder e vir atrás de vocês, porque ele virá – os dedos da deusa descer para meu queixo – Um a um, você verá seus amados morrerem e não poderá fazer nada para ajudar, porque é fraco, inútil e não confiável.

– Não – Kelsey gritou atrás de mim – Vamos trazer ela de volta.

Os olhos da deusa me soltaram e eu caí de joelhos no chão.

– Como pretende fazer isso, filha da Índia?

– Lidamos com Lokesh a séculos, conhecemos ele melhor do que ninguém – Ren tomou a palavra – Foi por isso que você escolheu Kishan, não é?

– E veja só no que deu – ela levantou o tom – Jamais devia ter confiado em um herói indiano.

– Vamos encontra-la – garantiu novamente Kelsey.

– Vocês não têm habilidades suficientes.

– Vamos tentar – Ren insistiu – Nos de o benefício da dúvida.

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