O Irmão do meu Ex-namorado [EM REVISÃO]

XXII

__________________________________
°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°

Fazia uma semana que as reformas na casa do Sr. Campbell começaram, Antony era surpreendentemente focado no projeto, sempre ajudava com o que podia sem ficar só olhando. Na parte de dentro da casa, só faltava a decoração de dois quartos e a cozinha, a área de lazer só ficaria pronta quando toda a piscina estivesse pronta. No fim do dia, todos ja haviam ido embora, todos menos nós dois. Estava quase escurecendo e deitamos no chão de madeira recém reformado, o céu já estava com algumas estrelas.

- Se a dois meses atrás me dissessem que eu levaria minha carreira de arquiteto a sério, eu chamaria a pessoa de louca. - Antony me abraça e me dá um beijo na bochecha.

- Se me dissessem a meses atrás, que agora eu estaria namorando o meu cunhado, eu chamaria a pessoa de doente. - dou risada do olhar que Antony me lança - Escolhe uma estrela.

- O quê? - ele me olha confuso.

- Olha para cima e escolhe uma estrela, a estrela que você escolher vai ser a nossa estrela. - começo a fazer cafuné nele e ele olha para cima.

- A estrela do meio das três Marias. - ele aponta.

- Achei que escolheria a polar.

- Todos escolhem a polar por ser a maior, eu prefiro a estrela do meio das três Marias. - ele me abraça mais forte e sorrio.

Ficamos mais um tempo deitados até o Antony levantar e começar a bater na roupa para tirar a poeira, então levando e faço o mesmo. Durante o caminho ficamos em silêncio, até ele parar perto da floresta.

- O que foi? Algum problema com o carro? - pergunto quando vejo ele descer, mas ao invés de olhar o carro, ele abre a porta do meu lado e me ajuda a descer.

- Bom, quero te mostrar uma coisa. - ele segura minha mão e andamos em direção a floresta.

- Você sabe que está quase escurecendo, certo? - pergunto quando entramos de vez na floresta, mas ele fica em silêncio. Andamos por pouco minutos até chegarmos a uma clareira.

- Eu iria mostrar amanhã, mas imaginei como seria a noite. - ele me abraça por trás e observo toda clareira, estava cheia de flores e em cima, o céu estrelado completava a imagem.

- Esse lugar é incrível. - entrelaço meus dedos nos dele. Ficamos algum tempo ali, até decidirmos ir para casa. Exaustos, mas felizes.

[...]

No dia seguinte, as coisas estavam calmas, a piscina já estava quase pronta, só faltava acabamento, enquanto isso, eu coordenava a equipe responsável pelo quarto.

- Dois centímetros a mais para cima e fica perfeito. - falo ao passar pelo cara que estava pendurando um quadro.

- Aiyanna! - escuto a voz aguda atrás de mim e sinto que a calmaria estava prestes a acabar.

- Emily! - falo sorrindo para ex ficante do Antony - O que está fazendo aqui?

- Na verdade querida, é Luísa. - acha que eu me importo? - Eu sou a filha do dono da empresa de móveis que você contratou, mas eu vim mesmo procurar o Antony, saber se ele está bem.

- Amor, você viu meu...- Antony para assim que percebe Luísa - O que veio fazer aqui?

- Você não lembra? - ela faz biquinho - Meu pai é dono dessa empresa.

- Quem é seu pai mesmo? - Antony se aproxima de mim e segura minha cintura.

- Ah, quer saber? Não é importante! - o olhar dela vai até a mão dele na minha cintura e depois volta a olhar para mim - Eu te enviei o convite da minha festa, mas você não confirmou, então...

- Não confirmei porque eu não vou. Dia de descanso com a minha namorada.

- Mas ela não se importa. - o sorriso de sínica dela passou a me irritar.

- Não sabia que você lia mentes Bruna. - falo sorrindo e ela começa a ficar vermelha, provavelmente de raiva.

- É Luísa! - a voz dela é estridente.

- Luísa, Bruna, seja que caralhos for, deveria parar de correr atrás de alguém comprometido. - falo sabendo o quanto o ego do Antony ia crescer hoje.

- Vocês só são namorados.

- Exatamente! Eu sou a namorada dele, e se ele quer ficar comigo e não ir para festa, é decisão dele.

- E eu não quero ir. - ele me um sorrisinho de lado - Quero saber se viu meu celular.

- Deve ter deixado no carro.

- Antony! - Luísa praticamente grita.

- Você ainda está aqui? - Antony pergunta revirando os olhos - Não quero ir nessa sua festa, não quero ter você por perto, e sinceramente? Eu mal lembrava de você.

Luísa bufa e sai da sala batendo os pés, mas antes de ir embora, faz o favor de mostrar o dedo do meio para nós dois, nos fazendo rir, Antony me dá um selinho e sai. Com a casa quase pronta, eu só precisava observar os detalhes, não poderia deixar algo fora do lugar ou com alguma poeira. A piscina já estaria pronta amanhã, então só restaria a área de lazer para decorar. Sentei no banquinho da cozinha quando todos foram embora, só restava o pessoal da piscina, observei como as cores estavam harmonizadas, as paredes tinham tons de branco e alguns verdes, os móveis ficaram com as cores preto, verde, bege e marrom; e pensar que daqui a dois dias tudo estaria pronto.

- Satisfeita? - Antony me dá um selinho e senta no banquinho do meu lado.

- Muito. - sorrio - E você? Feliz?

- Mais do quê eu esperava. As lives me faziam bem, mas isso...- ele olha ao redor e depois me olha - Talvez seja a melhor fase da minha vida.

- Bom - levanto do banquinho e me aproximo dele - podemos sair pra jantar hoje.

- Jantar com a minha bruxinha? Acha mesmo que eu vou negar? - ele me segura pela cintura e me beija.

- Prometo não levar você para jantar em uma taverna cheia de ogros. - ele dá risada, talvez sejamos um pouco nerds demais.

- Bom, acho bom mesmo. - ele sorri de canto - Ja tenho que caçar uma bruxinha... - me afasto um pouco, minhas bochechas começando a doer por sorrir tanto - não quero ter que me preocupar com ogros também.

- Então... - dou mais alguns passos para trás - planeja me caçar, senhor?

- Ah, planejo sim...- ele levanta do banquinho já notando minhas intenções.

- Bom... - sorrio - Boa sorte.

Corro para o lado de fora e ele vem atrás de mim, escuto os funcionários rindo, mas também escuto Antony dando risada, corremos até a parte do jardim, quando ele me agarrou por trás e me fez ficar de frente para ele.

- Bruxinha capturada. - ele fala e continuo rindo.

- E o que pretende fazer senhor? - coloco meus braços ao redor do pescoço dele.

- Mais tarde você vai descobrir. - ele sussurra no meu ouvido e me beija - Agora, de volta ao trabalho.

Fico mais um pouco no jardim, o jardineiro cuidava muito bem do lugar, havia um pequeno lago com alguns peixes, algumas árvores e arbustos, nenhum frutífero para não atrair ursos. Sento na grama e olho para o céu nublado, a felicidade que eu estava sentindo era tudo que eu queria focar no momento.

__________________________________
•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••