XXXI

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Felipe

Eu me sentia em um circo, Luísa e meu pai me controlando como se eu fosse um daqueles animais enjaulados que obedecem ao ouvir o estalar de um chicote. Confiei na Luísa esse tempo, só para ouvir ela chamar a Brenda de arquivo? Como se ela nem ao menos fosse uma pessoa. Luísa sempre foi a queridinha do nosso pai, minha mãe morreu muito nova, para ser mais específico, durante o meu parto, desde aí carrego a culpa dentro de mim. Em todos os anos da minha vida eu só tinha a Luísa comigo, só ela foi capaz de demonstrar um pouco de amor por mim, ela e a Brenda, mas hoje eu sei que ela é tão víbora quanto nosso pai.

- Que teatro miserável. - falo baixo e vou direto na direção do mini bar que colocaram ali.

- Algum drink especial? - a moça do balcão me olhava como se eu fosse um pedaço de carne pronto para ser devorado.

- Qualquer coisa com veneno serve. - falo olhando na direção da Luísa sorria como se Antony de fato amasse ela, palhaçada - Quero a garrafa de whisky.

[...]

Aiyanna

Antony não sorria, era como marcará fria e impenetrável, ele nem ao menos teve coragem de olhar para mim. Ouvi Felipe falar algo e se afastar, eu estava prestes a fazer o mesmo.

- Com o que trabalha rapaz? - Mackenzie não era capaz de demonstrar o mínimo que fosse, qualquer emoção.

- Ele é arquiteto, mas também já foi streamer. - Luísa sorria como alguém que descobriu uma nova galáxia, vaca desprezível.

- Já vai direto entrar no ramo da família. - Sr. Campbell sorri e William revira os olhos.

- Vou beber veneno, você vem? - ele praticamente sussurra para mim.

- Com certeza. - sorrio fraco e olho para os outros - Licença.

Saímos de lá sem olhar para trás, Felipe estava no mini bar mas saiu para área externa, sentei com William nos bancos perto do balcão.

- Vodka, para os dois. - William fala para moça e volta a olhar para direção dos outros - Não acredito que alguém teve mesmo coragem de pedir ela em casamento.

- Você conhece ela? - pego o copo que me foi servido e viro de uma vez.

- Jesus, você é completamente louca, gostei. - William ri e vira o próprio copo - Felipe, Luísa, e eu crescemos juntos. Luísa e eu ja namoramos, ela era legal no início, mas depois parecia que tinha sido trazida direto do inferno.

- Não duvido. - outra dose nos foi servida e novamente viramos - Ainda gosta dela?

- Tenho cara de quem saiu direto de um manicômio? - ele ri me fazendo dar risada junto - Não, Luísa é uma pessoa totalmente dependente do pai, e Felipe totalmente dela.

- Me conte o que você sabe sobre o Felipe. - olho para a porta onde dava para ver o Felipe deitado na beira da piscina com uma garrafa de whisky.

- Tudo bem detetive. - William sorri - Felipe tem esse ar de cara perturbado, mas eu entendo ele. A vida inteira teve que escutar do pai sobre como ele era um lixo, um peso na vida dele, já o ouvi gritar que preferia que ele tivesse morrido no parto.

- Que horror. - viro mais uma dose.

- A mãe dele morreu no parto. O pai não cansou de punir ele a vida inteira por isso, o expulsou de casa muito cedo, então Felipe começou a trabalhar de mecânico por um tempo, mas Luísa convenceu o pai a trazer ele de volta para casa. - William vira outra dose - Luísa era tudo que o Felipe tinha, ele não tinha amigos, não de verdade, todos que se aproximavam dele tinha algum interesse. Isso, até ele conhecer a Brenda.

O Irmão do meu Ex-namorado  [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora