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Perigoso 🤑

To te falando Mané, Vagabundo não tem um dia de paz. Vidigal tá invadindo, Terror já tinha tentado umas 3 vezes só nesses dois meses, o filho da puta quer por quê quer a cabeça da Major.

— Bota pra fuder essas porra, ele quer fazer graça então vamos ser o circo caralho! - Falei, eu andava e atirava, o foco era chegar até a minha casa. Mais minha casa era lá no final.

Tava uma barulheira infernal, era tiro, criança chorando, gente gritando, radinho chiando.

A briga tava intensa, ninguém recuava. Já tinha mais de 30 minutos essa briga. Nem tinha visto o Terror, ele era cagão não botava a cara nas briga não.

— VISÃO. METRALHA ESSE CARALHO. PODE DESCER METRALHANDO TUDO - Gritei para os vapor no radinho.

Nessas invasão tinha que ter cabeça, tu via muito dos teus cair. E era o que tava acontecendo agora, na mesma proporção que caia os do Vidigal os meus caiam também.

Era foda ver aqueles que tavam contigo a umas 2 horas atrás agora estirado com sangue no chão.

O Chão da Rocinha tinha sangue pra todo lado. Levei um tiro de raspão de um vapor do Vidigal.

Nem me mexi, só apertei o gatilho do fuzil. Fuzilei a cara do filho da Puta, o melado escorria no até minha barriga.

Meu pensamento ia só nela, se o Terror encostar nela o bagulho vai ficar doido. RJ vai virar de cabeça pra baixo, só rio de sangue.

Terror sempre foi burro, nunca soube pensar antes de agir e é assim que ele se fode.

(...)

— VIDIGAL TÁ RECUANDO. É NOSSO PORRAA - Ouvi Taz Grita atirando pro alto. Corri pra minha casa.

Não tinha um segurança na porta em pé,já logo comecei a ficar nervoso. Entrei em casa

— VITÓRIA? VITÓRIA?? - Gritei entrando.

— AQUI - Ouvi ela gritar do lado de fora, ela tava sentada com a mão na perna, com um fuzil do lado dela. E um corpo  jogado pelo quintal, dois na piscina.

— Que caralho - Fui até ela pegando ela no colo e levei até meu quarto e sentei ela na minha cama. — O que tu tava fazendo lá fora?

— A invasão começou, eu subi pro quarto. Eles fuzilaram todos os vapores, eu achei uma fuzil no closet. Aaai - Ela gemeu de dor enquanto eu tirava a blusa que tava amarrada na perna dela.

— Calma caralho. Vou te levar no postinho marca um 10.

— Me dá algodão, Água oxigênada, e Gaze

— Não fode não, vamo pro postinho.

— Eu já passei por situação dessa caralho, me dá essa porra logo.

— Fica ai e espera caralho, lá eles vão fazer curativo. Já volto - Entrei no banheiro e tirei minha blusa vendo que tinha um machucado na costela, a bala passou muito de raspão mesmo.  Pau no cú era muito ruim de mira.

Lavei rapidinho o machucado e sai do banheiro e ela não tava mais no quarto. Filha da puta.

Sai do quarto e vi a porta do banheiro de cima aberta.

— Qual a Dificuldade de enteder o "Fica ai?" - Entrei no Banheiro vendo ela jogar água oxigênada na perna e fechar os olhos.

— A dificuldade é que eu to com dor caralho, não dá pra esperar pra ir pro postinho. Essa hora rua eles tão recolhendo os corpos, tão atendendo os vapores que foram atigindos. - Não vou mentir eu fiquei surpreso com ela sabendo disso. — Eu sou cria de favela meu filho, eu cresci aqui no rio, tá achando que minha vida era mil maravilhas.

— Falei nada disso parceira, segura teu momento - Falei grosso e ela não respondeu, apenas limpou o machucado e fez o curativo com Gazes e saiu mancando do Banheiro indo em direção as escadas — Viaja não garota, vai deitar.

— Vou limpar lá embaixo - Dei um puxão nela — Ta maluco caralho, tira a mão de mim - Puxou o braço com força e quase caiu da escada, por reflexo segurei ela pela cintura deixando nossos rostos perto.

Ela era gata pra um caralho, ela me olhava nos olhos e a respiração dela era desregulada. A boca dela era vermelhinha. Eu queria muito beijar ela.

Iih se fuder pra lá, que beijar o que.

— Vai Otária, quase cai lá embaixo por causa da teimosia - puxei ela.

— Se você não tivesse segurado meu braço isso não tinha acontecido. - Ela disse saindo se perto de mim.

— Tu tem que descansar essa perna garota, fode não. - Falei e ela deu uma risada sem humor

— Garoto, eu sou uma Major meu filho, eu não to nesse mundo agora não, isso aqui - apontou pra perna — É nada, já tive em situação pior. Então para de me ver como uma garotinha indefesa que não sabe se defender, eu estou aqui porque meu Pai fez merda e isso vale minha cabeça, como você mesmo disse. Não estou em um hotel e muito menos de férias - Ela disse e desceu as escadas com Dificuldade.

Grande dessa vez meteu com força no meu rabo, tá maluco que mulher difícil...

Destinos TraçadosOnde histórias criam vida. Descubra agora