Capítulo 2

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Sou maluca por aceitar ir para a casa de um desconhecido, com outros desconhecidos? Sou

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Sou maluca por aceitar ir para a casa de um desconhecido, com outros desconhecidos? Sou. 
Deveria ir para casa? deveria.
Estou arrependida por ter vindo? Estou. 
Vou para casa? Não.

O barulho de música está alto, quando falaram que seria uma  “mini social” eu estava longe de imaginar que seria isso.

Luzes piscando, e várias pessoas gritando e dançando. Eu odeio ambientes assim cheio de pessoas bêbadas, elas não tem controle sobre si e por muitas vezes se colocam em perigo.

Não bebo, pois odeio não ter controle sobre mim, porque da última vez que isso aconteceu perdi uma amiga, a única que tive.

Por culpa minha ela se foi, se eu não tivesse a levado para mais uma das minhas escapadelas do internato. Se eu não tivesse bebido naquela noite, se eu tivesse com ela o tempo todo, ela estaria aqui. Me lembro perfeitamente daquele dia..

Um ano atrás..
 
Nova Iorque.

— Vamos, Kate, não seja careta vai — imploro.

— Se nos pegarem estaremos ferradas, Isa — reclama roendo as unhas.

— Aceita por favor, não terá graça sem você, Kate. Você é a única alma que me suporta, por favor! — imploro com os olhos esbugalhados.

— Tudo bem, tudo bem. Mas com uma condição, você vai ter que me deixar pintar seu cabelo.

Arregalo os olhos, da última vez que eu deixei ela pintar meu cabelo acabei com o cabelo ressecado e duro. Não sei como ela conseguiu essa proeza mas foi difícil para cacete desenrolar todos os fios emaranhados. 

— Eu aceito — falo ponderosa.

— Fechado então, é bom fazer negócios com você, Drummond — ela estende a mão e eu aperto.

Começo a me arrumar e Kate também, gosto de sair as escondidas, é a única coisa interessante nesse lugar. Sair sem os guardas dessa maldita prisão perceberem.

— Qual desses eu uso? — pergunta com dois vestidos horríveis na mão.

Um verde e o outro marrom decotado na parte dos seios e colado em cima, e aberto da cintura para baixo. Forço uma careta pois estou pensando em jogar esses vestidos fora, sem ela saber é claro.

— Nenhum deles, são horríveis — respondo e ela aperta os lábios em uma linha reta.

Caminho até o armário que dividimos e procuro por algo aceitável para ela vestir. Um vestido preto colado com costas nuas e com alguns detalhes especiais nas pontas.

— Veste isso — jogo o vestido em sua direção e ela o encara desapontada.

— Isa…

— Se você fôr falar do seu corpo, que vestidos colados marcam suas imperfeições é melhor ir parando por aí — aviso.

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