Rodrigo Caio • Declaração (pt.2)

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- Será que a gente podia conversar? - Ele finalmente diz.

- Ah, Claro. - exclamo ainda sem entender.

- Tu tem alguma viagem essa semana? - pergunta e eu nego sem abrir minha boca. - A gente pode jantar em algum lugar ou tu pode vim aqui em casa. Acho até melhor para a mídia não falar. -

- Como se eu ir ao teu apartamento fosse diminuir os burburinhos. - Falo e ele sorri. Tenho quase certeza que ele tem um sorriso nervoso no rosto e passa suas mãos grossas no cabelo bagunçado.

- Podemos ir pra casa da minha irmã. Ou posso ver com os caras se eles liberam uma casa. - diz e eu não posso deixar de sorrir. No nosso primeiro encontro ele me deu quatrocentos lugares pra ir e eu só queria beijar ele.

- Não, tudo bem. Tô com saudade do Xerife. - Cito seu gato que me odiava.

- Só do Xerife ou do gato também? - ele faz piada.

- A gente se vê amanhã? - o ignoro. - No mesmo horário? -

- Não tem problema mesmo tu vim aqui? Digo, as pessoas vão falar. - Ele questiona.

- Eu tô cansada de fingir que não me importo mais com a gente. - Falo num suspiro.

- Então amanhã às oito? -

- Oito fica ótimo. - Sorrio e sinto que ele sorri junto.

- Tô com saudade. - ele fala baixo.

- A gente não pode só esquecer isso e tu vim aqui pra casa? - reclamo manhosa.

- Não. - ele fala no mesmo tom. - Eu tenho um plano. -

- Até amanhã, então. -

- Até, gatinha. - Tremi na base.

Depois que terminamos, Rodrigo e eu não nos falamos. Não queria reviver nosso fim todas as vezes que ouvia sua voz, mesmo que essa ideia não tenha adiantado muito.

Estava ansiosa para nosso primeiro encontro depois de seis longos meses sem meu gatinho. Não consegui dormir pensando na roupa que usaria, o que falaria quando chegasse lá, como ele estaria. Eu parecia uma garote de treze anos antes de sair com o crush, que ódio.

O dia passou especialmente devagar, parecia que as reuniões se multiplicavam. Fechei publicidades incríveis pra mim e para o podcast. Gravei algumas coisas pendentes, tirei fotos novas para atualizar o perfil. Eu farejava um relógio, as horas nunca passavam. Cinco minutos e eu tirei quarenta e cinco fotos boas? Quando eu virei essa pessoa?

Assim que o relógio bateu seis horas, me despedi do pessoal.

- Porque tu tá assim? - Bruno, meu produtor pergunta assim que entramos no elevador.

- O Rodrigo me ligou. - Respondo enquanto procuro a chave do carro na bolsa. - A gente vai se ver hoje. -

- Não brinca? - Me olha surpreso e eu sorrio grande. - Então deu certo. -

- Ainda não sei, vai que quando eu chegar lá ele peça pra eu parar de falar dele. Esquecer o que a gente viveu? - Faço drama.

- Ah, claro. Ele vai fazer isso com certeza. - Bruno ironiza.

¤

- Boa noite. - Falo assim que Rodrigo abre a porta. Ele estava lindo. Ele era lindo, mas não lembrava que era tanto assim. O meu corpo tremeu quando ele sorriu pra mim.

- Boa noite, minha linda. - Diz. - Você está estonteante. -

- Eu aceitava incrível. - Brinco quando ele me dá passagem.

- Bem vinda de volta. - Fecha a porta. - Esero que pra sempre dessa vez. - Fala baixo.

- Eu também. - Me viro pra ele. - Tu tá mais alto. -

- Tô? - Faz careta. - Tu tá mais gostosa. - Me abraça. - Não achei que fosse possível. -

- Senti saudade desse cheiro. - Amoleço no seu braço.

- Senti saudade de você. - Ele sussura de volta. - Tu tá com fome? -

- Por mim a gente não se desgrudava mais. - Murmuro.

- Então vamo pra cama. - Rodrigo sai me puxando pela casa.

E depois de um bom sexo pra matar a saudade, caímos cansado na cama.

- Pode passar o tempo que for, eu ainda continuo teu. - Diz enquanto me aninho em seus braços.

- Ai, Caio. - Ele alisa minhas costas. - Nunca deixei de ser apaixonada por ti, sabia? Foi tão ruim esse tempo separado. -

- Então voltamos? - Olho pro seu rosto. - Se for preciso, eu compro briga com o mundo inteiro, dane-se meus tios, dane-se o que o resto pensa. Minha vida era muito melhor quando eu sabia que ia te encontrar quando chegasse em casa. -

- Eu vou chorar. - Sorrio besta. - Senti falta dessas declarações avulsas. -

- Diz que é minha e eu prometo te acordar falando coisas bonitas o resto das nossas vidas. -

- Eu achei que já estava claro que eu nunca te deixei. - Escondo minha cabeça no seu pescoço e ele passa as mãos pelo meu corpo nu. - Tu não sai da minha mente desde o dia que a gente se conheceu. -

- Eu te amo, gatinha. - Segura na minha nuca e eu levanto meu rosto. - Pra sempre. -

- Eu te amo, Rodrigo meu Caio. -

- Seu, só seu. - Sela nossos lábios. - Agora a gente pode comer? -

- Podemos. - Me levanto da cama num pulo e ele fica me olhando com um sorriso bobo no rosto. - O quê? -

- Nem acredito que eu te tenho de volta. - Diz e eu gargalho.

- Bem vindo ao primeiro dia do resto de nossas vidas, meu amor. - Pego uma camisa dele e visto.

- Amém. -

❤🖤

10/10
E finalizamos nossa maratona com o maior.

Vou fazer uns hots pra finalizar o livro do jeito certo, falem nomes dos jogadores, tentem não repetir, veja se a coleguinha comentou, você responde o comentário dela, entendeu?
-S.

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