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Vitória

Observei o carro se afastar, esse cara me intrigava. Eu não sabia o que ele tinha, mais que ele era envolvido com algum tipo de problema ele era. Eu tenho faro pra gente ruim.

Continuei ali fazendo a revista no carro, estavamos procurando um Ranger Rouver preta. Tentativa de Sequestro.

Não tínhamos a placa apenas o modelo do carro. Então deixamos passar todos que não se encaixavam no padrão.

Passou uma Ranger Rouver Preta. Pararam o Carro e eu só observava de longe. Era uma mulher muito bonita por sinal, ela estava apreensiva.

Vi de longe um Celta Preto, minha intuição gritou imediatamente pra parar o carro.

— Para esse carro! - Falei e o Policial me olhou sério.

— Ele não está no padrão de busca - Disse olhando pra frente e o carro ia se aproximando e ele fez sinal que podia continuar e eu entrei na frente fazendo sinal pra parar. — O que você ta fazendo? Quer me ensinar como fazer meu trabalho? - nem me dei o trabalho de responder, apenas fiz menção pro carro encostar

— Documentos e Carteira do Carro por favor? - Falei me aproximando do carro, era um homem devia ter uns, 35 a 40 anos, com a barba pra fazer, branco de olhos verdes, tinha  tatuagem no pescoço e um olho roxo e um corte no supercílio.

— Senhora eu estou atrasado para uma reunião, não tenho tempo para essa palhaçadas todas. - Disse ele impaciente e eu sorri de lado.

— Sua Reunião pode esperar... ANA - Gritei a mesma que veio até mim. — Revisa os documentos dele. - comecei a andar em volta do carro. Ouvi um barulho no porta malas e me abaixei tentando escutar algo. Parecia ser um grito muito abafado. — Senhor poderia abrir o porta por favor? - Ele me olhou e bufou

— Não sei pra que essa palhaçadas - ele resmungou e nos afastamos um pouco do carro para que ele pudesse descer. Mas o filho da puta ligou o carro e saiu acelerando. Os outros policiais ia atirar

— NÃO ATIRA, PODE TER UMA CRIANÇA LÁ DENTRO. - entrei na Viatura rápido e Ana entrou comigo. Liguei o carro e sai atrás dele. Puxei o radinho e liguei o mesmo — EU QUERO UMA EQUIPE COMIGO E QUERO UMA INDO PELAS RUAS DE BAIXO, ELE NÃO PODE SAIR DA RUA PRINCIPAL. - Gritei — Vamo ver quem é mais rápido filho da puta. - A Ana ligou a Sirene e os carros foram abrindo passagem.

— ATENÇÃO, UM CELTA PRETO. PLACA KER363. INDO EM DIREÇÃO A PONTE DE NITERÓI ELE PODE TER UMA PESSOA DENTRO DO PORTA MALAS. REPITO, UM CELTA PRETO. PLACA KER363. INDO EM DIREÇÃO A PONTE DE NITERÓI ELE PODE TER UMA PESSOA DENTRO DO PORTA MALAS. - Ana gritou no radinho acionando as outras unidades. Eu mantinha meus olhos no carro a minha frente.

Fiquei lado a Lado com ele, e o olhei

— PARA A PORRA DO CARRO AGORA - Ele riu e me deu dedo do meio.

— VAI SE FUDER - Ele gritou e virou entrando na Avenida das Américas. Ele ia passar lá por cima.

E eu continuei na Av. Ayrton Senna. Ele indo por cima ia me ajudar muito mais.

— QUE PORRA VOCÊ TA FAZENDO? NÃO É ESSE O CARRO. - Ouvi a Voz do Douglas. Ele era um policial metido a besta que sempre queria crescer pra cima de mim.

— FAZENDO SEU TRABALHO, JÁ QUE VOCÊ É UM BURRO FILHO DA PUTA QUE NÃO PERCEBE AS COISAS. - Gritei de volta e desliguei o rádio.

Tava um trânsito infernal, mais ao ouvirem a sirene, encostaram seus carros para eu passar. Eu passava igual luz perto dos carros, eu tinha que chegar na ponte antes dele.

E foi o que aconteceu, demorou uns 10 minutos até eu chegar na ponte, os carros encostaram pra mim passar. Fui até o final da ponte e voltei vendo o Celta vindo.

Joguei o carro na frente dele, fazendo ele freiar. Ele ia dá ré mais outras viatura fechou ele. Desci do carro e fui até ele.

— Acabou, desce do carro - Abri a porta e ele desceu

— Mais que porra, vai se fuder sua filha da p... - Interrompi ele.

— Cala a tua boca - Falei séria e ele se calou, eu algemei ele e joguei pro lado e a Ana segurou ele.

Peguei a chave do carro e abri o porta malas, vendo uma jovem de uns 13 anos chorando.

— Hey, vem - dei a mão pra ela, e ela saiu devagar, ela vestia apenas uma camisa de homem grande e tinha muitas marcas pelo corpo, alguns hematomas e corte. — Ta tudo bem agora, ta bom? - Falei e ela me abraçou chorando e eu retribui e beijei o topo da sua cabeça. — ta tudo bem... - a abracei forte. — Vai com a Tia Paula- Sorri pra ela e beijei sua testa. Paula pegou ela pela mão com cuidado e a levou até a outra viatura.

Olhei pro nojento, minha vontade era de dar tanta porrada nele, até ele sair deformado. Mas eu era uma Policial, tinha que honrar minha farda

— Bora - Falei pegando ele pelo braço que me olhou com cara fechada — Cara feia pra mim é fome, tenho medo de homem não.- Falei e levei até o Felipe que jogou ele dentro do Camburão.

Saímos todos em direção a delegacia, agora eu andava na velocidade normal.

Chegamos na Delegacia e levei o filho da puta até a sala da Delegada e fiz ele sentar.

— Quanto tempo, senhor Martins - Delegada Débora disse com um sorriso debochado. — achei que nunca mais veria o senhor... Mas pelo visto, os 7 anos de prisão não foram o bastante né? Parabéns Major Vitória, melhor coisa foi você ter sido transferida para nossa unidade.

— Obrigada Delegada. - Balancei a cabeça e saí da sala dela e fui até a cozinha da Delegacia e encontrei ano

— Parabéns irmã - Ela disse sorrindo.

— Parabéns Mana, somos uma ótima dupla - Fizemos nosso toque e eu sentei na mesa

— Achei que teríamos moleza, me enganei muito feio.

— Realmente - Ri - pelo menos hoje é sexta.

— Graças a Deus amiga...
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