Sério, olha esse sorriso. Não aguento.
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- Oi, bem. - vou abraçar o João assim que ele entra em casa.
- Oi. - Ele fala de cara fechada.
- Como foi a viagem? - pergunto sorridente. Sempre que o Flamengo perde eu tento ser o mais carinhosa possível com meu namorado.
- É, eu tô aqui né? - ele sai do abraço e se joga no sofá.
- Quer conversar? - sento ao seu lado.
- Conversar o que? Me diz, que merda tu quer conversar? - ele grita comigo, me assustando.
- Não sei, amor. - falo baixo, bem desconfortável com a situação.
- Não, não quero conversar. - diz e vai em direção do quarto.
- Tá bom. - fico sem ação. Não era primeira vez que ele fazia isso comigo mas porra, dói toda vez.
- Não fica com essa cara, porra. Eu tô puto e tu vem com essas. - tenta se explicar.
- Eu só pensei que.. -
- Só pensou que nada. Para com essa merda, toda vez que a gente perde tu fica assim. - ele continua gritando.
- Eu não fiz nada, João. - grito com ele também.
- Tu faz alguma coisa, alecrim dourado? - sorri cético.
- Vai te fuder. - jogo a almofada em sua direção.
☆
JOÃO
- Qual foi, João? - Matheuzinho senta do meu lado. Depois que briguei com a S/n fui direto pro CT mas não conseguia me concentrar. A cada intervalo, fuçava meu celular em busca de mensagens da minha namorada.
- Briguei com a S/n. - falo bloqueando o telefone.
- Por que? - ele franze as sobrancelhas.
- Tava sem paciência e ela queria conversar, ficar de beijinho. - faço careta.
- Ela é tua namorada, né, besta? - me olha desacreditado.
- Mesmo assim. Espaço pessoal. -
- Cara, pede desculpa. - diz.
- Não vou, ela que se foda. - saio da mesa e ele vem atrás.
- E é assim que tu perde a namorada. - cantarola.
- Vou nada. - resmungo.
- Ela não é idiota. Não é a primeira vez que tu faz essa merda, uma hora ela vai ficar de saco cheio. - ele diz e eu paro no meio do corredor.
- Será? - fico pensativo. Não tinha parado pra pensar na possibilidade da S/n me deixar.
- Tô dizendo. - o guru de relacionamentos diz convencido.
- Ela não teria coragem, sei lá. A gente se ama muito. - explico.
- As vezes o amor não é suficiente. - ele volta a andar e bate no meu ombro. - Vamo, a gente já tá atrasado. -
☆
- Oi, Kyra. Cadê a mamãe? Amor? - sou recepcionado apenas pela nossa pitbull de quatro meses.
- Eu não aguento mais, mãe. Só queria voltar pra casa. - escuto a S/n falar no quarto.
- Por que você não volta, minha filha? Não é a primeira vez que você me liga chorando, eu tô quase indo ai bater nesse menino. - ouço a voz da minha sogra e começo a prestar atenção na conversa.
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Flamengo || One shots
FanfictionCom meu manto sagrado, minha bandeira na mão. O Maraca é nosso. Vai começar a festa! Finalizada.