O Irmão do meu Ex-namorado [EM REVISÃO]

XXXVII

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Antony

O escritório de Luisa ficava perto do quarto dela, e para minha sorte, a chave estava na porta. Assim que entrei liguei o abajur que ficava próximo a porta e comecei a vasculhar todas as estantes, gavetas e portas que eu achasse. Então sinto meu celular vibrar no bolso e uma mensagem aparecer no visor.

Mensagem on:

Babaca: Se ela ja estiver dormindo, abre a porta aí, tô aqui fora.

Mensagem off.

Felipe só pode esta de brincadeira com a minha cara. Saio do escritório e abro a porta com o máximo de cuidado possível, ele estava parado de braços cruzados vestido como um gangster de filme ruim e óculos escuro.

- Só vim ajudar, posso ser útil. - ele fala entrando no apartamento.

- Tanto faz, mas toma cuidado, o escritório fica ao lado do quarto dela. - falo indo na direção do escritório com ele atrás de mim.

[...]

Não sei quando tempo havia se passado, mas já havíamos procurado por todos os livros, estantes, gavetas e seja lá o que tivesse lá. Felipe já estava com um semblante preocupado e eu perdendo a paciência.

- Deve ter alguma porta secreta, qualquer coisa. - Felipe passa a mão no cabelo e sinto que ele estava prestes a surtar alí mesmo.

- Calma, vamos achar. - sento na cadeira e olho ao meu redor, não havia nada que não tivéssemos revidado, a não ser... - Se eu estiver certo, vou me sentir em um filme de espião.

- Do quê está falando? - Felipe me olha confuso e aponto para o quatro atrás dele. Um quadro de tamanho médio com uma pintura de uma casa a beira de um lago - Eu conheço esse lugar...

- Conhece? - levanto da cadeira e fico ao seu lado.

- O lago que Brenda sempre amava, a casa que ela queria construir, não sei é tão...- Felipe se aproxima do quadro - Não pode ser o mesmo lugar.

- Preciso testar minha teoria. - me aproximo do quadro e o tiro da parede, mas estava vazio - Que droga.

- Não seja amador. - Felipe pega o quadro e coloca na mesa com a parte de trás virada para cima e um pequeno volume se encontrava por trás do papel marrom - Eu ensinei isso, não acredito que não pensei nisso antes.

- Como vamos tirar daí sem fazer estrago? - pergunto passando a mão por cima e sinto o formato que me lembra um envelope.

- Você acha mesmo que tem como não fazer estrago? Depois que conseguirmos esse arquivo, ela vai está arruinada, não vai ter tempo de olhar atrás de um quadro. - Felipe pega um canivete do bolso e corta o papel revelando um envelope marrom claro com um grande B maiusculo pintado de vermelho .

- Vamos levar isso, já passamos tempo demais aqui. - pego o arquivo e saímos de lá. Descemos pelo elevador até o estacionamento e sentia meu coração acelerado no peito. Assim que entramos no carro do Felipe, suspirei e sorri, finalmente alguma coisa estava dando realmente certo.

- Precisamos ir mais rápido, Aiyanna está esperando a horas lá em casa. - Felipe fala e o olho incrédulo.

- Ela o quê? Meu Deus, vocês estão brincando com o perigo. - passo a mão por meu cabelo e Felipe ri.

- Você vai está em perigo assim que Aiyanna vir seu rosto e pescoço com batom vermelho. - Felipe acelera o carro e eu olho no espelho. Puta que pariu, hoje que eu fico estéril.

[...]

Aiyanna

Felipe me levou a casa dele e foi ajudar Antony, comecei a ficar entediada e resolvi me aventurar pela casa. A parte do salão e a escada lembrava um castelo real, vários quadros nas paredes sendo a maioria bem macabros, entrei na biblioteca e notei mais quadros, mas dessa vez quadros mais claros, de paisagens e animais, me aproximo de um deles e a assinatura me surpreende.

- Felipe... - passo meus dedos por cima da tinta seca e começo a olhar mais e mais quadros, alguns com a assinatura dele, outro com o nome "Amélia", e um único que ficava escondido no canto, um quadro não tão bonito como os outros e que parecia ser pintado por um iniciante, estava com a assinatura "Brenda" - Ela também pintava.

Comecei a vasculhar a grande mesa que ficava no canto e abri uma gaveta onde se encontrava várias cartas e bilhetes com o nome Amélia, então uma foto do pai de Felipe mais novo com uma mulher grávida muito parecida com ele ao seu lado, virei a foto e atrás estava escrito com a mesma caligrafia das cartas:

"Meus amores, filho e esposo. Amarei vocês além das fronteiras do universo"

Guardei a foto na gaveta e abri outra, encontrei vários recortes de jornais antigos que falavam sobre o acidente da Brenda, a data era de nove anos atrás. As fotos do carro de cabeça para baixo, uma moça ruiva de pele clara muito machucada na maca e desacordada que presumi que fosse Brenda, ela tinha o cabelo longo e liso e parecia ser alta, ela também tinha tatuagens no corpo.

- Chegamos! - escuto a voz do Felipe lá embaixo e guardo tudo as pressas.

- Já estou indo. - saio da biblioteca e quando chego no topo da escada, eles já estão subindo com um arquivo nas mãos do Antony - Conseguiram?

- Esperamos que sim. - Antony fala entregando o arquivo para Felipe e vem na minha direção para me beijar.

- Eu mereço. - Felipe passa por nós dois e vai na direção da biblioteca.

- Você se arrisca demais vindo até aqui. - Antony fala baixo.

- Você também está em perigo, eu vou ajudar, até porque eu também estou no meio disso você querendo ou não. - o olho nos olhos e ele sorri - Você sabia que o Felipe pintava?

- Pintava tipo de verdade? Quadros? - Antony pergunta sem me soltar.

- Não, paredes. Claro que é quadro né? E são pinturas lindas. Aparentemente ele também tentou ensinar Brenda, e a mãe dele também pintava. - falo lembrando da imagem da mãe dele grávida.

- Minha mãe era uma artista espetacular. - Felipe fala e nos assusta fazendo nós dois olharmos para ele que estava encostado na porta da biblioteca - Cresci vendo dezenas de quadros dela, ela tinha um estúdio lá embaixo, com tantas tintas, pincéis e telas, resolvi que também queria aprender, e ensinei Brenda, ou tentei - ele sorri de canto - Hora de abrir o arquivo.

- Hora da verdade. - Antony me olha apreensivo.

- Vamos.

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Estou de volta, e em comemoração a nota alta na prova e por eu ter passado na matéria, a meta hoje são três capítulos. Boa leitura♡