8. O novo francês

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-PoV Cosima-

Foi difícil convencer Delphine deixar o irmão dela chegar na sexta-feira a tarde, eu iria largar mais cedo pra buscar ele, mas a Del não iria conseguir largar cedo também, então eu ficaria com ele até a hora dela chegar. Não sei porquê ela tinha tanto medo que ele ficasse só com a gente, mas no final ela cedeu. Ele passaria uns quinze dias com a gente e seria bom que ele ia nos ajudar com algumas coisas do casamento, o ruim de estar casando em Paris é que a gente não tá lá, mas iríamos resolver algumas coisas com o David e ele nos ajudaria quando voltasse pra casa.

Eu tava indo buscar meu cunhado com o carro de Delphine, e na volta nós passaríamos pra buscar a Charlotte na Sra. S, ela fica lá todo dia até eu e a Del ou os meus pais largarem pra ir buscá-la.

Não foi difícil achar o irmão da Del no aeroporto, ele é bem mais alto que ela e tem o cabelo um pouco mais escuro, mas fora isso, eles são muito parecidos, talvez ele tenha os olhos menores e mais esverdeados, mas o sorriso com certeza era o mesmo.

-Oi, francês. -eu disse chegando do lado dele antes que ele me visse.

-Cosima! -ele falou me prendendo em um abraço apertado. -É muito bom finalmente te conhecer. E desde já te agradeço, porque se eu fosse depender da minha irmã, eu só ia te conhecer no dia do casamento. -ele disse me soltando do abraço.

-É um prazer te conhecer também, David. E não liga pra sua irmã, eu sei que ela tá muito feliz que você veio. -eu disse sorrindo.

-E eu sei que ela tem bom gosto pra mulheres, você é muito bonita, e mesmo tendo me deixado no vácuo pra transar com a minha irmã, você parece muito legal. -ele disse com sarcasmo.

-Bom, eu poderia me desculpar por isso, mas na verdade foi uma noite bastante boa, então não me arrependo não. -respondi entrando na brincadeira dele.

-É... ela definitivamente escolheu a certa. -David disse gargalhando. -E cadê minha sobrinha? -ele perguntou logo em seguida.

-Vamos buscá-la agora mesmo na S. Ela não parou de falar no tio francês a semana inteira.

-Então vamos, eu também tô louco pra conhecer ela. -ele disse pegando as malas e com um sorriso enorme no rosto.

Eu o ajudei com suas bagagens e fomos pra o carro buscar a Charlotte. Ele foi o caminho quase todo dizendo que o pai dele nunca tinha dado um presente pra ele como aquele carro que Delphine tinha ganho. Eu até já imaginava a Del irritada com ele por causa de comentários desse tipo.

Nós pegamos a Charlotte e o David conheceu a Sra. S e a Kira, depois voltamos pra casa e a Charlotte fazia a maior festa conversando com o tio. Achei engraçado que ela não teve vergonha com ele, talvez fosse porque já tinham conversado por vídeo chamada, mas ela tava super a vontade com ele. Assim que chegamos eu o ajudei a se instalar no quarto, mostrei a casa a ele e lanchamos algumas coisas que eu tinha comprado, depois disso ficamos conversando na sala até a Delphine chegar. Ele não tinha o sotaque tão forte quanto o de Delphine, talvez ele trabalhasse falando inglês, não sei dizer, mas quase não dava pra notar seu sotaque.

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-Uau, irmãzinha. Você tá caprichando nas roupas, ein? -ele disse se levantando do sofá pra cumprimentar Delphine que tinha acabado de entrar em casa com um de seus terninhos.

-E você abandonou o terno por alguns dias. -ela respondeu o abraçando.

-Eu nem gosto deles tanto assim. -ele disse com um sorriso.

Agora com eles juntos é que dava pra perceber bem a semelhança, e eles são tão lindos, e mesmo com a diferença de idade de uns 7 anos, nem parecia. Na verdade o David tem um espírito de adolescente que deixa até ele com cara de criança às vezes, eu tentava imaginar como seria a relação dele trabalhando com o meu sogro. Porque o Sr. Cormier é um homem maravilhoso, mas é uma pessoa bem séria, e o David é totalmente o oposto.

Not Your Toy (Cophine)Onde histórias criam vida. Descubra agora