Flamengo || One shots

Bruno Henrique • amante

5 anos atrás...

- Aqui estou mais um dia, sob o olhar sanguinário da vigia. - Bruno aparece cantando na sala.
- Eu sou o vigia? - Pergunto desligando a TV.
- Humrum. - Ele senta ao meu lado.
- A gente precisa conversar. - me viro pra ele.
- O que eu fiz? - Franze as sobrancelhas.
- Eu tô grávida. - sou direta.
- Oi? - Ele arregala os olhos.
- Eu tô grávida. - Repito.
- Como assim? De quem? - Ele pergunta.
- Do papa, idiota. - Falo alto.
- É meu? - confirmo óbvia. - Ok... - ele respira fundo. - E agora? -
- Não sei, eu realmente não planejava filhos agora, não sei se consigo. - passo a mão no rosto.
- Eu tô indo pro Rio. - Ele fala rápido.
- Como assim? - Agora é minha vez de me assustar.
- Fechamos o contrato com o Flamengo, eu viajo na sexta. - Ele tinha contado que o time tinha entrado em contato com seus agentes, mas até então era só uma proposta.
- Quando tu ia me dizer isso? - Falo incrédula.
- Desculpa. - Ele abaixa a cabeça.
- Então é isso? - fecho os olhos. - Eu vou ficar aqui com essa criança e tu vai pro Rio? -
- Tu sabe que... - ele começa.
- Que tu não pode assumir. - Completo sua frase.
- Eu nunca vou deixar faltar nada pra ela. - ele me olha.
- Eu não preciso do teu dinheiro. - Digo séria.
- Eu sei que não. - ele passa a mão no cabelo. - Eu preciso ir, a Gisellen acabou de ligar. - diz enquanto se levanta.
- A gente se vê antes de tu viajar? - pergunto enquanto o acompanho até a porta.
- Acho que não. - ele vai pegando suas coisas no caminho.
- Então é isso. - abro a porta pra ele.
- Eu vou tentar manter contato, mas não conte com isso. - ele me olha.
- Eu sei. - sorrio triste e fecho a porta.

Tempos atuais

- Meia hora e eu chego aí. - aviso a Gabriel.
- Eu ainda não acredito que tu tá vindo de São Paulo de carro. - Ele fala.
- Pois acredite, acabei de passar no pedágio, chego já. - digo.
- Tá todo mundo aqui. - Ele diz. - Tô fazendo um churrasco. -
- Não sei pra que. -
- Tá onde agora? - Ele pergunta.
- Passando pelo viaduto. -
- Tu ainda tá longe pra carai, vai chegar amanhã. - Ele reclama
- Deixa de ser chato, parece que nunca andou comigo de carro. -
- Eva tá acordada? - pergunta.
- Não, inclusive arrume um quarto longe do barulho pra eu colocar ela. - peço.
- Vocês vão ter que dormir comigo. - Ele avisa. - A Dhiô veio com o namorado, meus pais e o Fabinho também estão aqui. -
- Uma casa tão grande e só tem quatro quartos? - questiono.
- Tô transformando o outro em um estúdio. - Ele diz.
- Cada ideia que tu tem. - reclamo.
- Não foi eu, foi o Lil Gabi. -
- Cara chato da porra. - brinco.
- Chegou? - Ele pergunta.
- Avisa a portaria, já entrei na rua. - desligo.

Depois de quase um ano, resolvi ir para o Rio de novo, não vou dizer que fui ameaçada pela minha querida prima Dhiovanna para não expor a pobre. Fui de carro até o Rio, doida? Sim! Mas é o meu trabalho, o que posso fazer? Sou piloto profissional e já viajei para quase todos os países por causa do meu trabalho, e além disso, dirigir é minha terapia.
Estava nervosa porque sabia que se o Gabi estava fazendo um churrasco, certamente o Bruno estava lá, eles são muito amigos e agora colegas de time.

- Até que fim. - Gabriel dramatiza quando abre a porta.
- Eu nem demorei muito. - Falo entrando na casa.
- Um voo duraria menos. - Ele reclama enquanto pega minha mala.
- Tu sabe que eu tenho medo de avião. - figo subindo a escada.
- Tu dirige a mais de 200 por hora e tem medo de avião? - Ele ri.
- Sim, se eu bater o carro a 200 eu morro na hora, no avião demora. - explico.
- Vocês tão falando de morte uma hora dessas. - Minha tia aparece na porta do quarto.
- Oi tia, que saudade. - Corro até seu encontro.
- O meu amor, minha princesa ta dormindo? - fala enquanto me abraça.
- Sim, sim. Ela dormiu na metade do caminho, daqui a pouco acorda. - digo.
- Vamo lá pra fora. - Gabriel nos empurra.

