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Vryn/ Fanel

Eu corri deixando meu coração para trás, não sabia realmente o que fazer, deixei o homem que eu amo a beira da morte e tive de correr para proteger meus filhos que estão bastante agitados em meu ventre.

Corri o suficiente, chorei o suficiente, andei sem rumo e agora não sei onde me encontro. Nunca cheguei tão longe, parece que estou no meio do nada, em um deserto.

Sentir que Mouvryn morreu me deixa pior ainda, eu quero acreditar que ele se salvou, que quando eu encontrar meu caminho de volta para casa, ele esteja lá me esperando. Vamos rir, vou me jogar nos seus braços, ele vai me deixar e me fará dele.

Eu quero acreditar tanto nisso, mas porquê eu sinto isso tão distante, como se fosse um sonho impossível.

Limpo minhas lágrimas e resolvo me sentar debaixo de uma rocha, acabo adormecendo e minha mente me leva para um momento em que Mouvryn me sequestrou depois de um treino.

__ Para onde vamos?- pergunto tentando acompanhar seus passos, mas ele não responde__ Mouvryn!

__ Que mulher curiosa me deram- resmunga e bato seu ombro em desaprovação pelo o que ele disse__ Que mulher violenta me deram.

__ Mouvryn, minha paciência está se esgotando- digo começando a me irritar e ele para somente para me encarar.

__ Deixa se esgotar, ficas linda irritadinha- diz e continua a andar.

Solto um suspiro frustrado e o sigo, entramos na floresta e vou andando observando meus pés não querendo o olhar, quando sou supreendida ao bater contra ele, levanto meu olhar e o encontro sorrindo pra mim.

Mouvryn me beija calmamente tentando retirar meu mau humor e ele imediatamente consegue. Mouvryn me encosta contra uma árvore, continuamos nos beijando agora, desesperados, sua mão entre pela parte de frente das minhas calças e por dentro da minha calcinha indo tocar meu sexo completamente pronto para ele.

__ Mouvryn, estamos no meio da floresta- sussurro sentindo seus lábios descerem pelo meu pescoço, uma das minhas pernas se encontra no seu quero e a outra firme no chão, o dando mais liberdade para me tocar.

__ E?, a floresta é nossa- sussurra e introduz dois dos seus dedos me fazendo gemer. Trago seu rosto até o meu e ele me lança um olhar muito quente__ Queres que eu pare.

__ Não, claro que não- digo e ele me beija começando a mover seus dedos. Nós entregamos um ao outro ali mesmo, por debaixo daquela árvore, sem medo sem nada, apenas matando nosso desejo.

__ Não acredito que me trouxeste aqui só para isso, podíamos ter ficado no castelo e não andado tanto até aqui- digo e ouço seu riso__ Eu sei que estou chata, mas não consigo me controlar. Também me irrito com as minhas mudanças.

__ Eu não te trouxe para isso, só parei antes para ver se esse mau humor passava ao te fazer minha, mas vejo que não surtiu efeito- diz colocando sua camisa, se aproxima de mim me beijando e me encara completamente apaixonado__ Mas não se preocupe, eu te amo assim também.

__ Se não me trouxeste para isso, porque viemos até aqui?- pergunto e ele faz sinal para eu o seguir.

O sigo e caminhamos por mais alguns minutos quando meus olhos ficam marejados ao ver sua supresa.

__ Mouvryn- o chamo com a voz embargada e ele vem me abraçar__ É tão lindo.

__ Eu pedi que construíssem especialmente para nós, disseste que gostavas de ficar na água- explica e o abraço completamente apaixonada.

Ele mandou construírem uma espécie de barco, mas completamente diferente. Esse parece uma cabana flutuante e na pequena varanda é de onde se navega. A cabana flutuante é coberta de flores e tem o meu nome.

__Eu te amo, amo, amo, amo- digo e me jogo nos seus braços sendo segura por ele ri da minha felicidade.

__ Quando estivermos cansados de tudo isso, vamos entrar ali e desaparecer por alguns dias, só nós os dois, nos amando loucamente- diz e concordo o beijando.

__ Podemos fazer a última parte agora- digo e ele ri, mas concorda.

.......

Desperto ouvindo um barulho por perto, sorrio imaginando que finamente estão me procurando. Saio do abrigo da Rocha e sinto uma pancada na minha cabeça, mas não o suficiente para me deixar desacordada, mas me deixa com a vista embaçada.

__ Que merda fizeste?, eu disse para não a machucar- ouço alguém falar e sinto um toque no braço e tento me afastar__ Não se preocupa, estás segura agora.

Levo minha mão até minha nuca e a sinto molhada, observo meus dedos que voltam encharcados de sangue, me deixando assustada pela minha visão ir se desfocando cada vez mais a cada segundo.

__ Meu rei, temos de ir logo. Precisamos sair antes que saibam da nossa presença, o portal já está pronto- ouço uma voz feminina dizer e o toque no meu braço surge novamente.

__ Assim que chegarmos em casa, eu cuido desse ferimento- Sussura em meu ouvido e me sinto a ser carregada, levanto meu rosto e o pânico me toma por completo.

Aqueles olhos que tanto me deram pesadelos, me encaram brilhantes e vêm acompanhado de um sorriso.

Tento lutar contra a minha mente, contra o meu corpo, tento evitar desmaiar. Mas não consigo, minha consciência se desliga.

E eu temo por mim e meus filhos.

Mouvryn MortOnde histórias criam vida. Descubra agora