O Orgulho da Prof. McGonagall

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Raras vezes na vida, Sophie se deixava ouvir gritos exaltados demais. Os treinos de quadribol eram um desses momentos. E o pior, é que ela não podia culpar Wood por estar furioso com ela por ter esquecido a vassoura sem chance de recuperar. Era cinco vezes mais lenta do que o normal na vassoura da escola, e tinha que compensar isso com dez vezes mais força no braço e firmeza nas coxas para conseguir marcar os pontos contra ele.

Durante o primeiro treino que tiveram, Oliver gritara tanto que ficou rouco, e, no treino seguinte, encarregou Pirraça de gritar com eles. O poltergeist foi feliz, com a desculpa perfeita para irritar Sophie sem receber uma bat-bogey hex, não que ela fosse fazer muita diferença para ele, já que não possuía ranho no nariz, e portanto sem chances dela conseguir transfigurar em morcegos. Mas o susto ainda era grande.

– Sophie, você tem certeza absoluta que não pode pedir para alguém, qualquer um, ir na sua casa?

– Wood, te disse um milhão de vezes! – Ela gritou de volta, irritada. – Não tem ninguém que possa entrar lá. E ninguém que queira, posso garantir.

Pela milésima vez, Wood gemeu e choramingou, então fez um bico e uma careta.

– Tudo bem. Tenta atirar mais longe.

– Certo.

– Droga, ainda tenho que achar um apanhador novo.

Na segunda semana de aulas, um aviso apareceu no Salão Comunal de Gryffindor, de que agora os primeiranistas teriam aulas de vôo junto com Slytherin, e Harry, assustado, chateado e ansioso, perguntou à Sophie se ela teria aula no horário. Com a tarde de quinta-feira livre, Sophie desceu sozinha pelo gramado, chamando e brincando com Padfoot, Lyria empoleirada no ombro.

Era um dia claro, com uma brisa fresca e a grama ondeava pelas encostas sob seus pés ao caminharem em direção a um gramado plano que havia do lado oposto à Floresta Proibida, cujas árvores balançavam sinistramente a distância. Os garotos de Slytherin já estavam lá, bem como as vinte vassouras arrumadas em fileiras no chão.

O que Sophie não esperava ver, era Lesath, sentado na sombra de uma das árvores, com os olhos baixos para o colo, mas virado para a turma. Ela se aproximou e,quando estava a uns cinco metros, ele ergueu os olhos e tornou a baixá-los, ela pegou o gesto como um indicativo que podia se aproximar.

– Oi, Lestrange.

– Olá, Potter.

– Posso me sentar?

– A vontade.

Sophie sentou-se ao lado dele, jogou a mochila de lado e deixou Padfoot livre para cheirar o entorno enquanto fechava os olhos para relaxar um momento.

– Você está bem? – Perguntou ele, Sophie abriu os olhos, só para encontrar o brilho cinzento muito próximo dela.

– Ótima. Por quê? – Respondeu devagar.

– Parecia estar morrendo na aula de Defesa hoje cedo. – Ele deu de ombros, mas ainda olhando para ela.

– Não funciono nas aulas do Quirrell. – Respondeu ela, voltando a fechar os olhos.

– Nem ele funciona. – Lesath deu uma risadinha e Sophie abriu um sorriso, sem olhar.

– Coitado, não deviam obriga-lo a acordar tão cedo.

– Sete e meia da manhã realmente é muito cedo para o pobre bruxo. – Concordou ele, e Sophie pôde sentir os ombros dele sacudindo um pouco de rir.

– Onde foi depois da aula?

– Tive História da Magia, com Hufflepuff. E você?

– Feitiços com Ravenclaw. – Ela contou, abrindo os olhos para o sol suave da tarde.

Irmãos Potter _ A História de Harry e SophieOnde histórias criam vida. Descubra agora