XVIII

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Esperei a festa acalmar um pouco e subi para o quarto do Antony, fui para a varanda e fiquei observando as pessoas no jardim. Juliana estava rodeada de pessoas que provavelmente perguntavam sobre a gravidez, Arthur bebia encostado na árvore que ficava perto do muro, Louise falava com algumas pessoas e Antony sumiu fazia algum tempo, eu observava todos eles enquanto bebia vinho, peguei uma das garrafas na cozinha. Então, o olhar do Arthur cruzou com o meu, ele sorriu de canto e desviei o olhar, minutos depois ele entrou no quarto.

- Você sempre se isola nas festas. - ele senta na cadeira ao meu lado.

- Aprendi com você, você é mestre nisso. - falo baixinho e volto minha atenção para a taça.

- Quantas já bebeu? Você tem uma tolerância muito baixa. - ele me olha e depois olha para a garrafa.

- Duas, eu acho. - eu não ia ficar contando quantas taças eu já tinha bebido, mas era verdade, minha cabeça já estava zonza - Não deveria está cuidando da sua mulher?

Ele suspira e olha para Juliana lá embaixo, então baixa a cabeça e dá uma risada sem graça.

- Era pra ser você... - ele começa mas eu interrompo.

- Se não quer brigar, é melhor ficar por aí. - aviso ríspida e ele só assente com a cabeça.

- Cadê seu namorado? - ele pergunta procurando Antony com o olhar e eu finjo não me importar, mas era verdade, Antony já havia sumido a tempo.

- Não sou de colocar coleira em quem eu namoro. - bebo um pouco do vinho.

Ficamos em silêncio até eu escutar uma voz irritante e alta, embaixo da varanda, aqui era o lugar mais silencioso da festa, reconheci a voz segundos depois, era a voz da ex ficante do Antony, não conseguia lembrar o nome dela.

- Antony, você já foi mais divertido. - ela fala com aquela voz enjoada. Levanto e olho para baixo, e lá estava ela encurralando ele.

- Luísa - então esse era o nome dela - tem vários outros paus pra você na festa, solteiros inclusive, me deixa em paz.

- Grosso. - senti a malícia aqui de cima.

- Luiza, minha namorada deve está me esperando em algum lugar, dá licença? - Antony já estava sem paciência.

- Ela nem é tão bonita assim, o que viu naquela garota? Gorda, feia, ridícula... - antes dela continuar, escutei o barulho de vidro quebrando, Antony jogou no chão a taça que tava na mão dele.

- Se falar assim dela de novo, vou esquecer que você é mulher Luísa...- Antony ia explodir a qualquer momento, Luísa estava bem na minha mira, olhei para Arthur que entendeu o que eu pretendia fazer e começou a rir.

- Não vou te impedir, por mim, pode jogar direto da garrafa. - ele levanta as mãos em redenção.

- Ela não merece o estrago de um vinho caro. - olho para baixo e viro a taça, escutei o grito dela e Antony me olha surpreso e depois morde o lábio segurando para não rir.

- Chuva de vinho, essa é novidade. - Antony olha para ela e ela o olha furiosa - Se me der licença.

Antony entra e eu deixo escapar uma risada alta, fazendo a tal Luísa me olhar.

- Ah, Bruna, foi mal. - sorrio - Foi sem querer.

- Achei que o nome fosse Alice. - Arthur aparece ao meu lado, e Luísa começa a bufar de raiva, estaria saindo fogo da cabeça dela se isso fosse um desenho.

- Gabriela talvez? - pergunto e ouço a porta abrir, Antony se aproxima devagar.

- Luana? - Arthur faz cara de pensativo.

- Vitória. - Antony fala segurando minha cintura e Luísa sai pisando forte.

- Foi mal Vitória. - grito e nós três começamos a rir.

- Vocês viram a cara dela? - Arthur pergunta rindo e senta no chão. Nós dois sentamos também e continuamos rimos. Por um momento, tudo estava bem, não tinha brigas, não tinha desavenças, éramos só nós três, como anos atrás, antes de eu começar a namorar o Arthur.

