Irmãos Potter _ A História de Harry e Sophie

Começam as Perguntas

Harry acordou cedo na manhã seguinte. Embora soubesse que já era dia, continuou com os olhos bem fechados.

"Foi um sonho", disse a si mesmo com firmeza. "Sonhei que um gigante chamado Rúbeo Hagrid e um bruxo chamado Remus Lupin vieram me dizer que eu tinha uma irmã chamada Sophie e ia para uma escola de magia. Quando abrir os olhos estarei em casa no meu armário."

De repente ouviu um ruído alto de batidas.

"É a tia Petunia batendo na porta", pensou Harry, desanimado. Mas, ainda assim, não abriu os olhos. Tinha sido um sonho tão bom.

– Está bem – Resmungou Harry quando as batidas voltaram. – Já estou levantando.

– Pra quê? – Resmungou alguém ao lado dele, revirando-se na cama. – Volte a dormir.

Harry ergueu-se de um pulo, sentia-se feliz como se houvesse um grande balão crescendo dentro dele. Sophie estava bem ali do lado dele, uma juba ruiva amortecendo sua cabeça mais do que o próprio travesseiro. Eles estavam deitados em uma cama de casal em um quarto pequeno com paredes feitas de lona branca; a barraca de Remus.

– Não foi um sonho... – Ele murmurou, mais para si mesmo.

Sophie resmungou alguma coisa em outra língua que parecia bastante com um xingamento e abriu os olhos para ele.

– Eu adoro acordar cedo, mas nos deitamos uma da manhã ontem, Harry, queria dormir mais. – Ela esfregou os olhos, bocejando.

– Ah, desculpe.

– Não, não. Tudo bem. – Sophie se sentou e passou os dedos pelo cabelo, fazendo uma careta quando ficaram presos. – Odeio esse cabelo de manhã.

– Não parece tão ruim. – Murmurou Harry, achatando os próprios cabelos, que deviam estar prensados pelo travesseiro de um dos lados.

– É, acho que os seus estão piores. – Ela abriu um sorriso bem humorado demais para ser sonolento.

– Ei!

Sophie sorriu travessamente e se levantou, apanhando um frasco de vidro com conteúdo oleoso e estendendo para Harry, ele apenas encarou o frasco por bastante tempo.

– O que é isso?

– Poção de cabelo Sleekeazy. – Ela respondeu, dando de ombros e despejando um pouco do óleo grosso na palma da mão. – Foi o vô Fleamont que desenvolveu, agradeça a ele pela grana que temos e por uma solução rápida para o cabelo.

De fato, enquanto ela passava o produto, seu cabelo parecia encolher, magicamente definindo-se em pequenos cachinhos. Sophie só teve que arrumar alguns na parte da frente para ficaram mais bonitinhos, enrolando-os no dedo. Por fim, ela se virou para Harry e começou a passar o produto nele também.

– Moony diz que papai fazia isso todos os dias de manhã, quando não tinha tempo de tomar banho. O que era quase sempre, já que vivia acordando tarde.

– Não sei o que perguntar primeiro. – Admitiu ele, torcendo os lábios.

– Eu já falei, vou te responder tudo o que eu puder.

– O que é um alquimista? Ontem a noite você disse que era uma.

– Bem, no sentido mais liberal da palavra, eu sou. – Ela se sentou na cama de frente para ele e começou a enrolar seu cabelo no dedo, formando a franja sobre a cicatriz fina em sua testa. – Alquimistas, no mundo mágico, são pessoas que criam poções por diferentes motivos. Vô Fleamont era um alquimista já que criou essa poção, e eu sou considerada uma alquimista porque consegui lançar uma poção medicinal.