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Perigoso🤑

Observei ela sair do restaurante sem acreditar ainda que aquilo tinha acontecido na minha frente

- Olha a moscaa - Maria disse batendo na minha boca e eu a olhei

- Tá engraçadinha hoje hein, dormiu com o Bozo? - falei sério e ela me deu língua.

- Filho você não acha melhor irmos pra casa? - Ela disse apreensiva, ela tinha muito medo de algo acontecer comigo e eu até entendo ela.

- Fica suave aí mãe, vai dá nada não. - falei sorrindo de lado pra tranquilizar ela.

Não sei, mais algo me diz que eu ainda vou reencontrar essa morena de novo.

(...)

Levantei antes do galo cantar como sempre, mas hoje tinha uma missão, então como o cabeça eu tinha que tá pronto primeiro que todos.

Caminhei até a sacada e fiquei observando minha favela. Novamente os olhos da policial gostosa veio a mente. Balancei a cabeça rapidamente

Sai pra lá esse pensamento doido, ficar pensando em policial o que tá maluco.

Caminhei até o banheiro, tomei meu banho rápido, vesti minha roupa, uma calça de moletom, uma blusa preta com um símbolo da Nike refletivo e um tênis.

Me perfumei daquele jeito né pai

Fiz aquela rápida oração e enterrei o boné na cabeça e atravessei o fuzil e passei os cordão no pescoço.

Dei um beijo na Maria e um na minha mãe e deixei um cordão com cada uma, eu fazia isso toda vez que ia para missão

A missão de hoje era ir até a serra, íamos transportar drogas pra cidade de Petrópolis, e eu tinha que ver se tava tudo certo.

É vai achando que vida de dono de morro é só manda e desmandar enquanto fica sentado, comendo várias puta por ai...

Vitória💫

5:30 da manhã meu celular de serviço tocou, já despertei no primeiro toque

I.D.L
(Início de ligação)

Delegada Débora: Vitória?
- Sim Delegada, pode falar
Delegada Débora: Temos uma Operação agora, transporte de carga.
- 15 minutos e estamos a caminho, me mande todas informações.
Delegada Débora: estamos esperando.

F.D.L

Levantei em um pulo e sai do quarto e bati na porta da Ana

- Ana, Mais uma operação vamos! - falei alto da porta e voltei pro meu quarto

Tomei um banho super rápido, vesti minha farda e prendi o grande cabelo em um coque. Peguei as pistolas verificando se estavam todas carregadas e as coloquei no coldre.

Peguei minha mochila já pronta, e o meu celular de serviço

Vi as informações, a única que tínhamos era que o caminhão teria saído em direção a Maré.

Esse filho da Puta não cansam de perder carga não? Em plena Sexta feira?

Sai do quarto e a Ana saiu ao mesmo tempo.

- Vamos? - Ela concordou com a cabeça e saímos correndo.

Descemos até o estacionamento e entramos no meu carro, e eu dirigi o mais rápido o possível para a Delegacia

(...)

E lá vamos nós de novo, quem vê acha que é fácil a vida de polícia, ainda tem que ficar ouvindo ladainha de filho da puta "que policial é isso, policial é àquilo". Tô embaixo sol quente não sei quanto tempo já, parando caminhão por caminhão mas tenho que ouvir que ¨isso é necessário?¨ 

Desci da viatura com o Thor, o cachorro que sempre me ajudava nas operações, cheguei perto do Caminhão o analisando.

Olhei para cima e o um velho barbudo me encarou

- Desça do veículo com documentos em mãos por favor - Ele resmungou e desceu me dando os documentos. Revisei, estava tudo certo

- Oh Senhora, tem como andar rápido ai? Tenho uma mudança para entregar - disse ele preocupado

- Só mais alguns minutos, e o Senhor estará liberado - entreguei os documentos - pode abrir as portas pra mim por favor - Ele abriu e eu andei até lá, vendo uma mudança mesmo. Um sofá, Um guarda roupa, Uma Geladeira. Sacos de roupa

Soltei o Thor dentro do caminhão e ele começou a cheirar

- A Mudança veio de onde? - perguntei vendo o Thor cheirar tudo.

- Peguei essa mudança em uma borracharia Senhora. - disse ele observando também.

- E está leva...- Fui Interrompida por um latido. Era o Thor, que começou a latir arranhando o sofá, subi no caminhão indo até ele - calma garoto, calma... - Falei prendendo ele na coleira de novo. Peguei um estilete e rasguei o sofá e vi vários saquinhos de pó - Olha só... - virei para o velho, que parecia está assustado.

- ISSO NÃO É MEU! EU JURO - Gritou ele sem acreditar ainda.

- Então o que o senhor me explica? - Thor ainda Latia, mais agora na direção dos sacos de roupa. Fui até lá rasgando vendo algumas peças. - Thor é roupa... - Ele enfiou o focinho no meio das roupas e latiu, enfiei a mão e puxei as roupas pra fora e tinha muitos pinos, olhei para o velho novamente - Pode algemar e levar para a Delegacia.

- Não! Porfavor isso não é meu! Eu sou cidadão de bem! - disse ele

- O Senhor terá que ter uma ótima explicação para tudo isso. Mais lá na Delegacia - Colocaram ele no camburão e eu olhei pro caminhão. - Fecha e leva pra perícia.

(...)

- Nome - disse olhando para o velho na minha frente

- O cara se apresentou como Heitor, mais eu não sei mais nada senhora. Eu juro que tô falando a verdade

- Endereço - falei anotando tudo em um caderninho

- Rua Professor José Carlos, número... 32 eu acho. Tem uma borracharia em baixo e uma casa em cima - concordei com a cabeça

- O Senhor fica aqui até segunda ordem, chamaremos um defensor público caso não possa pagar um advogado, sua família já foi avisada - saí da sala e a Ana veio comigo

- Vamo de mais uma luta - falou e eu ri entrando na viatura.

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