Capítulo 23

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— Quais são as chances disso dar certo?

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— Quais são as chances disso dar certo?

— 0,9% — respondo sincero.

— E porque razão eu estou confiando isso a você? 

Dou de ombros.

— Porque sou seu namorado? — pergunto o óbvio.

— Em primeiro lugar, você não é meu namorado e mesmo que fosse isso não seria um motivo — ela diz e eu rolo os olhos.

— Você já pintou o cabelo de alguém? — pergunta e eu olho para o lado coçando a cabeça. Ter pintado o cabelo de Brooklyn há três anos e quase ter deixado a garota sem cabelo deve contar.

— Sim? 

— Elijah, eu estou falando sério — me encara, era engraçado o jeito como ela me encarava, com ódio.

— E eu também. Mas porque você não faz isso em um salão de beleza ou algo parecido, como uma garota normal? — pergunto confuso.

— Não gosto de ter pessoas me tocando — resmunga.

— Mas gosta que eu te toque — não perco a oportunidade de provocá-la.

Ela se levanta para me mandar embora mas eu a impeço fazendo com que ela volte a se sentar. Isabelle, se acomoda e eu encaro os potes na cama dela com o cenho franzido, vejo uma coisa estranha que me parece familiar me parece um papel de alumínio, pra que caralhos ele precisa disso? Ao lado, tem um par de luvas e eu penso se realmente é uma boa ideia me meter nessa, se eu faço alguma merda tudo vai por água abaixo.

— O que eu ganho por te ajudar? 

— Nada? Você está aqui porque quer, Elijah — nego com a cabeça e nesse momento alguém bate á porta.

Isabelle caminha até a porta e eu me jogo na cama dela com as mãos sobre a cabeça alheio a tudo até que reconheço a voz de Sebastian. Sinto a raiva me consumir mas continuo deitado para não fazer nenhuma merda por mais que minha vontade fosse de socar a cara dele por vir atrás da  minha garota.

— O que aquele idiota queria? — pergunto sem me mover, assim que ela fecha a porta.

— Não é da sua conta.

— É sim. Me fala o que ele queria.

— Eu não te devo satisfações da minha vida, Elijah. Mas já que você insiste, ele me chamou para almoçar — dá de ombros como se não fosse nada. O caralho do garoto acaba de chamar ela pra sair e ela age assim, como se não tivesse namorado.

— Você não vai.

— E eu te pedi permissão para algo? Eu vou sim.

— Não, você não vai.

— Sim, eu vou.

Fico em silêncio tentando conter a raiva. Estou morrendo de ciúmes e daí? Ela fala algo que não me preocupei em escutar por mais que estivesse falando comigo, ela voltou a falar mas eu a ignoro e nesse momento ela para de frente para mim de braços cruzados mas eu a ignoro novamente.

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