Perigoso 🤑
Terminei de contar o dinheiro e ela tava viajando olhando pra parede. Preciso confessar que ela mesmo com a cara toda fudida continuava linda.
Ela tinha um olhar misterioso, ela escondia algo, não que eu seja Mentalista ou esses caralho a quatro, eu só sei observar muito bem as pessoas.
— Ta pensando em que tu? - Falei chamando a atenção dela que me olhou com aqueles castanhos claros.
— Nada demais, problemas pessoais - Ela disse dando de ombros. — Vai ser titio né? - Ela disse rindo de leve.
— Novo desses sendo tio, Maria me arruma cada uma.. - Falei negando com a cabeça e ela me olhou com deboche.
— Novo - Ela riu pelo nariz — Tu deve ter uns 23 anos nessa tua cara ai po. Novo pra mim é 18, tu é cavalo velho.
— 26 - Corrigi e ela me olhou, com a sombrancelha levantada, isso deixava ela gostosa pra caralho.
— Aham, senta lá Cláudia... Quer enganar quem? Tu não é novo, mais também não é velho assim não - Ela disse colocando as pernas em cima da mesa.
— Tu é folgada pra caralho tu - Falei botando o saco de dinheiro na gaveta me despojando na cadeira.
— Ai desculpa sujar sua mesa, do seu maravilhoso escritório, com meu humilde pezinho- Ela disse desesperada em tom de descontração me fazendo rir.
— Brinca muito tu - Ela deu um sorriso de lado.
— Mais que a brincadeira se deixar - Ela disse coçando o braço - Me dá esse bagulho ai - Ela disse e eu joguei a caneta pra ela que pegou no ar, ela tirou a tampa e jogou a caneta na mesa e enfiou a tampa dentro do gesso — Porra...
— Malucona tu - Falei e ela me olhou com tédio.
— Você tem um escritório dentro da boca de fumo, quer mesmo falar quem é maluco?
— Somos uma empresa aqui, faz favor de respeitar? - Falei e ela riu jogando a tampa na mesa.
— A claro, destruidora de famílias que fala né? - Ela sorriu irônica.
— Não destruímos a família de ninguém, tu vê a gente lá fora obrigando eles vim aqui comprar ? - Disse a encarando e ela ficou sem resposta.
— Mas se vocês não vendessem ele não teria que gastar o dinheiro deles aqui - Ela disse com a resposta na língua.
— O que eles fazem com o dinheiro deles não é da minha conta parceira. -
— Mais incriminar inocente é né? - Olhei pra ela sem entender — No dia da Carga vocês colocaram um inocente atrás das grades
— Quem prendeu ele foi você
— Porque você colocou o cara pra transportar drogas, hoje ele deve tá preso e a família sofrendo pra caralho.
— Eu dei assistência, o cara tá bem po. - Ela não me respondeu apenas ficou me encarando até o Lipin entrar com um envelope na mão.
— Perigoso, mataram o Terror - Ele disse jogando o envelope na mesa e eu peguei abrindo.
— O QUE? - A Vitória gritou tirando os pés da mesa.
— As fotos tão ali - O Lipin disse e ela pegou o envelope da minha mão.
— Educação mandou lembranças - Falei ela pegou as fotos olhando uma por uma.
— Nem fudendo - Ela disse jogando as fotos na mesa e eu peguei, era um corpo com a cara metralhada, o que trouxe um pouco de dúvida. Mas as tatuagens batiam, o corpo.
— Caralho Mané. - Falei observando as fotos e ela pegou vendo tudo de novo. - E quem matou?
— Não tem essa informação ainda, já mandei irem puxar o fundamento. - Concordei com a cabeça e eu o Lipin entramos em um papo de quem poderia ter feito isso.
— Calma calma - Ela disse e nós dois olhamos pra ela, e ela aproximou as fotos do rosto — Essa porra é falsa. - Ela falou jogando as fotos na mesa.
— To ligado que tu que queria matar ele, mas tudo aqui bate. O corpo, as tatuagens. - Ela disse e levantou e deu a volta na mesa, ficando do meu lado.
— Se liga - Ela pegou uma caneta e pegou uma das fotos — Essa foto é montagem, essa tatuagem está falhada - Ela circulou uma tatuagem — essa tá pra fora do corpo - Ela circulou outra. — O sangue no chão, dá pra ver um reflexo, é uma mulher. Cabelo liso parece se preto, dá pra chutar em ser aquela piranha. - Ela disse circulando a poça se sangue — Ela e o Terror forjaram a morte dele, eles tão ligando que a gente ia na direção deles... Como eu não sei - Surpreso? Pra caralho, a Diaba viu os mínimos detalhes, coisa que só prestando atenção dava pra ver.
— Mas eu sei - Olhei pro Lipin - Manda chamar o Bafudo e leva pro quartinho, desce a porra nesse filho da puta. - Concordou e saiu da sala.
— Vamo invadir o Vidigal. - Ela disse virando de frente pra mim encostando na mesa.
— Nós nem sabe se ele tá lá - Falei encostando na cadeira observando ela.
— Arranca desse tal de Bafudo, ele tá tendo contato com o Terror, pega o celular dele, revira a casa, sei lá.
— Tu é detalhista pra caralho né? Enxergou os bagulho mínimo po
— Minha mãe é perita e meu pai um detalhista. Cresci em cena de crime, aprendi a observar tudo. - Ela disse me encarando.
— To ligado - Falei a encarando também, a gente ficou se encarando.
Essa filha da puta ainda me mata...
VOCÊ ESTÁ LENDO
Destinos Traçados
Teen FictionFaz uma loucura por mim Promete pra mim que não quer mais ninguém Será que ela diz a verdade? Te juro que preta igual ela não tem Ela pelada eu não vejo defeito Responde essa pergunta pro seu preto Será que você faz uma loucura por mim? ...