20. Estamos livres

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-PoV Cosima-

De todas as coisas que eu imaginei que Delphine poderia fazer naquele momento, nenhuma delas era ir embora. Mas, já que ela tinha feito isso eu também não ficaria mais ali, principalmente com a mãe dela.

-Vamos, meu amor, eu disse colocando a Charlotte no chão. A gente vai sair um pouquinho daqui de casa tá bom?

Eu levei minha filha comigo pra o quarto e comecei a jogar umas peças de roupas numa mochila, e alguns itens pessoais, depois fomos pra o quarto dela, e eu fiz a mesma coisa.

-A mamãe Del foi embora porque não quer mais ficar comigo? -Charlotte perguntou e saber que ela pensava assim doía em mim.

-Não, minha anjinha, claro que não. Sua mãe te ama muito.

-Então porque ela foi embora?

Deixei uma lágrima cair quando Charlotte perguntou aquilo, ela estava tão magoada e não tinha nada que eu pudesse fazer. A única coisa que faria ela feliz agora era ver a mãe.

-Eu não sei, Charlotte. Eu queria muito ter essa resposta pra te dar, mas eu não tenho agora. Mas ela ama você, tá bom? Disso eu tenho certeza. -falei secando a lágrima que tinha escorrido pelo meu rosto.

Quando me virei pra pegar a mochila dela percebi que minha pequena tinha acabado de começar a chorar.

-Ei, meu amor, não chora, vai ficar tudo bem. Eu prometo. -disse apertando ela num abraço.

Eu tinha acabado de pegar nossas mochilas pra ir embora com a Charlotte ainda chorando nos meus braços quando a mãe de Delphine apareceu na nossa frente.

-Cosima! Eu preciso falar com você. -ela pediu e parecia nervosa.

-Me desculpe, Célie, mas no momento eu não posso e nem quero falar com a senhora.

-Você vai embora? -ela perguntou olhando as mochilas.

-Vou. Agora mesmo. -respondi passando por ela sem nem olhá-la.

-Cosima, não vai, Delphine te ama. -ela disse.

Aquilo fez o meu sangue ferver, ela tinha acabado de tentar prejudicar o meu casamento pra depois aparecer com esse discurso de que a filha dela me ama, como se eu não soubesse disso.

-E a senhora acha que eu não sei? Delphine é a minha mulher, não sei se a senhora entendeu, mas nós duas somos casadas, e foi a sua filha que me pediu em casamento. É claro que eu sei que ela me ama, eu nunca duvidei e nada disso que a senhora fez vai me fazer duvidar também. -respondi.

-Então, por que você vai embora? -ela perguntou.

-Eu vou embora porque Delphine deixou aquele homem magoar a filha dela sem dizer uma palavra, e sumiu. Agora a Charlotte acha que a mãe dela não a ama mais, e por isso tá chorando. Então eu vou embora, e quando Delphine resolver o que quer a gente vê o que faz.

Eu tinha acabado de explodir com a Célie, depois dela ter provocado toda aquela situação uma simples cara de arrependida não iria funcionar comigo.

-Cosima, por favor, não leva ela. -meu sogro falou aparecendo por trás de mim e eu me senti mal por ele. O Gerard estava sendo incrível com a gente e ele parecia curtir cada segundo que passava com a neta.

-Desculpa, Sr. Cormier, eu lhe respeito muito, e agradeço por todo o apoio que o senhor nos dá, mas eu preciso ir embora, e a minha filha vai comigo. -eu estava decidida.

-Me deixa só falar com você Cosima, por favor. Se depois você ainda quiser ir embora, tudo bem, eu não vou ficar no seu caminho. -minha sogra insistiu.

Not Your Toy (Cophine)Onde histórias criam vida. Descubra agora