Vitória 💫
Me despedi da moça que cuidou de mim esse um mês, ela me ajudou muito. Ela que comprou a passagem pra eu voltar pro Rio.
— Muito obrigada viu dona Marysa - Beijei a testa dela.
— Nada menina, vai com Deus. Quando chegar me manda notícias - Ela disse me abraçando com cuidado, eu tinha quebrado o braço.
Eu tava toda fodida ainda, tinha me machucando quando além de eu ter caído na porrada com o VG, e quando eu joguei o carro na água, eu não sei o que aconteceu lá embaixo que eu quebrei meu braço. No momento que o carro caiu eu bati minha cabeça e desmaiei, a única coisa que eu lembro é da Ana batendo a cabeça no volante e desmaiando.
— Vou mandar - sorri e entrei no ônibus, dois dias de viagem vai ser casca pra caralho. Mas só de pensar que eu to voltando pra casa.
Não sei se a Ana tá viva, e não sei como eu vim parar em João Pessoa. Eu acordei em um hospital e a Marysa era a médica, ela cuidou de mim e disse que me conhecia. Meu caso tava em todos os lugares do Brasil.
Eu tinha que chegar no Rio e ir pra algum lugar seguro, querendo ou não o Terror ainda tinha seus aliados lá. Eu poderia ir pro meu apartamento, mas lá seria o primeiro lugar que eles iriam me encontrar.
Poderia ir pra casa dos meus pais se eu soubesse, desde que eles voltaram pro Rio eu não tinha ido na casa deles, até porque eu tinha ido pra casa do Perigoso.
Perigoso! Isso é ele que eu tinha que caçar, não sei se ele me ajudaria já que eu quase fudi a vida dele fugindo pra caçar a Ana.
Peguei o celular que a Marysa me deu, nada de muito chique era um Samsung J7 era apenas para que eu me comunicasse com ela.
Entrei no meu Twitter na esperança de achar a Maria, já que ela vivia nele. Revirei o Twitter inteiro até achar o perfil dela, falhei com sucesso na missão, vou ter que chegar de surpresa na Rocinha.
Fechei os olhos sentindo o sono me tomar..
***
Dois dias depois.
Acordei quando o ônibus entrava na rodoviária. Ele estacionou e eu desci junto com os outros passageiros. Porra como era bom está de volta.
Como não tinha malas e nem nada, sai da rodoviária a procura de um táxi. Decidi ir pra Delegacia eu encontraria a Delegada Débora e ela me ajudaria.
Peguei o Táxi e fui indo em direção a Delegacia. Eu tava extremamente cansada, mesmo eu tendo dormindo quase a viagem inteira.
Cheguei na delegacia e tava movimentada, como sempre.
— Boa noite a Delegada Débora está? - Falei me aproximando do balcão e a Policial continou com a atenção no computador
— Ela está ocupada - Ela disse seca e eu levantei a sombrancelha. — Não pode ser Interrompida.
— É urgente - Falei e ela me olhou e voltou a olhar pro computador.
— Sinto muito você vai ter que esperar - Ela falou e eu bufei.
— Vamo ver se eu vou esperar - Sai entrando porta a dentro e ela veio atrás gritando chamando atenção de outros policiais que vieram na minha direção me segurando — Porra mais que buceta, me solta !
— O que ta acontecendo aqui ? - A Delegada Débora saiu da sala. — VITÓRIA - Ela gritou - Solta ela!
— Ouviu? Me solta - O Policial me soltou e eu revirei os olhos e olhei pra delegada. — Podemos conversar?
— Claro vem entra - Ela abriu a porta pra eu entrar, e eu entrei mandando beijos pra Policial que me barrou. E eu entrei na sala dela me sentando. — Onde tu tava? Todas as unidades do Rio e redondezas estão atrás de você.
— Chama meu pai que eu vou explicar tudo. - Ela concordou e pegou o celular.
Em menos de 40 minutos a sala tava sendo invadida pela minha mãe e meu pai que veio correndo me abraça fazendo eu gemer de dor.
— Calma mãe, meu corpo tá dolorido ainda - Falei e ela encheu meu rosto de beijos.
— Desculpas filha, é a saudade. Onde você tava? Como você chegou aqui? O que aquele arrombado fez? Olha como você tá, toda machucada, com um braço quebrado. - Contei tudo pra eles. Eles emitiram o mandato de busca atrás do Terror e da Ana.
Meus pais me levaram pra casa deles, eu tomei um banho e vesti uma das roupas da minha mãe.
— Vem comer filha - Minha mãe me chamou e eu me sentei na mesa com eles. Minha mãe me serviu e eu comecei a comer, que saudade da comida da minha mãe - Vai devagar dragãozinha.
— Muito tempo sem comer sua comida - Sorri e ela sorriu de volta.
— Como é bom de ter aqui, filha - Meu pai falou fazendo carinho no meu cabelo.
— Eu achei por um momento que não ia conseguir voltar, mas finalmente posso voltar pro meu emprego, pra minha vi... - Meu pai me interrompeu.
— Você não vai voltar - Meu pai falou e eu encarei ele.
— Como assim eu não vou voltar?
— O Terror ainda foragido. Tu vai ter que ficar mais um tempo longe - Ele falou e eu ri alto.
— Pai pode parar, to cansada de fugir. Quem vai na direção dele agora sou eu. Não sei pra que tanto medo de um arrombado filho da puta.
— BRENDA! - minha mãe exclamou.
— Desculpa o palavreado, mas dessa vez eu não vou fugir. Eu vou pegar esse filho da puta, ou eu não me chamo Brenda Vitória - Falei me levantando e indo até meu quarto.
É Terror, quem te quer agora sou eu!
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Destinos Traçados
Teen FictionFaz uma loucura por mim Promete pra mim que não quer mais ninguém Será que ela diz a verdade? Te juro que preta igual ela não tem Ela pelada eu não vejo defeito Responde essa pergunta pro seu preto Será que você faz uma loucura por mim? ...