Reinier • hot

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- Bom dia. - Uma moça entra no elevador chamando minha atenção.

- Bom dia. - Falo enquanto levanto a cabeça. - Moradora? -

- Sou sim. - Me olha. - E você? -

- Ainda escolhendo. - Sorrio. - Mas gostei da vizinhança. -

- Aqui é incrível. - Ela se olha no espelho. - Você vai gostar. -

- Espero que sim. - A porta abre.

- A gente se conhece? - Nego fazendo careta. - Tu tem um rosto conhecido. -

- Acho que sou o homem dos seus sonhos. - Brinco.

- É, deve ser. - Ela ri e sai.

¤

- Eu gostei daqui. - Júlia me diz assim que entramos no elevador. - Eu consigo morar tranquila. -

- Mas você não vai morar comigo, querida. - Empurro ela. - Eu quero sossego. -

- Sei... -

- Boa tarde. - A mesma moça entra novamente. - Quase vizinho. -

- Pode me chamar de vizinho, acabei de assinar os papéis. - Aviso a moça bonita.

- Que bom. - Ela me olha nos olhos. - Você vai gostar de morar aqui. -

- Eu sei que vou. - Olho em sua direção.

- Você mora em qual andar? - Júlia se mete na conversa.

- Décimo terceiro. - A mulher olha pra minha irmã. - Qual vocês vão morar? -

- Eu. - Falo alto. - Eu vou morar sozinho, ela é só uma enviada da minha mãe pra ver o lugar. - A mais nova estreita os olhos pra mim. - Minha irmã. -

- Ah, sim. - Ela olha novamente pra mim. - Achei que era tua namorada. -

- Ele é solteiro. - Júlia fala e me olha com se dissesse " Eu entendi teu jogo".

- Então vai aproveitar muito a cidade maravilhosa. - Ri.

Assim que a moça bonita sai do elevador, minha irmã me olha.

- Sossego? - Ri. - Esse sossego, né? -

- Cala a boca, ela só foi educada. -

¤

- Então somos vizinhos mesmo. - A moça sai do apartamento do lado assim que encosto na maçaneta.

- E com horários opostos. - Sorrio. - Como vai, vizinha que não se apresenta? -

- S/n. - Ela diz sorrindo. - Muito bem, e você, vizinho que eu conheço de algum lugar? -

- Muito bem, também. - Encosto minha mala na parede. - É bom estar de volta. -

- Reinier. - Ela diz alto. - Mano, como eu não lembrei? -

- Achei que passaria despercebido. - Passo a mão pelo cabelo. - Agora estamos devidamente apresentados. -

- Eu sou muito idiota, eu falava de tu pra absolutamente qualquer pessoa. Eu ia nos teus jogos do sub-dezessete. - Fala desacreditada. - Como eu pude esquecer do meu crush? -

- Eu mudei tanto assim? -

- A faculdade que tá me enlouquecendo. - Ela liga o telefone e rapidamente desliga.

- Atrasada? - Pergunto.

- Ainda tenho alguns minutos. - Sorri.

- Eu posso te acompanhar até lá embaixo, aí a gente conversa mais. - Ofereço.

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