O Ministério estava incrivelmente cheio até aquela hora. Sophie e Dumbledore esperaram em uma sala um pouco isolada do Departamento para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas, na Divisão de Feras, ao lado do pequeno cubículo que era o Registro de Licantropes.
Sophie não precisaria dizer que o lugar todo era insultante. O falido e mal-sucedido Registro de Licantropes ficar junto na Divisão de Feras, dentro do DRCCM. Nenhum centímetro do lugar tinha estrutura, mas ela não podia se importar muito no momento. Torcendo os dedos e andando de um lado para o outro, ouvindo o próprio cantarolar.
– Acho que esse lugar precisava de um pouco da verba doada pelos Malfoy para comprar a liberdade. – Comentou Dumbledore.
– De fato. – Concordou Sophie, sem prestar atenção.
– Afinal, se eles vão doar dinheiro para o Ministério, que pelo menos seja bem utilizado.
– De fato.
– Já que, pelo menos ao que parece, esse lugar está abandonado, que pelo menos fosse usado para lavagem de dinheiro.
– De fato.
– O senhor está se divertindo, não é?
Sophie ergueu os olhos para a voz, ali estava uma figura que vira fazia muito tempo.
– Chiara!
– Srta. Lobosca.
Chiara Lobosca era uma bruxa baixa e albina, de olhos azuis claríssimos e cabelo platinado cortado na altura dos ombros. Vestia-se em branco, um terninho de ombreira com uma saia tubinho, transformando seu corpo midsize em um único quadrado apagado.
– O que faz aqui? – Perguntou Sophie, aproximando-se para abraçá-la.
– Eu trabalho aqui. Sou uma das várias funcionárias molas do DRCCM.
– O que isso quer dizer?
– Que eu não tenho lugar definido e faço um pouco de tudo. Pelo menos o salário é bom. – Ela deu risada, pegando no pingente de pedra da lua em seu pescoço e apertando-o na mão. – Eu vim para perguntar o que estão esperando.
Dumbledore pareceu confuso. Sophie deixou a cabeça tombar para um dos ombros.
– Remus. Ele sai hoje.
– Hum... – Chiara fez, nervosa. – Sophie, ele saiu ontem. Pediu para ninguém chama-lá, que só falaria com você e seu irmão na Estação de King's Cross.
Seus olhos foram para Dumbledore quando ele se levantou.
– Alguém aqui do departamento me mandou uma carta hoje a tarde, urgente, dizendo que ele saia agora a noite.
– Hum... Sinto muito, senhor, mas nenhuma carta foi mandada hoje. A maioria do pessoal está numa festa do outro lado do andar porque uma das secretárias ficou grávida.
Os olhos azuis demais de Dumbledore se estreitaram em surpresa. Sophie gaguejou.
– Como assim ele saiu ontem?
– Eu... hum... sinto muito mesmo, Sophie. Remus não queria plateia quando saísse. Kingsley acompanhou ele até em casa, mas logo depois eles foram para a casa da sua avó. Quer que eu chame ele para te contar o que...
– Não será preciso, Srta. Lobosca. – Interrompeu Dumbledore, respirando uma vez e olhando para Sophie. – A carta foi uma armação. Se não veio daqui, foi enviada a mim com a única intenção de nos tirar do castelo.
– O que isso quer dizer?
– Que provavelmente Harry está correndo perigo, Srta. Potter.
Dumbledore deu a Sophie um momento para processar a informação enquanto recolhia as duas capas nos braços.
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Irmãos Potter _ A História de Harry e Sophie
FantasySophie Potter é uma bruxa talentosa, mas solitária. Oito anos após a morte de seus pais, ela se encontra sob a tutela de seu amado, mas recluso, padrinho Remus Lupin. Em seus primeiros anos na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, prova-se talento...