XXXVI

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Antony

Ter Aiyanna por perto me deixava mais calmo, mas ao mesmo tempo me deixava aflito, se Luísa desconfiasse pelo menos um pouco do que acontece aqui, Aiyanna estaria correndo grande perigo. Deitei na cama algumas horas depois dela ter ido com o Felipe, exausto fisicamente mas aliviado de certa forma, quando eu estava quase dormindo ouvi a porta sendo aberta.

- Já está dormindo? - ouvi a voz da Luísa e senti um calafrio percorrer meu corpo.

- Quase. - respondo frio, mas lembro do plano e olho para ela - Algum problema? Achei que só voltaria amanhã.

- Eu ia ficar no meu apartamento mas pensei em dormir aqui. - ela fecha a porta e sinto meu estômago embrulhar, Luísa estava com um short de tecido fino e uma camiseta do mesmo tecido, ambos amarelos.

- Vai dormir no seu quarto? - pergunto torcendo por isso, mas ela tira o short e a camiseta ficando só de calcinha, alguém me socorre.

- Pensei em dormir com você...- ela vem para cama e fica sentada com uma perna em cada lado do meu corpo.

- Voltei! - Felipe abre a porta de uma vez e Luísa grita de susto - Qual a dificuldade de trancar a porta?

- Por que você não bate antes? - tento parecer bravo e não sorri em agradecimento.

- Essa é a minha casa, se querem privacidade usem o mecanismo chamado fechadura. - Felipe entra no quarto - Acho que deixei meu celular aqui.

- Felipe! Isso lá é hora de vim procurar o celular? - Luísa coloca as roupas e respiro aliviado - E o que você estava fazendo no quarto do Antony?

- De novo, essa é a minha casa. Se quer tanta privacidade assim, por que não leva ele no seu apartamento? - Felipe encosta na parede de braços cruzados, levanto da cama e vou na direção da Luísa.

- Teríamos mais tempo e não haveria interrupções. - sussurro em seu ouvido e seguro sua cintura, ela morde o próprio lábio e Felipe revira os olhos.

- Eu... - Luísa começa a falar mas seu celular toca, ela olha a tela do celular e sua expressão muda - Um momento.

Ela sai do quarto e eu e Felipe vamos atrás da forma mais discreta que conseguimos, Luísa fica parada na escada e tentamos escutar o máximo possível.

- Ela não quer? Como é possível? Essa garota está de brincadeira com a minha cara? - Luísa começa a ficar vermelha - Já estou indo aí, tente acalmar essa vaca. Oito anos dando comida e moradia e é assim que ela me agradece?

Voltamos para o quarto assim que Luísa desligou o celular, nós dois nos olhamos confusos. Luísa voltou para o quarto com o rosto vermelho de raiva e parecendo um furacão.

- Venho buscar você amanhã a noite, preciso resolver uma coisa primeiro. - Luísa me dá um selinho e desce as escadas em disparada, então escutamos a porta bater com tudo.

- Liga para Aiyanna agora! - Felipe fala nervoso.

- Você acabou de sair de lá seu estúpido, claro que ela não estava falando dela. Fora a parte que ela falou "oito anos". - me jogo na cama, completamente exausto, Felipe parece pensar um pouco.

- Também não precisa xingar. - Felipe revira os olhos - Amanhã você vai está na toca na bruxa.

- Começa a torce pra tudo dar certo e não ser em vão. - fecho os olhos e escuto a porta fechar. As memórias com Aiyanna fazem meu corpo reagir e sinto o cheiro dela no travesseiro, só assim para não enlouquecer nesse lugar.

O Irmão do meu Ex-namorado  [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora