Minha vida é uma merda!
Chego a essa conclusão pela milésima vez em trinta minutos. Porquê? Pelo simples fato de eu ter cometido a burrada de esquecer meus absorventes na mansão da Marcela. O pior de tudo é que já passam das dez da noite.
Eu poderia pedir a minha amada colega de quarto, mas não posso porque aquela Imbecil não está aqui e não posso simplesmente mexer nas coisas dela.
Que merda!
Eu já imaginava que meu dia terminaria mal porque o dia de hoje estava bom demais para ser verdade. O meu adorado colega não apareceu hoje, dois professores também não e por fim tive comida de graça. Para mim essa é a definição de um dia maravilhoso, mas é claro que não iria terminar bem.
Não vendo outra solução, decido sair para ver se eu acho algum lugar aberto. Antes de sair, coloco protetores de calcinha, eles vão ter que servir por enquanto.
Com as chaves do meu carro em mãos e um moleton para me esquentar já que a noite de hoje está um pouco fria saio do dormitório. Caminho até o estacionamento e pego meu carro mas é claro que antes eu tive que explicar minha situação para os guardas por causa da hora, eu sei, é ridículo.
Não tarda, me encontro na estrada dirigindo em direção a qualquer mercearia aberta. Com os olhos atentos encaro ambos lados da estrada durante todo percurso e quase beijo o chão quando vejo uma mercearia aberta, mas um cara estava prestes a fechar.
Estaciono meu carro de qualquer jeito mesmo e desço correndo com as chaves do carro em mãos.
— Espera! — grito para o homem.
Corro até ele e assim que chego coloco as mãos nos joelhos ofegante e após alguns minutos consigo recuperar meu fôlego.
— Eu já estou de saída, moça — ele diz.
— Eu preciso mesmo comprar uma coisa, é urgente!
Ele me encara franzindo a boca como se dissesse " que coisa ". É sério que eu vou ter que falar que preciso de um absorvente? Pelo amor de deus!
— Por favor!
— Você não está vendo que estou fechando? Não vai dar.
Estúpido.
— Quer saber? Se fode aí, você e sua loja!
Eu é que não vou me humilhar, estou precisando urgente de um absorvente e daí? Nem que eu tenha que ir até o centro da cidade eu irei, mas não vou ficar implorando para nenhum babaca, se há algo que eu tenho em demasia é orgulho.
Volto para o meu carro pisando duro totalmente puta da vida. Ligo o carro na força do ódio e dirijo com mais ódio ainda, volto a encarar todos os lados e um pouco próximo ao centro da cidade acho um lugar aberto e esse diferente do anterior não está prestes a fechar e também tem dois carros estacionados do lado de fora, um deles com dois garotos encostados enquanto fumam.
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Mais Feliz Do Que Nunca!
Teen FictionDois adolescentes problemáticos. Dois adolescentes tóxicos, cegos pelo orgulho. Uma mistura perigosa de fogo e petróleo que a qualquer momento poderia entrar em combustão, mas acima de tudo, duas almas quebradas que podem escolher entre unir uma a o...