— Garoto tem como você não grudar tanto em mim? — pergunto já cansada de estar no mesmo ambiente que ele.Sim, eu ainda estou na mansão da Marcela por mais incrível que pareça.
— Se minha presença te incomoda tanto porque você mesmo não sai? — pergunta.
— Quer saber? Vou fazer isso mesmo! — me levanto.
Eu nem ao menos sei o que ainda faço aqui, já deveria ter ido embora faz horas. Aquela água que bebi deveria ter algum tipo de droga, essa é a única explicação.
A reunião já aconteceu e eu deveria ter ido embora no mesmo momento. Mas não, em vez disso eu saí e vim me sentar em uma das cadeiras que ficam ao redor da piscina mas bem distante da mesma, eu tenho pavor de água, é um trauma de infância.
Aconteceu quando eu ainda morava não mansão, tinha sete anos e estava brincando ao redor da piscina e quando eu me levantei para ir embora dei um piso em falso e acabei caindo na água e o pior de tudo é que eu não sabia nadar, me debati por vários segundos até que uma das funcionárias da casa me tirou de lá. Como sempre, Marcela não estava lá quando eu precisava.
Saio da mansão e quando eu estava prestes a chamar um Uber o idiota do Elijah chega e pega meu celular.
— O que você pensa que está fazendo seu imbecil? Devolve!
Ele olha para o meu celular e depois para mim.
— Não precisa chamar um Uber,eu te levo — fala e eu ri sem humor.
— Não, obrigada. Agora me devolve meu celular — estendo minha mão.
— Ah qual é, Smurf. Eu nem gosto de você e estou te oferecendo uma carona.
— E eu pedi? Agora será que dá para você me devolver meu celular? — pergunto começando a perder a paciência que nunca tive.
— Só se você aceitar minha carona.
— O que você tem, garoto? Acordou do lado errado da cama? Qual é a parte do " eu não quero a porra da sua carona " que você não entende?
— Justamente a última parte — fecho os olhos para tentar conter a vontade de desfigurar seu rosto bonito.
Rosto bonito? Era só o que me faltava!
— Me devolve meu celular! E além do mais, você não veio com seus pais? Eles vão embora como? Voando?
— Nós viemos em carros separadas.
Vendo que ele não iria me entregar meu celular, decido caminhar até o lado de fora do condomínio para ver se eu acho um táxi o que será difícil pois está um pouco tarde.
Vejo um carro me seguindo e eu bufo, de braços cruzados ignoro Elijah e me foco em caminhar para fora do condomínio. Não tarda, me encontro na rua, encaro a estrada buscando por algum táxi até que ouço uma buzina.
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Mais Feliz Do Que Nunca!
Teen FictionDois adolescentes problemáticos. Dois adolescentes tóxicos, cegos pelo orgulho. Uma mistura perigosa de fogo e petróleo que a qualquer momento poderia entrar em combustão, mas acima de tudo, duas almas quebradas que podem escolher entre unir uma a o...