Willian Arão • família

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- Porque a gente tem que cortar o cabelo dele? - meu marido pergunta.

- Por que essa criança não vai aguentar o calor do Rio de Janeiro com esse cabelo, Willian. - explico calmamente.

- Eu aguento. - reclama.

- Mas nosso filho tem dois anos, não quarenta. -

- Eu não tenho quarenta. - ele faz cara feia.

- Mas nosso filho tem dois e até ele me pedir pra deixar crescer, eu vou cortar do jeito que eu quiser. - sorrio pro seu lado.

- Eu não gosto disso. - ele sai do quarto batendo o pé.

- Volta. - grito e ele vem até mim de cabeça baixa. - Reclame. -

- O cabelo dele é parecido com o meu, todo mundo fala. Eu queria que ficasse desse jeito e não cortasse o coitado. - ele faz bico. - Por favor, não corta todo. -

- Então eu vou aliviar só a parte de trás, que tal? - sorrio. - Só pra não ficar muito calor. A frente ainda teria os cachinhos. -

- Melhor. - ele sorri. - Tu que vai cortar? - Confirmo.

- Vou acordar ele daqui a pouco. A gente vai sair hoje. - digo.

- Pra onde? -

- Não sei. - dou com os ombros. - Não quero cozinhar, a gente vai comer em algum canto. -

- Vou tomar um banho então. - ele pega a toalha.

▪︎

Arão on

- Papai. - Vinícius grita e escuto ele correndo até a sala. - Olha como eu tô lindo. -

- Uau, meu amor. - sorrio. - Eu amei essas tranças. -

- A mamãe que fez, ela disse que eu tô um gato. - ele faz pose.

- E você está. - o pego no colo e começo a jogar ele pro alto.

- Se um chorar os dois apanham. - S/n aparece na sala.

- O papai disse que tá bonito, mamãe. Faz nele também. - Vinícius pede quando coloco ele no chão.

- O seu pai não gosta dessas coisas. - ela diz. - E a gente tem que sair. -

- Porque o senhor não gosta de trança, papai? - Vini pergunta enquanto saímos.

- Eu gosto, é que aperta. - faço careta.

Fomos jantar num restaurante perto da praia. S/n sempre gostou desses lugares e eu sempre morro de frio por causa da brisa gelada do mar.

Na volta, nosso pequeno já dormia profundamente quando estacionei o carro na garagem de casa.

- Eu preciso de um banho. - S/n diz assim que pega nossa cria no braço.

- Quer que eu arrume a banheira? - faço carinho nas suas costas.

- Por favor. - ela sorri e sobe as escadas.

Fui direto pro nosso quarto e tirei minha camisa. No banheiro, preparei a banheira do jeito que a S/n gostava e esperei ela na cama.

- Essa criança tá ficando cada dia maior, daqui uns dias vai tá do meu tamanho. - ela tira os saltos. - Tô morta. E velha. -

- Tá cada dia mais linda. - Chego perto dela. - Um espetáculo para meus olhos. -

- Ah pelo amor de Deus. - ela se vira e eu tiro seu vestido. - A banheira tá pronta? -

- Do jeito que você gosta. - beijo seu ombro.

- Foi por isso que eu casei contigo. - ela vai até o banheiro só de calcinha. - Só tu sabe o que eu gosto. -

- Muitos anos de prática. - ela estreita os olhos pra mim. - Com você, meu amor. Só com você. -

- Acho bom. - ela entra na banheira. - Ai meu Deus, como eu amo isso. -

Coloco uma música baixinho e deixo ela apoveitar o momento.

- Tu não vem, vida? - ela abre os olhos.

- Posso? - ela confirma. Tiro minha calça e cueca.

- Meu marido é um gostoso, graças a Deus. - ela sorri e eu entro na água atrás dela.

- Para com isso que eu sou tímido. - digo enquanto abraço ela, alisando seus seios.

- Eu sei. - ela gargalha. - Faz tempo que a gente não tem um momento desse, né? - S/n fala depois de um tempo.

- Humrum. - falo de olhos fechados. - Depois que a gente casou, a banheira deixou de ser rotina. -

- Vamo mudar isso. - ela me olha. - Uma vez por semana. Eu e você, na banheira. -

- Feito. - Sorrio. - Agora aproveita aí, vai. -

A criança de vocês:

A criança de vocês:

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-S.

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