— Eu não quero que você se afaste dos seus amigos por mim — falo.— Não estou me afastando de ninguém, agora será que dá pra você ficar quieta? Você fica linda calada.
— Imbecil! — xingo e ele riu.
— Vamos? — pergunta carregando minha mala.
— Agora? — pergunto e ele me encara com deboche.
— Sim, agora.
— Você não vai levar nada?
— Não — dá de ombros. E eu o encaro como se ele fosse um lunático, e na verdade ele é.
O sigo e não estranho o fato de não estar ninguém na sala. E Agradeço por isso, seria desagradável demais ter que encarar os amigos de Elijah depois do episódio de mais cedo. E sendo sincera, por mim eu não olharia nunca mais na cara de nenhum deles mas isso é impossível. A não ser que eu mude de estado, coisa que Marcela tanto quer e eu jamais daria esse gosto a ela. Saímos da república e caminhamos até seu carro, Elijah coloca minha mala no porta malas e entra no carro em seguida.
Entro também, colocando o cinto de segurança sem fazer ideia alguma de para onde Elijah estaria me levando e eu tenho certeza que ele não me falaria então só me cabia esperar.
— Porque você está tão inquieta? — ele pergunta sem tirar os olhos da estrada.
— Talvez pelo fato de eu não saber para onde estou indo? É sério mesmo que você não quer me contar? — ele nega.
Bufo e encosto minha cabeça no vidro, ele liga o rádio a música calma contribuiu para que eu adormecesse no meio da viajem. Acordo quando alguém me chacoalha chamando por meu nome.
— Que é, merda? —pergunto com raiva sem abrir os olhos.
— Merda é o que você vai ficar se continuar dormindo desse jeito.
— aham — resmungo e não ouço mais nada.
De repente o encosto onde coloquei a cabeça não existia mais fazendo com que minha cabeça caia para o lado. Resmungo, me ajeitando e encaro Elijah furiosa o filho da mãe abriu a porta de qualquer jeito propositalmente.
— Você me obrigou, Smurf. Eu até tentei acordar você de bem, mas você não estava colaborando.
— Não fala nada agora, eu não quero olhar para sua cara — digo tirando o cinto de segurança descendo do carro.
Encaro a rua vazia, de cenho franzido e não reconheço o lugar. A rua parecia abandonada, salvo, por algumas casas, era um lugar limpo mas sem cor. No final da rua havia um beco escuro e um tanto assustador, parecia até cenário de filme de terror.
— Que lugar é esse? — pergunto com a voz sonolenta.
— E para onde foi o “ não fala nada agora”? — pergunta debochado se encostando no carro.
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Mais Feliz Do Que Nunca!
Teen FictionDois adolescentes problemáticos. Dois adolescentes tóxicos, cegos pelo orgulho. Uma mistura perigosa de fogo e petróleo que a qualquer momento poderia entrar em combustão, mas acima de tudo, duas almas quebradas que podem escolher entre unir uma a o...