Ela estava tremendo. Tremendo tanto que poderia ouvir seus ossos batendo, não fosse a chuva horrível que parecia ter explodido do nada em volta deles naquele barquinho. Enrolada em duas capas, a dela e uma que por algum motivo Remus trouxera na mochila, Sophie abraçava o próprio corpo, esperando com o rosto coberto, que Hagrid conseguisse abrir aquela porta.
– Porque merda aqueles idiotas trouxeram ele até aqui? – Gritou ela para o padrinho, Remus fez um gesto difuso que poderia ser um dar de ombros.
– Esse lugar me faz arrepiar. Lembra a Casa dos Gritos.
Sophie olhou em volta.
– Quem dera. Lembra Azkaban. – Ela deu um passo à frente quando Hagrid deu a segunda pancada violenta que não surtiu muito efeito. – Hagrid? Será que eu posso tentar?
A grande forma de Hagrid virou-se para ela, murmurou alguma coisa que ela nem sonhava em entender, e se afastou. Sophie reuniu coragem, tirou a varinha de dentro das vestes, estendeu-a para a madeira frágil e gritou, o mais alto que conseguiu:
– BOMBARDA MAXIMA!
O feitiço fez o seu papel, a porta explodiu com tal intensidade que Sophie teria sido lançada no mar, se Hagrid não lhe tivesse segurado.
– Esse lugar é um pedaço do inferno. – Resmungou, agradecendo Hagrid e entrando na casa. O gigante espremeu-se para entrar no casebre, curvando-se de modo que a cabeça apenas roçou o teto.
Quando Remus passou, tirando o capuz da cabeça e sacudindo o corpo para tirar um pouco da água, ele mesmo começou a reclamar, enquanto tirava a varinha das vestes e a apontava para Sophie.
– Quenterralopus. – Um vento suave e quente secou rapidamente as roupas da menina, que rapidamente tirou as duas capas e as dobrou no braço. – Lugarzinho horrível para decidirem se esconder, não acha, Petunia? – Perguntou ele, para a figura assustada da mulher encolhida atrás do marido à um canto, a varinha agora virada para si.
"Não é bonito como sua casa no Surrey, bem que Pepper dizia que esse casamento era a prova de que seus padrões tinham decaído desastrosamente. Quero dizer, considerando que costumava gostar de Sirius, claro, conseguiu perder para mim e Marlene, mas mesmo assim. Seu gosto era muito melhor."
Sophie não soltou uma risada muito alta, os dentes ainda batendo enquanto consertava, erguia e trancava a porta novamente por magia e a colocava de volta no lugar.
– Reparo! Erecto! Colloportus! – O barulho da tempestade diminuiu consideravelmente, ela virou-se para examinar o lugar.
Ali estava Harry, sentado no chão, parecendo aterrorizado, Godric observando a cena com seu ar superior, sentado enrolado no colo magro do garoto. Daisy e Daphny escondidas atrás dele, cujos braços se abriam para protegê-las. Dudley estava sentado em um sofá pútrido, e na entrada da única porta do lugar, Petunia encolhida atrás de Vernon, que segurava...
Sophie soltou um gritinho e, sem pensar, ergueu a varinha.
– Expelliarmus!
O grande rifle que Vernon tinha comprado voou de sua mão na mesma hora, Hagrid o pegou no ar sem dificuldade e o amassou ao meio como se fosse feito de borracha.
– Você é louco? – Ela berrou, sem real necessidade. – Porque caralhos trazer um rifle para uma casa com crianças! Seu porco ridículo e idiota...
Ela teria continuado os insultos, não fosse a mão de Remus em seu ombro.
– Basta, querida. Acho melhor se acalmar.
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Irmãos Potter _ A História de Harry e Sophie
FantastikSophie Potter é uma bruxa talentosa, mas solitária. Oito anos após a morte de seus pais, ela se encontra sob a tutela de seu amado, mas recluso, padrinho Remus Lupin. Em seus primeiros anos na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, prova-se talento...