VI

41.6K 2.6K 1K
                                    

__________________________________
°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°

- Vocês que deveriam me dizer o que está acontecendo, por que ele está aqui? - Arthur aponta para Antony e eu o olho incrédula.

- Você está brincando né? - falo rindo por ironia - Você me trai, mente pra mim sabe se lá por quando tempo, e agora acha que eu te devo explicação?

- Agora resolveu transar com meu irmão por vingança? - ele fala e Antony se coloca na frente dele.

- Quero que saia da minha casa, você tem um mês para arrumar tudo. Ja falei com a mãe e ela disse que tem um quarto pra você. - Antony fala calmo e dessa vez eu que o olho surpresa - Quando eu voltar pra casa, quero que já tenha saído de lá.

- A mãe ja tinha me falado. - Arthur fala frio - Carlos arrumou um emprego temporário pra mim na empresa, eu estava vindo ver como a Anna tava.

- Aiyanna, não temos intimidade nenhuma para você me chamar assim. - falo fria, Antony me olha por cima do ombro.

- Em relação se estamos transando ou não, o que você tem a ver com isso? - Antony cruza os braços e Arthur o olha incrédulo.

- Você é meu irmão! - ele fala e eu dou risada, não por ter graça, mas pela ironia da situação.

- Exato, mas isso não impediu de você me trair com a garota que eu estava, certo? - Antony estava frio, nunca tinha visto ele assim.

- Isso é uma situação diferente. - Arthur fala baixo. Olhando os dois assim, dava para notar a diferença de idade, enquanto Arthur ainda tinha 21 anos, Antony já tinha 27, quatro anos mais velho que eu. Normalmente mal da pra notar a diferença, mas olhando essa situação, era clara a imaturidade do Arthur.

- Diferente? Se isso é tudo que tem pra falar, passar bem. - Antony fecha a porta e eu o olho sem acreditar.

- Você...- aponto para a porta e o Antony me olha com um meio sorriso.

- Eu agi por impulso, mas se quiser ir falar com ele...- ele coloca a mão na maçaneta.

- Não se atreva a abrir essa porta. - falo correndo ate ele e ficando na frente da porta e ele dá risada.

- Se você diz. Vou ver o que aconteceu com o lanche. - ele fala indo na direção da cozinha e eu, por impulso, olho pelo olho mágico, Arthur estava na frente do elevador, que finalmente tinham concertado, subir seis andares de escada estava me matando.

Volto para o escritório e tento focar no que eu estava fazendo, mas as imagens daquele dia tinham ficado na minha cabeça, o corte no meu rosto já tinha curado, a dor agora era apenas emocional, e eu poderia lidar com ela. Depois de algum tempo o Antony aparece no escritório novamente, sem camisa, e senta na poltrona rosa que eu deixava perto da janela.

- O motoboy se acidentou, nada de lanche hoje. - ele me olha fazendo biquinho e eu sorrio.

- Depois faço algo pra nós dois. - falo voltando minha atenção para as paletas de cores - expulsou o Arthur da sua casa?

- Sim, resolvi que não consigo morar com alguém que me apunhalou pelas costas. Nosso padrasto arrumou um emprego para ele, talvez ele agora resolva fazer uma faculdade. - ele fala enquanto mexe na minha mesinha e olha minha agenda.

- Não tem nada melhor para fazer? - pergunto rindo da careta que ele fez enquanto olhava minhas anotações.

- Agora tenho, festa na casa do seu pai. - ele me mostra a agenda, apontando para a data e anotação que eu fiz - Por que colocou com caneta colorida "levar um acompanhante"?

O Irmão do meu Ex-namorado  [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora