Pablo Marí • Casal

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- Desculpa o atraso. - Coloco minha bolsa na cadeira e me sento.

- Tudo bem. - Pablo solta o telefone e me olha. - Você está linda! -

- Muito obrigado, você também está incrível. - Sorrio.

- Eu já fiz nosso pedido, se não se importa. - Segura minha mão e a alisa.

- Ótimo, eu tô morrendo de fome. - Faço careta e ele ri grande.

- Aqui tem o melhor macarrão, lembrei que você disse que gosta. -

- Nunca tinha vindo aqui. - Olho ao redor. - É bem bonito. -

- Sim, os caras sempre disseram que as esposas amam esse lugar mas nunca entendi o porque. - Diz. - Mas agora faz sentido. -

- Eu não entendi, desculpa. - Confesso.

- A luz te deixa mais bonita. - Ele tira uma mecha do meu cabelo do rosto. - Não que você não seja, mas não sei o que acontece. -

- Eu.. - Engulo seco. - Não sei o que falar, obrigado. -

- Não precisa agradecer, é a verdade. - Sorri. - Como foi o teu dia? -

¤

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S/n, podemos conversar?

Oi, Pablo. Desculpa a demora.
Podemos sim, aconteceu algo?

Essa semana terá o aniversário do meu filho e adoraria porque você fosse.
Na verdade, é a primeira vez que vou conhecer o namorado da minha ex e estou um pouco intimidado.
Saber que tu estaria do meu lado me deixaria mais confiante.

Tu ainda gosta dela?

Não, claro que não.
É só que Pablito fala tanto do novo tio, como ele é legal e incrível e grande.
Tô um pouco inseguro.

Pablo kkkkkkkk
Não precisa ficar assim, ele nunca vai assumir teu lugar. Nunca.
E sim, eu vou.
Depois me manda o endereço direitinho.

Não, eu vou te pegar.

Se Deus quiser.
(mensagem apagada)
Tudo bem.

Tá fazendo o que?

Terminando um relatório.

Vai fazer alguma coisa depois?

Cama.

Posso passar aí?
Faz tempo que não te vejo.

Tem o endereço?

Tenho sim.

Pode estacionar na minha garagem, é a 306.

Chego já.

¤

- Trouxe comida, não sabia se tu tava com fome. - Pablo levanta algumas sacolas assim que abro a porta.

- Eu não tive tempo de comer hoje. - Dou espaço e ele entra me olhando sem entender. - Tô sentada na frente desse notebook desde as nove da manhã. -

- São dez da noite. -

- Eu achei que já era meia noite. - Dou com os ombros. - O que tu trouxe? -

- Sushi. - Eu afasto os papéis da mesa e ele coloca a comida em cima. - Porque tu não comeu? -

- Esse relatório é pra ser entregue amanhã às sete e meu querido amigo esqueceu de me dizer. - Começo a abrir as embalagens. - Eu achava que ainda tinha vinte e quatro dias, acabei descobrindo que tinha menos de vinte e quatro horas. -

- E porque você não anotou em algum lugar no dia que soube dele? - Pergunta preocupado.

- Ihh, Pablo. - Faço careta. - Eu já terminei, não precisa ficar me dando lição de moral. -

- Eu não... - Abaixa a cabeça. - Desculpa. -

- Tudo bem, eu só vou mandar pra minha supervisora e a gente come. -

¤

- Desculpa mais uma vez, tá? - Pablo alisa meu rosto. Depois de enviar o relatório, sentamos no tapete da sala pra comer. O clima tinha ficado meio estranho, ficamos em silêncio o tempo todo.

- Eu já disse que tá tudo bem. - Sorrio minimamente.

- Não quero que a gente fique mal. - Me olha nos olhos. - Não quero acabar com isso. -

- Não iremos. - Olho em direção à sua boca. Ainda não tínhamos dado sequer um beijo, e isso estava começando a me corroer.

Pablo parece entender meu olhar, já que em seguida levantou um pouco mais meu rosto e selou nossos lábios.

- Dorme aqui. - Peço sem fôlego. Estava sentada no colo do jogador sem blusa e sem sutiã.

- Eu achei que não ia me convidar, Principessa. -

¤

- Oi. - O filho de Pablo senta na cadeira a minha frente. Seu pai conversava com alguns familiares enquanto eu enchia minha barriga com os docinhos. - Você é a namorada do meu papai? -

- Namorada? -

- É, ele disse que você era a namorada dele, igual o tio Liam e a mamãe. - Fala todo decidido.

- Então eu acho que eu sou. - Sorrio.

- Entendi. - Ele olha pro meu prato.

- Quer? - Arrasto o objeto pra perto dele. - Pode pegar. -

- Obrigado. - Sorri grande e pega uma coxinha. - Onde você conheceu meu papai? -

- No trabalho. -

- Você joga bola? - Nego e ele franze as sobrancelhas.

- Eu sou jornalista e de vez em quando eu entrevistou seu pai. - Explico.

- Tu já apareceu na televisão? -

- Já sim. - Ele arregala os olhos.

- Então você é famosa igual meu papai. - Pega mais uma coxinha. - Você é do Brasil? -

- Sou sim. - Pego um docinho.

- Meu papai disse que ia me levar no Rio de Janeiro. - Ele fala o nome da cidade com dificuldade. - Mas eu já fui lá. -

- Eu sei. Você lembra de alguma coisa? - Ele balança a cabeça negativamente. - Então vai ser como você estivesse indo pelo primeira vez. -

- É. - Continua me analisando. - Você ama meu papai? -

- Eu gosto muito dele. -

- Sabia que meu papai não gosta de futebol? - Ele faz uma carinha de "Eu sou o melhor". - Ele disse que se pudesse não trabalhava mais nunca e ficava só comigo. -

- Eu acho que ele gosta mais de você do que de futebol. - Limpo uma sujeira do seu rosto.

- Será que ele gosta mais de tu do que de futebol? - Me pergunta.

- Só quem pode responder isso é ele. - Explico.

- Papaaaai. - Ele pula da cadeira e vai em direção ao jogador.

❤🖤

Só porque a our_lover pediu
Pedido de MariaCmara846
2/10


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