Pedro • hot

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- Essa música tem uma batida muito boa. - falo enquanto danço sentada.

- Eu não gosto, me dá gatilho. - Pedro diz sem me olhar.

- Porque? - Viro em sua direção.

- Eu imagino tu sentando em mim nesse ritmo, rebolando gostoso no meu colo. - ele fecha os olhos pro um momento.

- Pedro, pelo amor de Deus. - gargalho.

- Ue, eu só tô falando. - dá os ombros.

- Falta muito? - olho pra estrada deserta. Meio mundo de mato e nosso carro.

- Uns quarenta minutos. - me olha.

- Que fim de mundo é esse que tua mãe arrumou, misericórdia. - reclamo.

- Lá é tranquilo, a gente consegue relaxar sem ser reconhecido. - explica.

- Esqueci que tu é uma estrela. - ironizo.

- Fazer o que né? - sorri. - Tenta dormir um pouco, a gente acordou cedo. -

- Não quero te deixar sozinho. - aliso sua nuca.

- Ok, então. - ele inclina sua cabeça e eu continuo o carinho.

- Eles já estão lá? - pergunto.

- Vão chegar amanhã de manhã. - diz.

- E porque a gente tá indo agora? - questiono. -  Eu vou ter que arrumar a cada inteira sozinha, Pedro. -

- Eu te ajudo. -

- Ah não mano, tu só me mete em furada. - cruzo meus braços fazendo bico.

- Deixa de ser preguiçosa, a casa nem é tão grande. - ele diz.

¤

- A casa não é tão grande? - Repito olhando pro casarão na minha frente. - Pedro Guilherme, tu tem problema? Olha o tamanho desse bagulho. -

- Eu disse que vou te ajudar. - fala tirando as malas do carro.

- A gente vai terminar amanhã. - vou em direção a porta.

- Nem tá tão bagunçada assim, só precisa passar um paninho pra tirar a poeira. - ele diz depois de entrar.

- A gente tem que lavar essa merda inteira, meu Deus do céu. - Passo o dedos nos móveis podres. - Quantos anos vocês não vem aqui? -

- Uns três. - Pedro faz careta.

- Eu quero voltar pra casa. - Vou em direção a porta e sou puxada pelo meu namorado.

- Deixa de coisa S/n. -

- Mano, não tem sinal nessa merda. - Digo depois de pegar o celular. - Meu Deus, eu vou te matar. -

- Para de graça, vamo arrumar. - Pedro coloca as malas de lado e entra mais na casa. Volta com baldes e vassouras.

- Eu te odeio, sabia? Tipo, muito mesmo. - Reclamo depois de limpar toda a sala. - Eu poderia te torturar nessa casa e ninguém ia ouvir. -

Pedro fica calado e vai pra cozinha. O sigo e começo a organizar as coisa lá, trouxemos algumas comidas que precisavam ir pra geladeira.

- Eu posso te fuder inteira, te ouvir gritar meu nome sem me preocupar se alguém vai ouvir. - diz depois de um tempo em silêncio me olhando sério e eu engulo seco.

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