O cão que queria caçar e a garota que queria ver tubarões

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>Kishan<

Nicole e Ren estavam treinando, nos últimos dias ela havia perdido peso, era estranho como seu corpo ganhava e perdia peso tão rapidamente. Mas seu condicionamento físico ainda era horrível, ela cansava muito rápido, suava muito e esbravejava de tal forma que só no último treino eu havia aprendido uns 20 palavrões novos.

– Deus! Se for de sua vontade, sua filha está pronta! – ela resmungou do chão, erguendo dramaticamente os braços para o céu.

Aralez estava sentado ao meu lado, os olhos atentos do filhote se moviam entre os dois rosnando sempre que Ren acertava um golpe, vez ou outra o filhote voltava seus olhos para mim e lambia minha mão. Ele realmente parecia ter expressões quase humanas.

– Nicole, levante – Ren estendeu a mão para a ruiva.

– Não posso. Não consigo me mexer, você me quebrou.

– Nicole – Ren tentou novamente, com um tom de advertência.

– Você é um homem horrível.

– Ei! – Sirius resmungou da árvore que estava encostado – Onde está sua chama da juventude?

– O que você disse? – Nicole sentou no ato.

– Might Guy ficaria decepcionado com você – dito isso o garoto se virou e foi para dentro da casa, deixando a ruiva perplexa e todos nos sem entender.

– SIRIUS! Como você ousa?! – ela gritou se levantando – Você é uma criança horrível! Não se pode dizer o nome Might Guy em vão...

Ela fez um grande beiço e ignorando Ren se sentou no chão aos meus pés.

– Kishan – ela pegou minha mão e colocou no topo de sua cabeça – Me consola.

– Tá bom – respirei fundo acariciando seus cabelos – Está tudo bem...

Aralez pulou em seu colo e começou a lamber seu rosto, abanando o rabo freneticamente.

– Guy sensei nunca se decepcionaria comigo – resmungou.

Tão fofa! Dei um beijo suave em sua testa.

– Claro que não – a consolei, descendo minha mão de seus cabelos para o pescoço onde comecei a fazer uma leve massagem.

– Isso é bom – murmurou relaxando.

– Nic... – Ren começou, mas o interrompi com um olhar.

Ela estava em meus braços, os olhos fechados toda bonitinha e meiga, coisa que só acontecia as vezes e meu irmão tinha a audácia de quer tirar ela dali pra rolar no chão novamente? Ele que não estragasse minha alegria.

– Tanto faz – ele suspirou e seguiu para dentro da casa.

– Isso realmente é muito bom – seus olhos castanhos encontraram os meus – Você realmente é bom com as mãos.

Engoli em seco ouvindo seu tom de voz sugestivo.

– Kishan... – sussurrou impulsionando o corpo para cima, seus lábios se aproximando do meu.

Uma língua surgiu do nada e lambeu meu nariz seguido por um ganido animado.

– Aralez! Tira sua língua daí! – Nicole puxou o cão rindo – Não lamba o nariz dele, é nojento.

Vou matar esse cachorro maldito! Respirei fundo forçando um sorriso.

– Que foi, Kishan? – ela me encarou séria ainda brincando com o bichinho – Tá fazendo uma cara de quem tá segurando um peido. Se precisar, pode peidar.

Coração PuroOnde histórias criam vida. Descubra agora