Gabi • Família

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- E se... - Gabriel se joga do meu lado no sofá.

- Não. -

- Mas eu nem terminei de falar. - Agarra minha barriga e me olha.

- E eu já tô dizendo que não. - Continuo focada no meu telefone.

- Se quando a gente completar 25 não estivermos casados... -

- Para de ideia, Barbosa. - Tento tirar ele de perto de mim. - Com 25 eu estarei casadérrima. -

- Por isso que eu disse se. - Ele me aperta ainda mais. - Se, por algum acaso, uma hipótese. - Enfatiza. - Quando a gente completar 25 os dois estejam solteiros, teremos um filho. -

- Pra que? -

- Porque eu não quero ter filho só quando ficar velho. - Explica subindo mais em mim. - Nós somos melhores amigos, tu é linda, inteligente e gostosa, nossos filhos serão incríveis com teus genes. -

- Mas tem os teus, né? - Decido entrar na brincadeira. - Não sei se esses filhos hipotéticos vão ser tão legais com teus genes. Imagina uma criança com a nossa paciência? Ela seria presa com três anos. -

- Não vai ser tão ruim assim. - Sobe completamente seu corpo em cima do meu, ficando cara a cara comigo. - Só aceita. -

- Gabriel. - Respiro fundo. - Primeiro, eu sou tua empresária, segundo, todo mundo sabe que quando tu tiver 25, ainda vai tá enrolado com a madame lá. - Ele revira os olhos assim que menciono o ioiô dele. - Se quiser posso continuar. -

- Mas se não tiver? -

- Tá. - Falo depois de pensar um pouco. - Se quando eu tiver 25, já que completo depois de você, não estiver com ninguém, teremos um filho. - Ele sorri grande. - Mas só se não existir ninguém. -

- Sim, eu sei. Mas o importante é que tu aceitou. - Joga todo seu peso em cima de mim.

- Tu sabe que eu sempre aceito tuas ideias. - Aliso sua cabeça.

- Parabéns, jogador. - Grito assim que pulo em cima da cama do aniversariante do dia. - Agora você tem um quarto de um século. -

- Também conhecido como vinte e cinco anos. - Murmura ainda com a cara no travesseiro. - Não sabia que tinha dormido aqui. -

- Nem vi quando tu chegou ontem, fiquei no meu quarto depois da reunião e morri lá. - Ele vira de barriga pra cima e me puxa pro seu peito.

- Se soubesse que tava aqui tinha te chamado pra dormir comigo. -

- E te ouvir roncar a noite inteira? Obrigado, eu passo. - Ele ri desacreditado.

- Tu sabe que eu não ronco, amor. - Passa a mão nas minhas costas por dentro da minha blusa. - Mas não íamos dormir e eu precisava estar descansado pra hoje. -

- Teu sonho é me comer, diz aí? - Levanto meu rosto buscando seus olhos que já me olhavam atentos.

- Só mais dois dias e meu sonho se realiza. - Essa maldita promessa.

- Vai ter que fazer por merecer. -

- Ah é? - Confirmo. - Mas você me prometeu, e todo mundo sabe que não se brinca com promessas. - Alisa meu rosto. - Só mais dois dias e faremos um filho. -

- Porque não hoje? Aí eu não preciso correr no shopping pra comprar um presente. - Gabi parece não acreditar. - Não agora, pode ser depois da festa. -

- Sério? -

- Já que daqui a dois dias vamo ter que transar mesmo, a gente adianta e já vê se rola o clima. - Deito minha cabeça em seu peito escondendo meu rosto. Eu estava... nervosa?

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