Pedro • Carente

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Acordei sozinho na cama, S/n gosta de madrugar. Ouvi o barulho do chuveiro e estremeci, ela vai trabalhar na minha folga. Fiquei olhando pro teto até a porta do banheiro abrir e minha mulher saiu só de toalha.

- Eu não acredito que tu vai trabalhar hoje. - reclamo.

- Minha vida, pelo amor de Deus. Eu não vou passar mais um dia em casa. - ela me olha. - Eu não aguento mais. -

- Mas hoje eu tô aqui. - faço bico. - Fica comigo, vai. -

- Amor, não vai dar. - parte pro closet. - Eu preciso botar minha cara naquela loja. -

- Mas tu é a dona. - Digo. - Não precisa ir. -

- Exatamente por isso que eu preciso ir. - ela volta pro quarto. - Deixa de graça, eu chego antes de escurecer. -

- Eu te quero agora, não quando escurecer. - me levanto e paro na frente dela. - Daqui a pouco eu vou viajar de novo e não vou ter um dia inteiro com a minha mulher. -

- Tu só viaja semana que vem. - sela nossos lábios. - Deixa eu ir que eu vou me atrasar. -

- Eu te odeio sabia? - volto pra cama. - Eu só queria transar com a minha mulher. -

- Ô meu bem. - ela sorri. - Quando eu chegar, eu juro que eu faço o que você quiser. -

- O que eu quiser? - sorrio e ela fecha os olhos. - Então tá bom. -

- Eu me coloco em cada uma. - nega.

Passei o dia deitado mexendo no celular. Já tinha entrado em todos aplicativos possíveis quando vi que estava perto da hora do almoço. Decidi tomar um banho e ir pra loja da S/n chamar ela pra almoçar.

- Boa tarde, meninas. - Falo assim que chego no balcão. - A S/n tá aí? -

- Ela tá no escritório dela. - Rebeca avisa. - Chegou aquela pulseira que o senhor queria. -

- Então deixa separado pra mim? - Ela confirma. - Valeu. -

- Amoor. - grito no corredor. - Vidaa. -

- Para de gritar. - ela abre a porta do seu escritório. - Tá fazendo o que aqui? -

- Vim te chamar pra almoçar. Te chamar não, vim te buscar, tu vai almoçar comigo. - me jogo no sofazinho. - Porque a gente nunca transou aqui? -

- Câmeras. - Aponta pro teto.

- Dá pra virar. - faço careta. - Vamo almoçar e depois eu vou te dar um trato aqui. -

- Te aquieta, Pedro Guilherme. - ela sorri e volta pro computador. - Me dá dez minutos. -

¤

- Tá vendo que não dói sair desse buraco? - dou um tapa na bunda dela assim que entramos no seu escritório.

- Para com isso. - ela reclama. - Tu vai pra casa? -

- Eu posso ficar aqui? - Sento na cadeira em sua frente.

- Pode, ue. - ela me olha. - Só não tem nada pra fazer. -

- Vou ficar admirando a vista. - sorrio.

- Besta. - ela volta a atenção para o computador.

¤

S/N

- Eu preciso de um banho. - Pedro se joga na cama. - E você tá me devendo uma foda. -

- Cala a boca. - Começo a tirar minha roupa. - Eu não te devo nada. -

- Amorrr. - Protesta. - Umazinha. -

- Pedro, eu tô morta. - Pego minha toalha e vou em direção ao banheiro.

- Ô vida, por favor. - Vai atrás de mim. - Olha o que tu tá me negando. -

- Bate uma aí, cara. Eu só preciso de um banho. - Ligo o chuveiro e começo a banhar. Depois de alguns segundos noto que meu namorado tinha realmente acatado minha ideia. - Eu não acredito. -

- Cala a boca. - Pedro diz me olhando. - Tu não quer me ajudar. -

- Um homem desse tamanho. - Nego. - Te orienta. -

- Porra, S/n. - Ele levanta da privada puto e sai do banheiro.

¤

- Não vai dormir? - Pergunto ao homem deitado no sofá. A sala estava completamente escura, a única luz vinha do celular de Pedro.

- Daqui a pouco. - Murmura sem me olhar.

- Aconteceu alguma coisa? - Continuo parada ao seu lado.

- Não. -

- Meu bem. - Tiro o aparelho de suas mãos e forço ele a me olhar. - Fala comigo. -

- Eu tô com saudade da minha namorada. - Senta de braços cruzados. - Faz muito tempo que a gente não fica junto de verdade. -

- Só isso. - Seguro o riso. - Aí, vida. - Sento no seu colo.

- Aí, vida, nada. - Faz bico. - Eu tô super carente, querendo colo da minha bubu e ela fica correndo de mim, inventando trabalho. -

- Eu não inventei trabalho. - Aliso seu rosto. - Agora eu sou só sua, vamo pra cama. -

- Não quero mais. -

- Para com isso, bebezão. - Beijo seu pescoço. - Vamo deitar, vai, tá tarde. -

- Eu posso ser a conchinha menor? - Me olha com olhinhos pidões.

- Claro que pode, neném. - Sorrio e ele me abraça. - Eu te amo, sabia? -

❤🖤
4/10

Pedido de willy_wonka012
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S.

Flamengo || One shots Onde histórias criam vida. Descubra agora