- Vai continuar fingindo que não me conhece? - Um loiro chega do meu lado, me assustando.
- Eu te conheço? - Pergunto fazendo careta.
- Não? - Ele me olha sem entender.
- Bem, você é o Noga, jogador de futebol, né? Só isso que tu significa pra mim, nunca tinha falado contigo antes. - Explico.
- Tem certeza? - Continua sem acreditar.
- Absoluta. Eu lembraria de você. - Falo sorrindo.
- A gente não conversava pelo Instagram? - Pega o telefone.
- Não. - Gargalho.
- Mas tu não é a Larissa? - Continua procurando alguma coisa no smartphone.
- Não. - Falo simples.
- Mano, tem certeza? - Vejo que ele entra num perfil de uma garota muito parecida comigo.
- Bem, todo mundo me chama de S/n. Eu saberia se fosse Larissa. - Faço piada.
- Cara, não é possível. - Abre a foto.
- Tenta olhar a foto de novo, as vezes funciona. - Digo.
- Não mano, eu tenho certeza que era tu. - Ele coça a cabeça.
- Mas não sou eu. Foi um fake. - Falo segurando o riso.
- Como eu vou ter certeza? - Pergunta e eu pego meu telefone, abro meu insta e mostro a ele.
- Bem... Meu Instagram, S/n, tá vendo? -
- Fui tapeado. - Bate a mão na testa.
- Definitivamente. - Gargalho.
- Desculpa, eu... posso te pagar uma bebida, pra me desculpar da gafe? - Pergunta sem graça.
- Pode sim. - Falo sorrindo.
- Posso sentar? Então, S/n. Carioca? -
¤
- Eu acho que os garçons não gostam muito da gente. - Noga fala depois de olhar ao redor.
- Por que? O que a gente fez pra eles? - Falo sorrindo ao vento.
- O bar tem que fechar. - Fala olhando no relógio.
- Não, ainda são... três da manhã, eles tem que fechar. - Murmuro de olhos fechados.
- E a gente tá impedindo. - Ele ri.
- Eu acho melhor a gente ir, eu tenho que arrumar um táxi. - Levanto trocando os pés e ajeitando minha saia. - Oi, onde passa um táxi por aqui? - Paro um garçom puto da vida.
- Você pode esperar aí na frente, sempre passa. - Ele diz de cara fechada.
- Claro que passa, obrigado. - Falo alegre.
- Tu não vai de táxi, é muito perigoso essa hora. - Ele pega na minha mão e caminhamos até o lado de fora do bar.
- Eu moro longe, não dá pra ir andando. - Reclamo olhando a estrada vazia.
- Eu te levo. - Diz decidido.
- Assim? - Aponto pra ele.
- De carro. - Fala óbvio balançando a chave do carro.
- Tu tá bêbado. - Grito rindo.
- Não tô, você tá. - Fala no mesmo tom.
- Quem disse? - Tento fazer uma cara séria.
- Vamo, meu carro tá ali. - Me puxa pro carro branco estacionado.
- E se tu me sequestrar? - Pergunto assim que entro no carro.
- Eu não vou, é mais fácil tu me sequestrar. - Diz.
- Pra que eu ia querer te sequestrar? - Faço careta enquanto coloco meu cinto.
- Vai saber. - Ele ri e dá partida.
Fiquei calada por um bom tempo enquanto o jogador dirigia pelas ruas vazias.
- Escravo sexual. - Falo alto.
- Que? - Me olha sem entender.
- Eu te sequestraria e te faria meu escravo sexual. - Digo séria enquanto Noga cai na risada.
- Interessante. - Ele diz sem fôlego.
- Pra onde tu tá indo? - Pergunto depois de perceber que ele não estava me levando pra casa.
- Não sei, tu não me disse pra onde é tua casa. - Ele para o carro e me olha.
- Vira a direita. - Aponto pra esquina e ele volta a dirigir. - Não essa, a minha direita. -
- Mas é a mesma direita. - Diz alto.
- Então é esquerda. - Gargalho. Eu estava me divertindo horrores com meu novo amigo.
- E agora? - Me olha.
- Entra na próxima rua. - Peço.
¤
- Entregue. - Diz assim que para o carro.
- Muito obrigado. - Viro pra ele. - Como é teu nome de verdade? - Pergunto é o loiro franze as sombrancelhas. - É sério, não é possível que seja Noga. -
- É também. - Me olha com um sorriso no rosto.
- Mas qual o primeiro? - Pergunto.
- Gabriel. - Diz sereno.
- Nome de gente normal, ótimo. - Dou com os ombros.
- Mas eu prefiro que tu me chame de Noga. Gabriel apenas para momentos íntimos. - Se aproxima do meu rosto.
- Momentos íntimos? - Estreito meus olhos.
- Quanto eu for teu escravo sexual. - Eu olho pro horizonte negando com um sorriso no rosto. - Talvez eu tenha gostado da ideia de te ver nua. - Sorri malicioso.
- Alguma coisa que impeça esse momento acontecer? - Pergunto mordendo os lábios.
- Tu mora só? - Confirmo com a cabeça. - Então não. -
- Vamo subir? - Coloco a mão na maçaneta.
🔴⚫🔴⚫🔴⚫
Pedidos de httpscb e MariaCmara846
ACHARAM QUE EU ESTAVA DERROTADA, QUEM ACHOU ESTAVA CERTO, MAS EU VOLTEI.
Passando só pra dizer que tô viva, amanhã volta tudo ao normal.
-S.
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Flamengo || One shots
FanfictionCom meu manto sagrado, minha bandeira na mão. O Maraca é nosso. Vai começar a festa! Finalizada.