Estávamos voltando do intervalo, as torcidas estavam loucas. Xingamentos foram jogados em nossa direção, um verdadeiro clássico.
Vinte minutos, informava o telão. Olho em direção ao banco e não vejo S/n, estranho, ela deveria estar ali junto ao professor.
Enquanto corro até o campo adversário passo pela escada que leva ao vestiário e vejo um tumulto, o árbitro para a partida e todos vão até a beira do gramado. Vejo minha namorada caída.
Não penso duas vezes e corro até lá, gritando seu nome. Empurro todos e me ajoelho ao seu lado, colocando sua cabeça no meu colo.
Ela não acorda. Porque ela não acorda?- Chama a ambulância! - Grito em direção ao Tannure. - Chama a porra da ambulância, porque ninguém se mexe? -
- Você tem que voltar pro jogo. - O quarto árbitro me olha. - Agora. -
- Eu não vou pra porra de lugar nenhum. - grito. - Chama a ambulância, Tannure. -
- Já está vindo. - Ele diz, o médico se ajoelha perto da minha namorada e chama ela. Sem sucesso.
- Meu amor, fala comigo. Acorda. - Alisava seus cabelos e já sentia lágrimas nos meus olhos. Sinto que minhas mãos molhadas e no impulso tiro de baixo da sua cabeça, vejo sangue. - Puta merda. -
Tannure vê e vira a S/n, ele procura entre seus cabelos e acha um corte de mais ou menos cinco centímetros.
- Ele tem que voltar pro jogo. - Escuto novamente. - A gente não pode paralisar a partida por causa de um desmaio. -
- Um desmaio? - Me levanto puto. - Minha mulher foi atingida por alguma coisa. Ela tá grávida, porra! -
- Ela tá grávida? - Tannure me olha. - Ela tá grávida, Gabriel? -
- Quatro meses, uma menina. - Olho pra ele. - Elas vão ficar bem? -
- Cadê a ambulância? - Tannure me ignora e grita com as pessoas.
- Volta, Gabriel. - O Paulo me chama.
- Ele não vai voltar assim. - O juíz aponta pra mim e vejo que meu short está pingando sangue.
- Eu não vou voltar, pode me tirar! - Grito com o professor. - Eu vou com ela. -
- Volta logo. - O quarto árbitro me empurra. - Tragam um uniforme limpo pra ele. -
- Tu tá surdo? - perco a cabeça e peito ele. - Eu não vou pra lugar nenhum. -
Um novo tumulto começa e eu levo um vermelho.
- Parabéns, você é ótimo no seu trabalho. - Aplaudo o árbitro. - Incrível, o melhor que existe. -
- Gabriel. - Ouço Tannure chamar. - Entra. -
Corro até a ambulância e entro. Sento ao lado da S/n e pego em sua mão.
Transmissão on
" O que parece é que a médica do Flamengo estava voltando do vestiário e foi atingida por uma barra de ferro jogada pela torcida do Fluminense. Daqui a pouco trago mais informações. "
- repórter." Então, Lucas. Os jogadores do Flamengo voltaram pro vestiário, não vão voltar e que aconteceu foi o seguinte: A médica S/n S/s, médica do Flamengo estava indo pro vestiário buscar um equipamento e foi atingida por uma barra de ferro que foi lançada da arquibancada do Fluminense, que fica atrás do banco do Flamengo, ela caiu na metade da escada e foi rolando até o final. S/n além de médica, é namorada do Gabigol, por isso ele ficou tão desesperado e levou o vermelho. O árbitro principal e o quarto árbitro queriam que ele voltasse pro jogo. "
- repórter.
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Flamengo || One shots
FanfictionCom meu manto sagrado, minha bandeira na mão. O Maraca é nosso. Vai começar a festa! Finalizada.