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Mouvryn

Entro em casa às pressas, acabei demorando mais que o previsto. Os homens de Alexandre trouxeram logo um dos lobos e o interrogamos, ele não disse nada, ele parecia confiante demais no ser que servia.

No fim gastamos tempo demais e sem nenhum resultado, agora estou preocupado com Vryn pelo tempo que passei fora, já que suas primas a deixaram descansando.

Preciso fazer o nosso almoço, mas o cheiro que estou sentindo ao entrar em casa me faz sorrir.

Pelo vistos Vryn decidiu preparar o almoço hoje, quando me preparo para ir ao quarto ouço sons de risadas me deixando em alerta, a risada de Vryn de um outro homem.

Devia me preocupar com o facto de não sentir o cheiro da sua companhia?.

Caminho até a cozinha e o cenário que encontro é lindo demais, mesmo tendo me apanhado de surpresa.

Vryn parece ainda mais linda ao lado de seu pai, comendo e conversando juntos.

E ele não parece nem um pouco o homem que aprisionou meu povo, ele parece estar leve e vulnerável ao lado de Vryn. Acho que ela é a única que tem esse poder com ele.

__ Boa tarde- saúdo entrando na cozinha fazendo os dois me encararem, caminho até eles e beijo a testa de Vryn__ Me desculpe pelo atraso, acabei levando mais tempo que o imaginado com Alexandre.

__ Não tem problema, tive boas companhias- responde e me viro para o pai da minha mulher.

__ Senhor- aceno com a cabeça e ele retribui.

Acho que um aperto de mão seria demais para nós, um passo grande demais.

__ Papai quer falar contigo Mouvryn, como já almocei vou subir deixar vocês sozinhos- diz e a encaro desacreditado.

Ela vai me deixar sozinho com o pai?

Mais acho que é sobre o sangue que ele quer falar, talvez já não terá tanto assim ou pode ser sobre o ataque que sofremos.

__ Os enjoos passaram?, Tomaste o sangue?- pergunto preocupado e ela ri.

__ Sim para as duas perguntas, estarei te esperando para conversarmos- diz e concordo.

A observo sair da cozinha e através do vidro que dividi a sala da cozinha consigo a ver subindo as escadas.

__ Ela é a melhor coisa que aconteceu na minha vida- ouço Kayvrel dizer me viro para ele e sento no mesmo lugar onde Vryn estava sentada.

__ Klaus me contou que Vryn era o bebê que sua mulher esperava quando foi sequestrada- digo e isso parece chamar sua atenção__ Eu sinto muito.

__ Quantos anos tinhas?- pergunta e sinto seus olhos negros em mim.

Aqueles olhos pareciam dois buracos negros, prontos para me engolir assim que eu dissesse algo errado.

__ Dezassete senhor- respondo e ele não diz nada por um tempo.

__ Não tens raiva de nós por termos matado seu pai e aprisionado seu reino?- pergunta directo me deixando surpreso.

O encaro sem medo, acho que estou cheio de ter medo da família da minha mulher, com que propósito ele está me fazendo essas perguntas?

Parece que está procurando algo com o que me matar, algo para justificar minha morte.

Mais ele não vai encontrar e mesmo se encontrar não vai conseguir me afastar de Fanel.

__ Acho que não existe um Mort que não tenha raiva de vocês, mas nesse momento da minha vida não estou ligando para essa raiva e muito menos para o que a família da minha mulher representa. Eu estou aqui por ela e pelos meus filhos.

Mouvryn MortOnde histórias criam vida. Descubra agora