Bônus: Niehaus-Cormier

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-PoV Cosima-

Já era quase noite e eu estava na cozinha fazendo macarronada de forno pra o jantar, hoje foi feriado do Dia do Trabalho no Canadá e passei o dia inteiro em casa com as crianças. Na verdade, o combinado foi a Charlotte cuidar dos gêmeos durante o dia, porque eu precisava ficar no laboratório que temos na nossa casa. Com a correia que eram nossas vidas, eu e Delphine aproveitávamos esses momentos pra adiantar nossos estudos. Infelizmente, passei o dia só no laboratório, Del também tem seus experimentos na Universidade, e mesmo sendo feriado ela teve que ficar lá, ser cientista é assim mesmo, temos que entender que a ciência tem o tempo dela pras coisas acontecerem, não o nosso.

Charlotte é a melhor irmã que aqueles dois pequenos poderiam ter, ela sempre entra na bagunça com eles, mas hoje ela exagerou, quando saí do laboratório minha cabeça até doeu, a casa estava revirada de cabeça pra baixo e provavelmente todos os vizinhos ouviam a música alta que vinha do quarto do Charles. Como o laboratório fica no subsolo eu não ouvi nada até abrir a porta pra sair.

Eu também devo ser a mãe mais boba do mundo, porque eu subi as escadas decidida a reclamar com aqueles três e mandar eles arrumarem a casa na mesma hora, mas quando cheguei na porta do quarto e vi eles se divertindo juntos, eu não consegui reclamar. Desci novamente e fui fazer nosso jantar, claro que eles ainda iriam receber a reclamação, mas eu ia deixar essa parte pra Delphine quando ela chegasse. Na maioria das vezes, ela nem precisa reclamar, só pela cara que ela faz eles já sabem o que aprontaram e vão correndo resolver.

Eu estava quase colocando a macarronada no forno quando ouvi o barulho do carro da minha mulher. Não levou muito tempo até que ouvi sua voz.

-Cos? -ela chamou entrando na cozinha. Provavelmente ela havia chamado antes, mas nem o barulho das chaves eu ouvi por conta da música dos nossos filhos.

-Oi, Del. -respondi olhando pra trás.

-O que aconteceu com essa casa, Cosima? E por que esse barulho tão alto de música eletrônica?

-Seus filhos resolveram dar uma festa em casa. -respondi tentando segurar um risinho.

-Meus filhos? Quando eles são fofos são nossos filhos, quando eles fazem essa zona são só meus?

Delphine me encarava com os olhos semicerrados e com um sorrisinho nos lábios.

-São seus porque você vai reclamar com eles daqui a pouco.

-E por que você já não reclamou? -ela cruzou os braços.

-Porque eu quis deixar eles se divertirem mais um pouco. Vem cá. -eu a chamei pra perto de mim.

-Você sempre deixa o mais difícil pra mim, né? -ela tentou ficar séria enquanto se aproximava.

-Você é expert em dar broncas, nem é tão difícil assim pra você. -puxei Delphine pela cintura e demos um selinho bem colado seguido de mais uns dois rapidinhos. -Você trouxe alguma coisa? -vi que ela segurava uma sacola.

-Trufas da To.ffle. -ela respondeu colocando a sacola em cima da mesa.

-Você é a melhor esposa do mundo, meu amor.

Delphine quase me beijou novamente, mas fomos interrompidas pelo grito da Rachel, ela já vai fazer 5 anos, mas não perde essa mania.

-O que eles estão fazendo lá em cima? -ela perguntou.

-É melhor você ver com os seus próprios olhos. -sorri imaginando a cara de Delphine quando chegasse no quarto do Charles.

Enquanto eu terminava a macarronada com mais queijo por cima, Del ligou o forno pra mim e assim que colocamos a travessa dentro dele, subimos juntas pra ver nossos filhos.

Not Your Toy (Cophine)Onde histórias criam vida. Descubra agora