Portais

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>Kishan<

­– Senhora, Hécate – Kelsey sorriu, tomando a frente. A julgar pelas últimas conversas de Nicole com deuses, achamos que era melhor alguém menos explosivo falar com eles – Nós agradeceríamos muito sua ajuda. Confesso que estamos perdidos, não sabemos que direção tomar.

– Vocês vão precisar de toda a ajuda possível, filha da Índia. Vá em frente, faça sua pergunta.

– O que precisamos para derrotar Lokesh, dessa vez para sempre? – Kelsey indagou.

– Como se sentiu Nicole? – a deusa se voltou para a ruiva, então não importava, era com Nicole que os deuses falariam – Como se sentiu quando empunhou a espada?

– Eu... – Nicole franziu a testa – Foi como se eu já tivesse usada uma antes.

– Uma espada – a deusa se voltou para Kelsey – "A espada", para ser mais exata.

– Que espada? – indaguei.

– A espada que o ancestral de Nicole usava. A espada que ajudou a leva-lo ao posto de herói.

– Dionísio disse que Nicole é descendente de um semideus. Um herói. – Ren comentou ganhando um sorriso de aprovação da deusa – Mas qual?

– Você é como ele, Nicole. Você é uma guerreira, assim como ele era. O manejo da espada está em seu sangue, assim como de todos os seus ancestrais. Mesmo que depois desse herói, nenhum de seus ancestrais tenha tocado em uma espada, que foi trocada por arco, machados e facas. Você é a primeira a empunhar uma espada em mais de três mil anos. Seu orgulho está em lutar, vocês preferem cair lutando. É estupido, mas nobre.

– Eu estou preparada para dar a minha vida para acabar com a dele. – Nicole afirmou com a cabeça erguida.

– Ninguém além de Lokesh vai morrer! – Kelsey contrariou, olhando para Nicole com a mesma expressão irritada que Ren e eu.

Hécate soltou um risinho.

– A muito tempo atrás, ouvi palavras semelhantes a essa saída da boca de um herói. Ele disse: "Não me importo em morrer para acabar com essa guerra." E quer saber? Ele estava certo, a guerra acabou. E quando seu corpo tombou nos braços de Thanatos, ele sorriu. Não por que a morte o agradava, mas porque ele estava ciente de seu sacrifício, sua espada estava em sua mão e sua amada viva. – ela respirou fundo – Essa é uma história que talvez jamais se repita.

– Não vai nos dizer o nome dele, não é? – Nicole suspirou, a deusa sorriu – Então vai nos dizer onde está a espada?

– Na terra – disse somente.

– Ahhh, isso é bem preciso – Nicole resmungou – Já pensou se estivesse lá em Marte? – ela voltou seu olhar para Ren – Vocês não teriam uma nave espacial pôr acaso?

– Debaixo da terra Nicole – a deusa tornou a respirar fundo. – Vocês encontraram o caminho. Em primeiro devem encontrar um pedaço do manto de Cronos.

– Onde está esse manto?

– Há uma passagem secreta nessa cidade, na torre mais alta. Levem suas armas, não sei exatamente o que podem enfrentar lá. Quando tiverem o manto, coloque o no chão e ele levará vocês o mais perto de onde precisaram ir, de onde estão os outros objetos.

– E quais são os outros objetos? – Ren indagou.

– Um frasco de vida, uma espada e os braceletes do poder. É disso que vão precisar.

– Tem algo mais que a senhora possa dizer que vai nos ajudar? – questione.

– Na verdade tem mais uma coisa – Hécate abaixou os olhos com uma expressão estranha no rosto pálido, ela ergueu a mão direita e nela um bola de fogo azul surgiu, ela jogou uma bola de fogo em cada uma das 3 ruas que formava a encruzilhada, o fogo tomou forma e se elevou, era como se estivéssemos diante de 3 grandes espelhos.

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