Ok... Isso é simples, Isabelle. É só ir para a casa de Marcela ouvir o que ela tem para falar, pegar as chaves do seu carro e ir embora, simples.Não é como se fosse o final do mundo, se eu me cruzar com meu padrasto é só fingir que não o conheço e pronto. Não é tão complicado assim.
Já estou a uma hora e meia encarando a tela do meu celular arranjando desculpas para não ir agora, eu sei que isso é infantil mas foda-se.
Me levanto e decido ir de uma vez porque se eu continuar aqui irei acabar por desistir. Pego meu celular e fones de ouvido saindo do dormitório em seguida, enquanto minha amada colega de quarto apenas me observa.
Desço as escadas e caminho até o lado de fora do campus. Puxo uma boa quantidade de ar antes de chamar um táxi e partir em direção a mansão de Marcela.
Enquanto isso, coloco meus fones de ouvido e me deixo levar pela vez de Billie Eilish cantando Lovely e encaro as ruas sem muita animação, não há nada aqui além de pessoas caminhando de um lado para o outro. Algumas indo trabalhar outras apenas aproveitando o final de semana.
Não tarda, o táxi adentra no condomínio luxuoso da casa de Marcela e eu encaro o relógio em meu pulso, são cinco da tarde e ela já deve estar achando que eu não irei mais. Não ligo, sim eu me atrasei propositalmente e daí?
— Está entregue, senhorita — o senhor simpático diz, ele aparenta ter uns cinquenta anos de idade.
Me vejo obrigada a sorrir quando ele sorri para mim. Sorri sem mostrar os dentes.
— Obrigada — entrego o valor da corrida — Pode ficar com o troco — digo.
— Mas...
— Sem mas, se o senhor não aceitar eu vou achar que o problema é comigo — me surpreendo por estar sendo simpática, se fosse em outro momento eu simplesmente ia mandar o homem se foder.
— Muito obrigado, menina — murmuro um " não foi nada " e desço.
Assim que me vêem, os seguranças abrem passagem para mim. Em oito anos eu nunca apareci aqui e agora em menos de dois meses já estive aqui durante um mês e agora apareço também. Irónico.
Sigo a trilha de mármore e estranho fato de ver alguns carros desconhecidos. Dou de ombros e caminho até o hall da entrada mas quando ouço várias misturadas travo e faço menção de ir embora e fingir que isso nunca aconteceu mas quando eu estava prestes a fazê-lo alguém aparece e me chama.
— Filha! — oh merda.
Me viro para ela e de repente sinto raiva se apossar de mim.
— Porque você não me falou que era uma festa? Eu nem sei porque vim para aqui. Vou embora! — informo lhe dando as costas mas ela segura meu ombro.
Rolo os olhos e volto a encarar minha " mãe ".
— Não é nenhuma festa, filha. É uma reunião com os sócios da Drummond Company — wow que ótimo! de festa para reunião poderia ser melhor?
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Mais Feliz Do Que Nunca!
Teen FictionDois adolescentes problemáticos. Dois adolescentes tóxicos, cegos pelo orgulho. Uma mistura perigosa de fogo e petróleo que a qualquer momento poderia entrar em combustão, mas acima de tudo, duas almas quebradas que podem escolher entre unir uma a o...