Capítulo 22

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Se eu sei o que eu estou fazendo? A resposta a essa pergunta seria não, mas infelizmente, eu sei, estou beijando ele e estou gostando

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Se eu sei o que eu estou fazendo? A resposta a essa pergunta seria não, mas infelizmente, eu sei, estou beijando ele e estou gostando.

Nosso beijo não é calmo, mas também não é intenso, é ao nosso ritmo. Sua língua quente invade minha boca fazendo várias sensações me invadirem, sem saber o que fazer com minha mão livre a levo até suas costas, a deixando cravada lá. Sem nenhum aviso prévio, suas mãos descem até minha cintura me puxando para mais perto dele, como se quisesse fundir nossos corpos.

Nos separamos por falta de ar e ele me encara por alguns segundos buscando por ar antes de atacar meus lábios e eu correspondi ao seu beijo antes mesmo que nossos lábios estivessem completamente grudados e finalmente admiti para mim mesma que eu o queria, não sabia o quanto eu precisava do beijo dele até aquele momento.

— Minhas costas — ele resmunga sorrindo — Você é muito baixa.

— Essa é a melhor coisa que você tem a dizer a uma garota depois de beijá-la? — tinha humor em meu tom de voz, por mais surpreendente que fosse.

— Talvez — ele responde e eu ouço uma buzina que me faz voltar ao mundo real.

Estávamos no meio da estrada impedindo a passagem das pessoas que estão nos lançando palavras de ódio.

— Eu acho melhor sairmos daqui — Elijah se pronuncia e eu aceno — A gente se vê, namorada — ele me rouba um beijo e pisca para mim entrando no carro em seguida.

Volto para o meu carro e o movimento de carros se faz presente. Continuo meu trajeto e um sorriso involuntário preenche meu rosto e eu me dou um tapa mental por isso tirando imediatamente o sorriso do rosto.

Tento focar em alguma coisa que não seja o moreno de olhos castanhos e seu beijo mas essa missão é meio complicada de cumprir quando eu ainda sinto como se estivéssemos nos beijando até agora, sinto como se nossos lábios estivessem se fundindo até agora. Maldito Elijah!

— Sai da minha cabeça!

Aperto o volante e me dou por vencida, até porquê, eu não conseguiria parar de pensar nele tão facilmente, meu cérebro é um filho da puta.

O tempo realmente é meu inimigo pois em tão poucos minutos, me encontro na casa da Marcela. Eu queria prolongar esse momento mas o universo me odeia tanto que fez o tempo passar tão rápido.

Caminho até o lado de dentro e a encontro descendo as escadas, é claro que ela já sabia que eu havia chegado. Estranho o fato dela estar de óculos de sol dentro de casa, principalmente em um dia chuvoso, o outro motivo que me fez ficar com uma pulga atrás da orelha é o fato dela estar de vestido longo, meia, camisola, cachecol e luvas. O dia era chuvoso mas não estava fazendo frio, ela cobriu o corpo inteiro restando apenas o rosto, ou parte dele porque tem os óculos.

— Wow — deixo escapar.

— Que bom que você chegou, filha — ela fala olhando para os lados e para trás como se procurasse algo ou alguém.

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