As coisas não poderiam estar piores.
Filch levou-os à sala da Prof. McGonagall no primeiro andar, onde eles ficaram sentados esperando, sem trocar uma palavra entre si. Hermione tremia.
Desculpas, álibis e justificativas fantásticas substituíam-se umas às outras na cabeça de Harry, cada qual mais capenga do que a anterior. Ele não conseguia ver como iam se livrar desta encrenca. Estavam encurralados.
Como podiam ter sido burros a ponto de se esquecerem da Capa? Não havia nenhuma razão no mundo para a Prof. McGonagall aceitar que estivessem fora da cama, esgueirando-se pela escola a altas horas da noite, e muito menos que estivessem na alta torre de astronomia, que era proibida aos alunos a não ser durante as aulas.
Some-se a isso Norberto e a Capa da Invisibilidade e seria melhor começarem a fazer as malas.
Harry achou que as coisas não poderiam ficar piores. Estava enganado. Quando a Prof. McGonagall apareceu, vinha trazendo Neville.
– Sophie! – Exclamou ele, no instante em que viu os outros três. – Eu estava tentando encontrar vocês para avisar que ouvi Malfoy dizer que ia pegar vocês, disse que vocês tinham um drag...
Harry sacudiu com força a cabeça para fazer Neville calar a boca, mas a Prof. McGonagall viu. Parecia mais provável que ela cuspisse fogo pelas narinas do que Norberto, ali a olhar os quatro de cima para baixo. Ela fechou a porta com força e Neville foi se sentar ao lado de Sophie. Sem demostrar nenhum tipo de expressão, a bruxa pegou sua mão sobre a perna e ergueu os olhos para a professora.
– Eu jamais teria acreditado que vocês fossem capazes disso. O Sr. Filch diz que vocês estavam no alto da torre de astronomia. É uma hora da madrugada. Expliquem-se.
Era a primeira vez que Hermione deixava de responder à pergunta de uma professora. Olhava para os sapatos, imóvel como uma estátua.
– Acho que tenho uma boa ideia do que anda acontecendo – disse a Prof. McGonagall. – Não é preciso ser gênio para somar dois mais dois. Vocês contaram a Draco Malfoy uma história da carochinha sobre um dragão, tentando tirá-lo da cama e metê-lo em apuros. Eu já o apanhei. Suponho que achem engraçado que o Neville tenha ouvido a história e acreditado nela também.
Harry surpreendeu o olhar de Neville e tentou lhe dizer, sem falar, que aquilo não era verdade, porque Neville tinha uma expressão de espanto e mágoa. Pobre Neville – Harry sabia o que deveria ter-lhe custado tentar encontrá-los no escuro para avisar.
– Estou desapontada – Disse a Prof. McGonagall. – Cinco alunos fora da cama em uma noite! Nunca ouvi falar numa coisa dessas antes! Você, Hermione Granger, achei que tinha mais juízo. Quanto a você, Harry Potter, achei que Gryffindor significava mais para você do que parece. E você, Sophie Potter, pensei que seu objetivo este ano era se manter fora de problemas.
– Mas eu não estaria aqui se não tivesse sido pega. – Retrucou ela, com calma. – Professora, Neville e Hermione não têm nada a ver com isso. Neville estava tentando nos falar que Draco estava atrás de nós, foi uma causa bastante nobre. E Hermione nem mesmo estava na pegadinha. Draco tem irritado Harry desde o início do ano letivo, foi só uma piada. E ele foi bastante idiota de acreditar que tínhamos um dragão dentro de Hogwarts.
– Calado, Potter! – Ela trincou os dentes, talvez inconsciente de que tinha usado o pronome errado. – Os quatro vão pegar uma detenção, sim, e você também, Neville Longbottom, não há nada que lhe dê o direito de andar pela escola à noite, principalmente nos dias que correm, é muito perigoso, e vou descontar quarenta pontos de Gryffindor.
– Quarenta? – Harry ofegou.
Perderiam a dianteira que ele conquistara na última partida de quadribol.
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Irmãos Potter _ A História de Harry e Sophie
Viễn tưởngSophie Potter é uma bruxa talentosa, mas solitária. Oito anos após a morte de seus pais, ela se encontra sob a tutela de seu amado, mas recluso, padrinho Remus Lupin. Em seus primeiros anos na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, prova-se talento...