Bruno Henrique on

Era ela. Depois de 5 anos, ela estava de volta na minha frente.
Dhiovanna gritou assim que viu a prima, atraindo os olhares para a mulher que chegava. Eu não podia acreditar, ela continuava linda, mas sem uma criança ao seu lado, o que será que aconteceu com sua filha?
Ninguém sabia mas eu acompanhei sua gravidez pelo Instagram, só não mantive contato por medo, sabia que tinha uma filha linda que era muito parecida com ela. As vezes batia o arrependimento, imaginava como seria se eu tivesse assumido a criança, mas está um pouco tarde para me arrepender das minhas escolhas. Viajei nos meus pensamentos e quando vi a s/n já estava sentada na mesa. Ela conversava com algumas esposas enquanto preparava sua bebida.
Depois de algumas horas, as pessoas já estavam indo embora mas Gisellen resolveu virar melhor amiga da s/n e não queria ir pra casa até a criança acordar. Elas estavam sentadas ao meu lado conversando sobre seus filhos.
- É o teu primeiro? - s/n pergunta olhando a barriga da minha esposa.
- Não, já temos o Lorenzo. - Gi fala.
- É uma menina agora? Pra completar o casal? - a outra questiona.
- Quem dera, outro menino, o Pietro. - Gi diz.
- Mas a menina vem. - Ela fala sorrindo.
- Se Deus quiser. - Minha mulher passa a mão na barriga.
- Quantos anos tem a tua bebê? - A curiosa da Gisellen pergunta.
- 4 e 7 meses. - Ela diz enquanto bebe.
- E o pai? - Me intrometo na conversa.
- Bruno. - Minha mulher me repreende.
- Tudo bem. A gente acostuma com essa pergunta quando é mãe solo. - S/n fala sorrindo.
- Ele assumiu pelo menos? - Gi pergunta e ela nega. - Filho da puta. -
- Ele teve seus motivos. - S/n tenta amenizar.
- Ele foi um filho da puta, isso sim. Não fez? Tinha que arcar com as consequências. - Minha mulher se revolta.
- Também acho. Mas infelizmente os homens podem escolher se querem ser pais, a gente não. - S/n diz.
- Bruno morria se não assumisse meus filhos. - Gisellen me lança um olhar mortal.
- Mas vocês já eram casados quando tu engravidou, não tinha nem porque ele não assumir. - A mulher a nossa frente fala.
- Ele te ajuda financeiramente? - Que mulher curiosa do caralho. S/n nega mais uma vez, rindo.
- O que? E tu não colocou ele na justiça? - Minha mulher e o dom de me fazer sentir mais culpado.
- Amiga, eu não preciso do dinheiro dele. A única coisa boa da passagem desse homem na minha vida foi a minha filha, que de resto... - Uma facada doeria menos.
- Eu tô chocada. - Gisellen leva a mão a boca.
- Não fique, isso é mais normal que tu imagina. - S/n sorri.
- Ela não sente falta? Não pergunta dele? - Pergunto.
- Nenhuma. Por causa do meu trabalho a gente acaba viajando muito, ela não tem nem tempo de lembrar do genitor. Fora que meu namorado faz um trabalho incrível, o Lewis me ajuda pra caralho, eles tem uma relação bem pai e filha. - Ela diz.
- Lewis? - Estranho o nome.
- É, Lewis Hamilton, o piloto inglês. Acho que vocês conhecem né? - Ela fala com um sorriso no rosto.
- Como assim? Tu namora o Hamilton? - Gisellen fala surpresa.
- Nós somos da Mercedes, acaba que a gente trabalha muito junto e ai rolou. - S/n explica.
- Tu namora com o Lewis Hamilton. - Falo sem acreditar.
- Minha prima é demais né? Olha quem acordou. - Gabriel chega com a menina no colo.

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Diretamente do hospital pra vocês!!
🖤 Pedido de Camillax2 🖤
-S.