13. Eu confio em você

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-PoV Delphine-

Quando saí do hotel eu voltei na casa da Sra. S pra pegar a Charlotte, no caminho de volta eu vim pensando no que dizer a Cosima, eu teria que esconder dela que aceitei ajudar a Rachel e sobre o que descobrimos. Pelo menos eu realmente não sabia qual era o plano, então não iria precisar mentir sobre isso também.

Quando entramos em casa, Cosima parecia meio aborrecida, mas abriu um sorriso quando a Charlotte foi correndo abraçá-la.

-A gente tem uma coisa pra te contar, Cos. -eu disse um pouco séria.

-O quê? Aconteceu alguma coisa? -ela perguntou

-A Rachel foi me buscar na escola hoje, ela tava se passando por você, mamãe. Mas eu sabia desde o começo que não era você. -Charlotte disse sentada no sofá ao lado de Cosima e a olhava atentamente enquanto falava.

-Isso é sério? -Cosima perguntou olhando pra mim e eu assenti.

-Meu Deus, e você tá bem, meu amor? -Cosima perguntava e a abraçava preocupada.

-Eu tô, mas na hora eu fiquei com medo, achei que ela queria me levar embora de novo. -Charlotte respondeu com a voz abafada por conta do abraço de Cosima.

-E o que ela queria? -Cosima se apressou em perguntar.

-Filha, você espera no seu quarto um pouquinho pra eu falar com a sua mãe? -pedi.

-Tudo bem. -ela pegou a mochila e foi pra o quarto.

-Foi por isso que você saiu cedo. Por que você não me contou, Del?

-Desculpa, ela ligou da escola e parecia tá ameaçando a Charlotte, e ela foi bem específica que eu não poderia levar ninguém comigo. Eu não podia arriscar, Cos.

-Que merda! E o que ela queria? Por que ela foi na escola atrás da Charlotte?

Eu ainda estava de pé na sala e meio inquieta, minha mente estava tão agitada que eu não sabia por onde começar, ou até onde deveria contar a ela. Mas antes que eu pudesse começar a falar, minha vista escureceu totalmente. Segundos depois eu senti Cosima me segurar pela cintura.

-Del, você tá bem? O que tá acontecendo? -a voz dela soava preocupada.

-Eu... preciso sentar. -falei e ela me ajudou a sentar. Depois ela saiu de perto de mim e voltou correndo com um copo de água.

-Obrigada. -agradeci depois de beber toda a água, eu nem tinha percebido que tava com tanta sede.

-O que você tem? -ela voltou a perguntar.

-Eu to bem, é só que eu não comi nada hoje, e minha pressão tá baixa desde cedo.

-Como assim você não comeu nada? Absolutamente nada? -ela parecia não acreditar.

-Nadinha. -confirmei.

-Você tá tentando se matar ou o quê? Vem, você vai comer agora mesmo. -ela falou e foi me segurando até a cozinha.

Ela me deu um copo enorme de suco de laranja, umas bolachas salgadas e algumas frutas, depois se sentou comigo na mesa.

-Você tava esse tempo todo com a Rachel? -ela perguntou.

-Unhum. Escuta, ela... -eu ia falar mas Cosima me interrompeu.

-Não, não fala nada agora. Só come. Você só precisa dizer que sim ou que não. Ela pediu pra que você não me contasse que tava com ela? -minha mulher perguntou e novamente eu disse que sim.

Not Your Toy (Cophine)Onde histórias criam vida. Descubra agora