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Vitória 💫

Minha mente tava a milhão, é sumiço da Ana, é essa garota toda esquesita. Porra!

Traguei o baseado e soltei a fumaça, só esse bagulho pra aliviar a mente. Só queria achar minha irmã cara.

— Ih maluca, tá chorando porque tu? - Nem percebi que tava chorando até ele falar.

— Que vida bosta velho. - Falei encostando a cabeça na parede — Minha irmã tá aí não sei na onde, passando pelo não sei o que, sofrendo ai po, na mão de algum filha da puta. E eu? Eu to trancada por causa de um pau no cú. Tomar no cú cara. - Falei passando a mão no rosto secando as lágrimas.

— Eles vão achar ela cara, tu ta trancada aqui pro teu bem po. Se tu tivesse lá fora era tu no lugar dela, não que ela merecia tá lá. Mais vai saber quem fez isso com ela? - Ele falou e eu concordei tragando o baseado de novo.

— E se não acharem ela Perigoso? Eu vou fazer o que? Porra a menina tava comigo todo dia, é minha dupla desde sempre. Porque geral só pensa em mim nesse caralho? Ela também precisava de proteção po! A menina andava comigo, óbvio que esse tal de Terror ia atrás dela. Ninguém pensou nessa possibilidade? - Falei  olhando pra ele.

— Baixa o tom Major- Nem percebi que tinha gritado, o efeito tava começando a pegar. — A proteção eu tenho que passar a tu po, foi esse o acordo com o Grande. Infelizmente não posso fazer nada não. - Neguei com cabeça, e traguei a maconha de novo.

Ficamos um tempão em silêncio, fiquei parada olhando pro nada sentindo minha mente flutuar. Meu corpo tava leve pra caralho, e eu já não comandava meu pensamento.

Fechei os olhos sentindo aquela paz aqui dentro, porra podia ser sempre assim.

Quando abri já tava na cama junto com a Maria, como que eu parei aqui?  Sei lá minha mente tá muito em paz pra eu descobrir.

***

Ouvi barulho de mensagem de longe, ignorei a primeira. Eu poderia responder amanhã. Mais em sequência vieram vários plim e ouvi a Maria resmungar.

Estiquei a mão e peguei o celular, eu via tudo turvo. O efeito da maconha ainda tava no cérebro.

Eu não tava enxergando direito, entrei no Whatsapp e cliquei na mensagem. Eu enxergava muito pouco, mais não parecia um número conhecido.

Sentei na cama pra ver se melhorava minha visão, mas só resultou e em eu quase cair da cama.

Fechei os olhos por uns 10 minutos pra minha visão voltar, nesse 10 minutos não parava de chegar mensagem.

Abri os olhos e eu enxergava melhor, ainda embaçado mais aí era por causa da Miopia. Coloquei o óculos na cara e abri as mensagens

Whatsapp

+55 02198##-##: Boa noite Brendinha. Satisfações. (03:33)

+55 02198##-##: como admirador, vou te dar um presente que você vai amar  (03:33)

+55 02198##-##: *Foto* (03:33)
+55 02198##-##: *Foto* (03:33)
+55 02198##-##: *Foto* (03:34)
+55 02198##-##: *Foto* (03:34)
+55 02198##-##: *Foto* (03:34)
+55 02198##-##: *Foto* (03:34)

+55 02198##-##: Você tem 24 horas pra aparecer aqui e eu não matar ela. Sei que você vai fazer a escolha certa minha linda ❤️ (03:35)

+55 02198##-##: Espero que esteja demorando porque está se arrumando. (03:45)

- Seu filho da puta!

+55 02198##-##: Estou muito feliz em te ver também, estamos te esperando. E venha sozinha hein, se não já sabe

+55 02198##-##: *Localização*

Whatsapp

Filho da puta me bloqueou, as fotos era a Ana amarrada, ela tinha alguns machucados. Eu tinha que salvar a Ela. Levantei devagar e sai do quarto indo até o meu, vi a Alana dormindo. Andei até meu guarda Roupa e peguei um casaco e uma calça de moletom e um tênis e sai sem fazer barulho.

Vesti no corredor e calcei meu tênis ali mesmo. Andei até a cozinha e deixei um bilhete avisando.

Fui até a porta e abri devagar não vendo nenhum vapor, achei estranho mais minha mente só vinha a Ana. Abri o portão com cuidado e sai.

Caralho como que eu vou chega lá? Olhei em volta e vi uma moto ali parada. Seja lá de quem for e de quem esqueceu a chave, eu devolvo depois.

Subi na mesma e liguei indo até o mato que a gente veio do casarão, a localização disse que eu podia passar por ali.

Eu dirigia o mais rápido o possível. Eu sentia ódio, tristeza, ansiedade tudo ao mesmo tempo.

Eu tava em uma estrada totalmente deserta o que me ajudava muito. De longe eu vi um carro parado com uns caras armados.

Fudeu...

***

Eu não sabia a onde eu tava, não conseguia abrir o olho. Sentia meu corpo amarrado em uma cadeira.

Que porra ta acontecendo?Meu corpo todo tava pesado.

Eu ouvia tudo longe... Eram vozes. Era da Ana e de um homem. Abri os olhos e mais minha visão tava embaçada, eu mais eu via a silhueta de um homem e de uma mulher. Parecia muito Ana.

Ótimo ela está aqui, ela vai me ajudar...

— Ana - Sussurei sem força e senti a escuridão me tomar e eu perdi os sentidos..

Destinos TraçadosOnde histórias criam vida. Descubra agora