Dois adolescentes problemáticos.
Dois adolescentes tóxicos, cegos pelo orgulho. Uma mistura perigosa de fogo e petróleo que a qualquer momento poderia entrar em combustão, mas acima de tudo, duas almas quebradas que podem escolher entre unir uma a o...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
— Isabelle! — a seguro antes que ela caia. Me ajoelho com a garota nos braços a chacoalhando em uma tentativa falha de acordá-la.
Sebastian se aproxima e eu o encaro com raiva e contente pelo estrago que fiz em seu rosto — O que você quer?
— Ela está desmaiada e sua preocupação é comigo? E se você tem um pouco de senso solte-a e vai embora você já causou o bastante por hoje — ele diz.
— Foda-se — deixo Isabelle nos braços dele e lhe dou as costas. Antes de me sentar vejo Sebastian levar ela para enfermaria.
Tiro um cigarro do bolso encarando a porta do refeitório, minha vontade era de ir atrás deles mas me contive. Por mais que eu o odiasse aquele idiota tinha razão, eu já causei demais por hoje e não precisa ser nenhum especialista para saber que eu sou a última pessoa que ela gostaria de ver ao acordar.
— O que aconteceu? — Vinnie me pergunta e eu dou de ombros mostrando que não estou a fim de falar. Ele acena e volta a se concentrar na garota ao seu lado.
— E aí gato, você já resolveu o que tinha para resolver? — a garota que não sei o nome me pergunta passando a mão em meu ombro.
A ignoro, ela viu tudo que aconteceu a minutos atrás, todo refeitório viu porque digamos que nossa discussão não foi nada discreta. A garota age como se não tivesse ocorrido nada e se eu já não estava interessado nela antes, agora estou menos.
— Não enche, Samantha — digo o primero nome que aparece em minha mente.
A garota me encara indignada mas não fala nada, quando eu acho que ela está indo embora ela simplesmente se senta na minha perna. A ignoro completamente me concentrando no meu cigarro e tentando não ir atrás de Sebastian e Isabelle.
Cansado de ficar naquele lugar me levanto e saio do refeitório, caminho até a república e me sento na sacada com o pensamento longe, mais especificamente nela. Porra, porque caralhos eu estou preocupado? Ela não é nada minha, não há motivos para eu ficar preocupado mas isso não me deixa menos preocupado. Cacete!
— Merda!
Eu poderia estar me divertindo agora, poderia estar com meus amigos mas aquela morena dos fios vermelhos não sai da porra da minha cabeça. Eu quero acreditar que o que estou sentindo é apenas culpa, me recuso a acreditar que seja outra coisa, me recuso a acreditar que eu tenha sentimentos por ela, cacete! A última vez que eu senti algo por uma garota foi quando eu tinha sete anos. Nem Marjorie despertou sentimentos em mim, eu apenas gostava da companhia dela e a respeitava, mesmo não tendo sentimentos por ela não a traí, o que é surpreendente para um garoto que não conseguia ficar um dia sem transar.
Horas depois…
Não sei quanto tempo se passou, quando vi já estava escurecendo, então presumi que fiquei muito tempo na sacada. Ouço a voz dos rapazes no local e permaneço no mesmo lugar, não estou com vontade de conversar com ninguém e se eu abrir a boca nesse momento não sairá nada de bom por isso é melhor que eu permaneça em silêncio. Mas parece que meus amigos não concordaram muito comigo porque segundos depois Vincent surge na sacada.