- Vocês dois não prestam. Vinho? - Antony pergunta rindo.

- A ideia foi dela. - Arthur aponta pra mim e eu finjo está ofendida.

- Você sugeriu jogar a garrafa!

- Vocês queriam matar ela?

- Era o vinho da garrafa, não a garrafa. - Arthur levanta as mãos em rendição.

- Arthur, vem aqui. - Juliana grita lá de baixo e nós três reviramos os olhos.

- Boa noite casal. - Arthur fala e observamos ele embora.

- Um momento de paz. - Antony deita e me puxa pra deitar com ele, olhamos para o céu que estava ficando nublado, fazendo as pessoas saírem do jardim.

- Merecemos. - falo baixinho e fecho os olhos - Achei que fosse me pedir em noivado hoje.

- Não, não sou tão louco, e depois de como você me olhou apavorada...- ele ri e eu lhe dou um tapa - É verdade! Você estava apavorada.

- Você se ajoelhou! - o olho acusatória e ele sorri de canto.

- Fui cavalheiro. - ele me abraça mais forte e só aproveito o momento, a paz, a alegria. Acabamos dormindo ali, a noite não estava tão fria, o som estava baixo, e o sono acabou ganhando de nós dois.

[...]

Acordamos com a chuva molhando nós dois, no primeiro instante foi o susto, mas nenhum dos dois levantou, as gotas de chuva desciam pelo meu rosto e já haviam encharcado meu cabelo, Antony também já estava encharcado e já não havia mais barulho de festa.

- O final perfeito. - Antony falou baixinho e me olhou, o rosto a centímetros do meu, deixei meu instinto me controlar e beijei ele, parecia tão certo, o momento, ele ali, até a chuva. Quando nos separamos olhei para o rosto dele.

- Deveria ser crime ser tão perfeito assim. - passei meu dedo pelo lábio vermelho dele e ele sorriu.

- Então vou te prender. - ele passa um dos meus cachos para trás da minha orelha - Minha namorada é perfeita.

- Sua namorada? - sorrio e ele fica por cima de mim.

- Sim...- ele beija meu pescoço e vai descendo, então levanta meu vestido e beija a parte interna da minha coxa, ajudei ele a tirar minha calcinha e ele me olha sorrindo - Minha.

Então ele desceu os beijos pela minha coxa até embaixo, passei meus dedos pelo cabelo dele deixei meus gemidos saírem livremente, então senti um dedo dentro de mim, e então outro, ele subiu e voltou a me beijar enquanto os dedos dele faziam o trabalho. Minutos depois senti toda tensão do meu corpo se libertar e aos poucos minha respiração acalmar.

- Minha...- ele repetiu. Antony ficou por cima de mim e ajudei ele a tirar a calça, as gotas de chuva desciam pelo cabelo dele e caía no meu rosto - Perfeita.

- Perfeito. - Sorri e voltei a beijar ele, então senti ele me penetrar com gentileza, deixei um gemido escapar e cravei minhas unhas nas costas dele, ele com certeza era maior do quê o que eu estava acostumada. Rebolei devagar e ele começou em ritmo lento, aumentando aos poucos, então me dei conta de quem quer que estivesse por perto iria escutar os nossos gemidos, mas já não me importava com eles ali, só me importava com as sensações que estava sentindo, com a respiração ofegante do Antony no meu ouvido, com as mãos dele apertando minha cintura e ele alternando o ritmo, até começar a ir mais forte, meus gemidos aumentam.

- Aiyanna... - Antony apertou minha cintura com mais força e gozamos juntos, mas ele não parou, sentei no colo dele e ditei meu ritmo, ouvia ele falar palavrões ao mesmo tempo que ouvia meu coração bater acelerado, não demoramos muito pra gozar uma segunda vez, a chuva continuava.

- Um banho quentinho seria bem vindo. - falo rindo e ele me leva no colo até o banheiro, e mais uma vez transamos. Fomos dormir exaustos.

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O Irmão do meu Ex-namorado  [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora